Customize Consent Preferences

We use cookies to help you navigate efficiently and perform certain functions. You will find detailed information about all cookies under each consent category below.

The cookies that are categorized as "Necessary" are stored on your browser as they are essential for enabling the basic functionalities of the site. ... 

Always Active

Necessary cookies are required to enable the basic features of this site, such as providing secure log-in or adjusting your consent preferences. These cookies do not store any personally identifiable data.

No cookies to display.

Functional cookies help perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collecting feedback, and other third-party features.

No cookies to display.

Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics such as the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.

No cookies to display.

Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.

No cookies to display.

Advertisement cookies are used to provide visitors with customized advertisements based on the pages you visited previously and to analyze the effectiveness of the ad campaigns.

No cookies to display.

Notícias | Mercado de Trabalho Entrevista

Por Equipe de Redatores GarrettRH – Publicado em 30 jul 2021

Volta ao escritório: a pergunta não é quando e sim, o porquê?

Jean-François Imparato e Armelle Champetier, CEO e COO da startup Workally, dividem insights sobre a evolução dos ambientes de trabalho e tendências para escritórios no pós-pandemia.

Diante das transformações da pandemia, a Workally chega no mercado com a proposta de inovar e “dar espaço ao futuro”. A startup foi fundada em setembro de 2020 e atua para configurar novos espaços de trabalho que garantam um impacto positivo para empresas, colaboradores e sociedade por meio de soluções inteligentes, tecnológicas e sustentáveis. Em entrevista ao Portal do Garrett, o CEO Jean-François Imparato e a COO Armelle Champetier discutiram algumas ideias sobre as evoluções observadas nos ambientes e sobre o futuro dos escritórios.

Jean-François Imparato – Foto divulgação

As transformações no mercado de trabalho

Segundo o CEO, que possui mais de 15 anos de experiência em Arquitetura Corporativa, a inspiração vem da “onda do bem-estar e do escritório descolado que entrega a cada pessoa a sensação de fazer parte de uma família e de ser parte da empresa”. Já tendo atuado em empresas na França e no Brasil, Imparato afirma que a criação de um espaço de físico adaptável as novas configurações são feitas com base nos valores da empresa, tecnologias e na evolução do trabalho.

“Pouco a pouco, o trabalho de ficar sozinho atrás da mesa perdeu um pouco do interesse e passou a ser no desenvolvimento desses espaços coorporativos e isso até mesmo antes da Covid-19”, explica. Para ele, com a chegada da pandemia o chamado Headquarter, a sede da empresa, passou a não representar tanto poder. “Com a digitalização, a maioria das empresas precisa se mostrar poderosa no digital do que no real. Hoje todos precisamos fazer essa transição digital. Por que então permanecer com um custo alto apenas para mostrar que sou mais forte fisicamente?”, questiona o executivo.

Jean-François Imparato entente que a sede empresarial em um momento pós-pandemia não será um lugar exclusivamente para trabalhar. “Você vai ao escritório para encontrar outras pessoas, com um grupo, assistir a palestras, cumprir desafios, compartilhar valores, se conhecer e até comemorar”, afirma. Enfatiza ainda a importância das noções de trabalho distribuído, tais como o Coworking e work anywhere. “É colocar escritórios mais perto de onde moram os colaboradores, como os modelos que já estão começando a funcionar. É você poder entrar de qualquer lugar com máximo de tempo de deslocamento de dez minutos”, detalha.

O CEO Jean-François Imparato e a COO Armelle Champetier da Workally – Foto divulgação

Armelle Champetier atua com o setor de Recursos Humanos e observa que as mudanças no mercado de trabalho impactam nas políticas da empresa e na qualidade de vida dos colaboradores. Segundo a executiva, a pandemia demonstrou a necessidade de se repensar e personalizar os modelos em cada empresa pois as adaptações precisaram ser feitas de forma rápida e eficiente. “Essa questão de organização de trabalho é nenhuma novidade, mas reforçou muito algumas tendências e acelerou as transformações”, analisa.

Armelle Champetier – Foto divulgação

“Em todos os sentidos, a empresas precisam se interessar pela particularidade de cada funcionário e isso é importante também em termos de recrutamento e retenção”, enfatiza. Ela explica que em novas contratações, as pessoas passaram a analisar as questões de política de RH, flexibilidade, a possibilidade de modelo híbrido e os benefícios oferecidos. Champetier lembra que a maior oferta de vagas em modelo remoto torna o cenário ainda mais interessante. “Se você tem a possibilidade de recrutar no Brasil inteiro e de outros países, isso vai abrir muitas oportunidades para as empresas”, comenta.

