Ricardo Burgos

Vice-presidente de Pessoas e Segurança UnitedHealth Group Brasil

Ricardo Burgos é vice-presidente de Pessoas e Segurança do UnitedHealth Group
Brasil. Com foco estratégico em engajamento, cultura e eficácia organizacional e
desenvolvimento de talentos e liderança, ele coordena o suporte aos cerca de 38
mil colaboradores que a organização mantém em diferentes estados do país.
Em mais de 23 anos de atuação em empresas multinacionais, Ricardo desenvolveu
as suas habilidades no planejamento, no desenvolvimento e na implementação de
sistemas e programas essenciais de Recursos Humanos. O executivo possui sólida
experiência em fusões e aquisições, gerenciamento de talentos, desenvolvimento
de lideranças, gerenciamento de mudanças, remuneração, planejamento de
sucessões, comunicação, engajamento, expatriação e relações laborais e
sindicatos.
Antes de ingressar no UnitedHealth Group Brasil, Ricardo passou quase quinze
anos na Scholle Corporation e na Scholle IPN. Líder de Recursos Humanos de toda
a organização, ele era responsável pelo apoio aos diferentes negócios em todo o
mundo. Até se tornar vice-presidente da companhia, o executivo liderou as
atividades de Recursos Humanos na América Latina e foi para Chicago, de onde
exerceu várias funções globais. Ricardo ainda atuou no Grupo Tetra Laval como
diretor de Recursos Humanos da América Latina, liderando equipes em seis países.
Ricardo possui MBA em Gestão de Pessoas, com foco em Estratégia. Sua
formação inclui estudos na Booth School of Business, da Universidade de Chicago,
na Fundação Getulio Vargas, no Brasil, e no Center for Creative Leadership, em
San Diego. O executivo é bacharel em Direito e fala português, espanhol e inglês.

Entrevista

  • Como você analisa sua trajetória em RH? Pesaram os anos e os segmentos em que você atuou?  

Minha trajetória em Recursos Humanos se iniciou de uma forma não planejada. Eu acreditava que trabalharia na área Legal, sou bacharel em Direito. E acabei construindo uma trajetória generalista, com forte cunho global – atuei em todos os continentes, sempre com o foco de alinhar o suporte estratégico da área de RH com uma conexão muito forte com os objetivos do negócio. 

Essa jornada começou no grupo sueco Tetra Laval, focado em produção de alimentos, em 1999, quando fui encaminhado para a área de Recursos Humanos. Estou nesse segmento há 24 anos, com passagem por outra organização multinacional, a Scholle IPN, onde passei por cinco divisões distintas da companhia (embalagens, equipamentos, química, imobiliária e automarine – para bases petrolíferas), onde trabalhei por 15 anos, sendo oito fora do Brasil. Fiquei baseado em Chicago (EUA) e pude liderar o RH global de uma empresa com presença em 75 países antes de chegar ao UnitedHealth Group Brasil em 2019.

  • Os CEOs e presidentes das organizações em que atuou serviram como inspiração para você e para o desenvolvimento de sua carreira em RH? 

 Sim, com total certeza. Tive o privilégio de aprender com líderes de diversas culturas e de absorver modelos mentais diferentes e estilos de condução e de gestão de negócios bastante diversos em muitas oportunidades. Sou grato por ter tido essa chance.

  • Que conquistas foram importantes na sua vida profissional? Analisando pontos positivos e negativos, o que faltou para lhe dar mais alegria em atuar na Gestão de Pessoas? 

 Ter tido a oportunidade, como brasileiro, de liderar globalmente o RH de um amplo grupo multinacional foi uma conquista enorme, um grande reconhecimento. No que tange à minha trajetória, sempre fui muito feliz e realizado de trabalhar na área de Pessoas. Mas talvez um fato que tenha me criado uma dificuldade nessa jornada foi um contexto específico no qual a minha liderança direta não possuía um bom letramento sobre a riqueza e a importância da área de Gestão de Pessoas para toda a organização.

  • As tecnologias trouxeram uma revolução na vida das empresas e pessoas. Qual impacto que ela trouxe na vida de RH? E mais: como vê o futuro desta profissão no mercado? 

 A dinâmica de mudança que o mundo da tecnologia nos traz foi, é e continuará sendo muito forte.  Podemos mencionar inúmeros exemplos de inovação disruptiva no mundo de Recursos Humanos, nos mais variados subsistemas: Serviços, Talentos, Remuneração e Benefícios, Comunicação Interna, etc.  Não apenas as constantes evoluções tecnológicas, mas também todo o aprendizado da pandemia evidenciou a importância vital de uma área de Pessoas muito capacitada para dar suporte aos líderes e às organizações em um processo de constantes desafios internos e externos.

  • Você acredita que RH é um coach ou líder para sua equipe? Qual papel de transformação que ele é capaz de exercer em sua atuação na Gestão de Pessoas? 

A área de Recursos Humanos tem papel fundamental na preparação, no desenvolvimento e no suporte aos líderes e às suas equipes. Mas é bastante importante compreendermos que não se pode delegar a liderança da força de trabalho à área de Recursos Humanos. Ela tem que caminhar sempre muito próxima e alinhada aos objetivos estratégicos da organização e aos seus líderes.

  • RH é utopia ou realidade nas organizações brasileiras? 

 Para grande maioria das organizações brasileiras já uma realidade. Mas é inequívoco que ainda existem cenários organizacionais totalmente desprovidos de uma área estruturada de Recursos Humanos.

  • Que mensagem você daria aos jovens que querem atuar nesta área? E qual futuro você prevê para eles dentro das organizações? 

A área de Pessoas, que permite múltiplas formações, é de uma importância fundamental para a sustentabilidade das organizações. Caso tenha afinidade com a área, procure se capacitar pois esse é um segmento que terá cada vez mais espaço e importância nas organizações.

 

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