Pesquisa da ABRH aponta tendências em relação ao regime híbrido e jornada de quatro dias no pós-pandemia

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Estudo “O Cenário do RH no Brasil – 2023” foi conduzido com cerca de 900 profissionais do setor. O levantamento oferece insights a respeito do panorama das empresas pós-pandemia

A Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH Brasil), em conjunto com a Umanni, empresa de tecnologia formada por profissionais de RH, apresenta os resultados da terceira edição da pesquisa “O Cenário do RH no Brasil – 2023”, revelando as tendências e desafios enfrentados por empresas e colaboradores após a crise sanitária global.

Com uma amostra representativa de aproximadamente 900 profissionais qualificados do setor, o estudo identificou questões sensíveis e mudanças significativas nas práticas corporativas, evidenciando a necessidade de adaptação e inovação em um novo contexto. Entre os participantes, 46,25% ocupam cargos de liderança, como gerente, supervisor, diretor, vice-presidente e presidente. Já 44,4% dos entrevistados são assistentes ou analistas.

Para Paulo Sardinha, presidente da ABRH, a pesquisa oferece insights expressivos para profissionais e organizações que buscam prosperar em um ambiente em constante transformação e entender quais os caminhos daqui em diante. “O estudo mostra um retorno aos aspectos conservadores praticados anteriormente. A pandemia exigiu uma série de ações que se supunha que muitas iriam se perpetuar. Entretanto, já começamos a desarticular uma série de pensamentos que achávamos que teriam se estabelecido.”

Destaques

  • Regime de trabalho presencial x híbrido (frequência) – 49,6% seguem o formato 100% presencial;
  • Semana de quatro dias – 7,2%optam pela jornada reduzida;
  • Modalidade – 92,3%das contratações são CLT 43,9% são PJ;
  • Retomada das contratações – 62,1%expandiram seu quadro de colaboradores;
  • Confiança na liderança – somente 32,6%acreditam na preparação da liderança;
  • Ações de D&I – 59,5%das companhias pesquisadas desenvolvem ações nesse sentido;
  • Cota (PCD) – 31,7% conseguem cumprir totalmente a cota.

Regime de trabalho presencial x híbrido (frequência)

A maioria das empresas dos respondentes (49,6%) segue o formato 100% presencial, enquanto 46,2% optaram pelo regime híbrido. Já o Home Office Integral (4,2%) teve uma significativa redução comparado à pesquisa anterior, quando estava presente em 23,9% das empresas.   

No cenário do formato híbrido, a maioria das empresas (40,4%) prefere uma presença de três dias por semana, seguida por 27,4% que optam por dois dias semanais. Em contrapartida, 18,3% adotam quatro dias presenciais na semana. A tendência evidencia que, cada vez mais, as empresas estão propensas a aumentar o número de dias presenciais.  

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Semana de quatro dias 

A maioria (92,8%) mantém a jornada de trabalho de 5 dias por semana, enquanto uma parcela menor (7,2%) opta por 4 dias. Isso mostra que a jornada tradicional ainda é predominante, mas há uma pequena porcentagem de empresas que exploram alternativas. Embora algumas empresas já tenham adotado o modelo de jornada de trabalho de 4 dias por semana, a tendência de adesão é relativamente baixa, com apenas 3% dos entrevistados afirmando ter projetos para implementar a jornada reduzida.  

Modalidade

A CLT ainda é a escolha predominante para 92,3% dos entrevistados. O desenvolvimento e a inserção de jovens no mercado continuam sendo focos essenciais, com estagiários (61,35%) e jovens aprendizes (58%) em destaque. Simultaneamente, a contratação PJ (43,9%) e o home office (22,6%) permanecem relevantes, mantendo consistência com a edição anterior.

Retomada das contratações

Nesta edição, 62,1% das empresas pesquisadas expandiram seu quadro de colaboradores, refletindo uma retomada expressiva nas contratações. Esse aumento vai ao encontro do crescimento de 62,5% no número de empregos com carteira assinada no Brasil, conforme informações do CAGED. No geral, 21% das companhias mantiveram as posições e 16,9% reduziram os postos de trabalho. 

