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Notícias | Gestão de Pessoas

Por Equipe de Redatores GarrettRH – Publicado em 19 mai 2021

Os impactos do bem-estar financeiro

“Ter objetivo é a maior motivação que a gente tem para conseguir poupar”, comenta especialista em finanças Manu Serra.

O Brasil possui altos percentuais de endividados. Segundo estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo – CNC, em 2020, o número ultrapassou os 65% e atingiu o maior patamar em 11 anos. O dado reflete a necessidade de discutir o chamado bem-estar financeiro, dentro e fora das empresas, sendo também uma medida de educação financeira.

Para o Consumer Financial Protection Bureau – CFPB, a agência norte-americana de proteção financeira ao consumidor, o bem-estar financeiro “pode ser definido como um estado de ser em que uma pessoa pode cumprir plenamente as suas obrigações financeiras atuais e contínuas e pode sentir-se segura em suas finanças futuras” (tradução livre). A Head de Pessoas e Cultura na Allya, Maria Fernanda Meireles, entende que “quando não estamos bem financeiramente é algo que vai impactar no nosso trabalho, não dá mais para separar as coisas como antes”.

Allya – Foto Divulgação

Maria Fernanda Meireles, Head de Pessoas e Cultura na Allya– Foto Divulgação

A baixa produtividade, falta de foco e a procura por soluções distintas são alguns reflexos no trabalho e em diferentes aspectos empresariais. Meireles ressalta que, quando não há abertura por parte das empresas, as pessoas buscam outras saídas como alternativas para contornar a crise pessoal, como por exemplo, os regimes de dupla-jornada. O cansaço e o estresse contínuos levam ao enfraquecimento da saúde mental, propiciando problemas como ansiedade, Burnout e outras consequências.

A executiva enfatiza que o dinheiro ainda é tratado como um tabu em alguns casos e afirma que as empresas precisam participar desta educação financeira. “já que não se falou na infância, nem na adolescência, sobra para a empresa ajudar esse adulto a pensar no dinheiro e a pensar nessa independência financeira”, explica. Para isso, existem diferentes ações como cursos, trilhas de conhecimento, fóruns de discussão e partilha de experiências. “A gente quer falar de ajudar realmente o seu colaborador a olhar para o seu dinheiro, para as suas dívidas e dar meios para ela resolver isso”, comenta Maria Fernanda Meireles.

Para a Head, o bem-estar financeiro é um processo de análise de ganhos, gastos e avaliação de reservas. “Finanças pessoais começam olhando para aquilo que você tem”, esclarece. Desta forma, estabelecer os gastos fixos e supérfluos é o passo essencial para garantir equilíbrio e possibilitar o próximo passo.

“Passada essa parte, você realmente pode pensar em fazer a sua reserva de emergência, depois a aposentadoria e aí, sim, pensar em investimentos e coisas mais a longo prazo, arrojados ou não, a depender de seu perfil”, explica. Para ela, o bem-estar financeiro é uma recorrência, sendo necessário analisar momentos pessoais e situações externas como crises e a economia do país.

Emanuelle “Manu” Serra, Fundadora e Planejadora Financeira na Use mas não Abuse – Foto Arquivo Pessoal

Emanuelle “Manu” Serra, Fundadora e Planejadora Financeira da Use mas não Abuse, explica que a conscientização precisa ser feita desde cedo, começando com crianças e adolescentes. “Você começa a dar a mesada com orientação, para a criança já começar a ter a questão do poupar”, comenta. As executivas concordam que estabelecer hábitos financeiros é o caminho para o bem-estar financeiro.

“Um hábito muito importante é ter o controle financeiro”, diz Manu Serra. Para isso, podem ser utilizadas planilhas, aplicativos e diferentes formas de não confiar apenas no orçamento mental. A especialista argumenta que é preciso também considerar descontos em salários e evitar o acúmulo de parcelamentos. O estabelecimento de objetivos de curto, médio e longo prazo é, para a profissional, o mais importante. “Ter objetivo é a maior motivação que a gente tem para consegui poupar”, ressalta.

Maria Fernanda e Emanuelle Serra concordam que o autoconhecimento é fator essencial para o bem-estar financeiro e para os investimentos. Investir é uma das etapas do processo e, por isso, necessita de uma avaliação de riscos, perfil e objetivos. “Mais importante do que a velocidade é o caminho e a direção certa”, lembra Manu Serra.

A Planejadora Financeira explica a reserva de emergência como um dos pilares do bem-estar financeiro pois gera maior tranquilidade. “Se acontecer um imprevisto, já tenho de onde tirar. Então o primeiro passo para quem vai começar a investir é a reserva de emergência”, comenta. Segundo ela, o acesso é melhor e existem diferentes conteúdos e plataformas sobre finanças e investimentos, sendo preciso ter vontade e determinação no processo de estabelecer uma boa relação com as finanças.