O home office

A profissional é também mentora de yoga corporativa e acredita que os cuidados com a saúde física e mental usando diferentes atividades também pode ser uma tendência. Para ela, o digital permite essa customização e adequa-se a cada colaborador. “Para as empresas é muito caro você custear isso para os seus funcionários, mas se é uma consulta on-line você consegue abrir para mais pessoas e oferecer esse serviço”, menciona. A COO observa que o período do isolamento social exerceu impacto nas questões de saúde mental por conta dos diferentes desafios. “Não podemos relativizar no sentido de que é só trabalhar de casa. É trabalhar de casa no contexto de pandemia e de muita preocupação”, nota.

Armelle Champetier conta que no modelo home-office é preciso dar mais atenção a ergonomia, ou seja, possuir um ambiente de trabalho adequado em termos de espaço, conforto, iluminação, acústica e outros fatores. “Isso inclusive é a nossa primeira oferta que já está no mercado e contempla todas as questões. Foi feito com o respeito das normas. Além disso, não é só ter o mobiliário, você precisa ter o espaço para poder colocar dentro de casa”, comenta. Ela enfatiza que possuir um lugar específico dedicado às atividades do trabalho é essencial.

 

A Workally

Pensando nisso, a Workally aposta no serviço de assinatura mensal de mobiliário ergonômico adaptável conhecido como Furniture as a service (FaaS). Segundo a empresária, o formato serve para facilitar a implementação do home office e o respeito às normas em um momento no qual diferentes empresas não têm possibilidade de grandes investimentos. O serviço inclui o aluguel mensal do mobiliário, a entrega na casa do colaborador, a retirada em caso de eventuais mudanças e a manutenção ao longo do uso.

Para Jean-François Imparato a oferta da Workally é “uma das propostas mais inovadoras do mercado até agora. O CEO explica que o pensamento central da construção da marca é a questão gerenciamento do trabalho distribuído e das boas condições para os colaboradores. Ele propõe que a partir da economia com os escritórios físicos, gestores invistam nos locais de atuação remota dos colaboradores e entende que o modelo de mobiliário adaptável pode vir a ser uma tendência.

Imparato e Champetier consideram que as empresas têm a responsabilidade de oferecer as melhores condições de trabalho para os colaboradores, seja em casa ou no escritório, sendo essencial o respeito as normas pré-estabelecidas. “Faz parte da responsabilidade dela [da empresa] respeitar e ter essa política de prevenção tanto em questões de saúde física, como os distúrbios ósseos musculares, quanto em saúde mental”, comenta a COO. “Até se ele [o colaborador] cai da cadeira, por exemplo, é considerado acidente de trabalho e terá que pagar indenização”, exemplifica o CEO.

O executivo entende que em um momento pós-pandemia, pode haver a implementação de regulamentações para que as empresas se adequem. “Na Europa isso já começa a mudar e logo aqui no Brasil vão chegar leis falando sobre as condições do trabalho do funcionário em casa e que, se não forem favoráveis, você precisa providenciar o espaço ergonômico para ele trabalhar”, comenta.

 

Escritório digital

Champetier e Imparato concordam que as empresas precisarão implementar ferramentas de agilidade para coordenar colaboradores sobre a ida ou não aos escritórios. Para o CEO, com o trabalho descentralizado e a implementação de espaços mais agradáveis é essencial entender que a comunicação se dá também pelas tecnologias. “O espaço físico vai até mesmo ser um luxo, porque a tecnologia tem essa vantagem de poder comunicar pessoas em diferentes lugares. Por isso estamos desenvolvendo o escritório digital”, explica.

Eles verificam que a comunicação interna e o RH devem estar alinhados e ter agilidade em transmitir as mudanças e cultura da empresa. A COO diz que a ideia ainda está em fase de ajustes e estudos sobre como usar essas plataformas digitais. “No processo de criação do nosso produto, do nosso software de escritório digital, conversamos com muitos diretores e pessoal de RH para entender qual é o impacto e muitos falaram da questão do vínculo social”, declara. Segundo Champetier, pretendem recriar na ferramenta um espaço no qual seja possível a troca de relações mesmo no ambiente digital.

 

Por que voltar ao escritório?

Para Jean-François Imparato, a volta ao escritório deve ser então para reencontrar, compartilhar, comemorar e tem relação com a ligação social que estabelece entre as pessoas. “O futuro do escritório vai ser isso, faz parte da revolução humana mesmo”, explica. Armelle Champetier acrescenta a colaboração e a necessidade de se estabelecer momentos compartilhados fisicamente, mas não como rotina apenas. “Você não precisa se juntar apenas no escritório, tem várias outras possibilidades para criar convivência e experiência”, sugere.

Além disso, o CEO da Workally argumenta que diversas multinacionais já trabalham em modelo remoto e com contratações em locais distintos. “Qual é lógica de ter um escritório aqui em São Paulo, ele não puder contratar alguém da França?”, questiona. “O espaço físico do escritório faz parte de um período de materialismo. E a pandemia mostrou uma relatividade e dá para pensar que agora temos outras coisas para se valorizar do que simplesmente ter uma coisa física nas mãos”, completa o CEO.