Confiança na liderança 

Entre os participantes, somente 32,6% acreditam na preparação da liderança para os desafios de gestão de pessoas. Esse resultado evidencia a importância do tema Desenvolvimento de Liderança (58,7%), que já havia sido destaque na pesquisa anterior e continua significativo, sendo o segundo principal desafio nesta edição, mencionado por 49,6% dos participantes.  

“Aqui temos resultados preocupantes que demonstram a necessidade de uma atuação ainda mais ampliada de RH. Não ter lideranças preparadas sugere que aspectos como desenvolvimento e sucessão precisam ser aprimorados”, ressalta Paulo Sardinha, presidente da ABRH Brasil.

Ações de D&I

Em relação à diversidade e inclusão, 59,5% das companhias pesquisadas desenvolvem ações do tipo. Destas, destacam-se Ações para Pessoas com Deficiência (29,5%), Desenvolvimento de Lideranças (29,2%), Ações para Público LGBTQIAPN+ (29%), Ações para Equidade Racial (24,61%) e Equidade Salarial (23,38%) entre todos os profissionais.

“A pesquisa retrata a realidade que temos observado nas organizações, pois vemos que muitas empresas estão tentando abordar o assunto internamente, seja por questão de compromisso com a responsabilidade ambiental, social e de governança (ESG) ou por imposições legais e de negócio. Por isso, é cada vez mais necessário capacitar e preparar tanto a liderança como toda a empresa para que a diversidade seja acolhida e o ambiente de trabalho seja mais inclusivo, criativo e saudável”, diz Silvia Tyrola, diretora de Diversidade da ABRH Brasil.

Cota (PCD) 

De acordo com 31,7% dos entrevistados, as empresas conseguem cumprir totalmente a cota. Outros 27,7% disseram que cumprem de modo parcial e 19,4% não cumprem. Por fim, 21,2% das companhias não se aplicam nesta lei.

“Pelos resultados, foi possível confirmar os caminhos que já vemos o mercado seguir no cenário pós-pandêmico. A expertise da ABRH Brasil, responsável pela comunicação com o público do setor, e da Umanni, especializada em tecnologia e inteligência para mapear o cenário de RH no país, foram fundamentais nessa busca por informações precisas visando um grande objetivo – respaldar as transformações nas empresas”, destaca.

“A mensagem final reforça a importância de permanecermos atentos às tendências e desafios apresentados, destacando que a busca por soluções inovadoras e aprimoramentos contínuos são cruciais para o sucesso das pessoas e das companhias”, conclui Eliane Aere, CEO da Umanni e diretora de Pesquisa da ABRH Brasil.  

O material pode ser consultado na íntegra em: https://www.abrhbrasil.org.br/ebooks/

Sobre a ABRH Brasil

A ABRH Brasil, presidida por Paulo Sardinha, está presente em 21 Estados e no Distrito Federal. As seccionais são desvinculadas juridicamente e independentes, integradas na missão de promover o desenvolvimento dos profissionais de RH e gestores de pessoas por meio de eventos, pesquisas e troca de experiências, além de colaborar com os poderes públicos e demais entidades nos assuntos referentes à sua área de atuação. Filiada à WFPMA (World Federation of People Management Associations) e à FIDAGH (Federación Interamericana de Asociaciones de Gestión Humana), a ABRH Brasil é cofundadora e integra a CRHLP (Confederação dos Profissionais de Recursos Humanos dos Países de Língua Portuguesa), fundada em 2010.

Sobre a Umanni

A Umanni é uma HR Tech que produz software flexível para facilitar a gestão de desempenho corporativa. Com 12 anos de experiência, liderada pela CEO Eliane Maria Aere, a empresa foi fundada por especialistas da área, e tem o propósito de desenvolver o potencial humano. As soluções tecnológicas Umanni possibilitam gestão de negócios estratégica e objetiva, e apoiam os departamentos de Recursos Humanos a otimizar a organização de informações de performance. Com o software torna-se simples a gestão de dados de competências, metas, avaliações, feedbacks, matriz de talentos, planos de desenvolvimento, pesquisas e sucessão.

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