Por Equipe de Redatores GarrettRH – Publicado em 26 abr 2021
O papel da liderança na saúde mental da equipe
Adriana Matias, Head de RH da Runtalent – Foto Divulgação
Head de RH da Runtalent reúne dicas sobre quais caminhos as empresas e gestores devem seguir para promover o cuidado emocional dos funcionários.
Em tempos de pandemia, a saúde mental dos colaboradores virou pauta urgente. Após completar o primeiro ano de uma das maiores crises sanitárias de todos os tempos, e que ainda não tem previsão para acabar, vimos aumentar a procura por soluções para suprir não só o cuidado com a saúde física, mas, principalmente, com a mental e a emocional.
A American Psychological Association – APA divulgou, em março passado, um relatório com as principais tendências emergentes na área de Psicologia para 2021. Entre as dez principais tendências, o tópico “Os líderes estão aumentando o apoio à saúde mental” revela que as grandes empresas estão aumentando a oferta de recursos de saúde mental à medida que reconhecem a pressão que a pandemia está exercendo sobre seus colaboradores. Entre os dados apresentados, o estudo aponta que 2/3 dos trabalhadores relatam que problemas de saúde mental prejudicaram seu desempenho profissional durante a pandemia da Covid-19.
Para Adriana Matias, Head de Recursos Humanos da Runtalent, este estudo mostra uma reflexão sobre o quanto ainda é desafiador falar sobre saúde mental, especialmente durante o período de distanciamento social. Matias acredita que é preciso propor ações de conscientização, como palestras ou treinamentos com foco em saúde mental. “Essas iniciativas são importantes para abrir o diálogo e começar essa jornada de cuidado integral, porém, o engajamento, tanto dos gestores quanto dos funcionários são essenciais para que as medidas sejam implementadas”, afirma.
De maneira distintas às doenças físicas, que podem ser diagnosticadas com mais facilidade, a maioria das enfermidades psicológicas é difícil de identificar. Um exemplo disso é o caso da Mariana Domingues, analista de Recursos Humanos da Runtalent. Há quatro anos, a colaboradora foi diagnosticada com transtorno bipolar afetivo e em 2020 se viu diante de uma situação de perda que desencadeou um estado depressivo e precisou ser internada. “As doenças mentais são por diversas vezes mal interpretadas justamente pelo fato de não poderem ser percebidas fisicamente por outras pessoas. Infelizmente, é muito comum não encarar os transtornos mentais como doenças ocasionadas por uma série de fatores químicos e hormonais”, pondera ela.
Domingues explica que recebeu muitos incentivos da empresa onde trabalha, a head de RH ofereceu todo o apoio necessário e a incentivou a priorizar o tratamento. “Assim que a medicação foi ajustada, consegui alcançar o equilíbrio mental e retomar minha vida profissional de forma lenta e gradual”, diz a colaboradora.
Responsável pelo gerenciamento de um time com 400 pessoas, a Head de Recursos Humanos da Runtalent explica que o suporte realizado com a colaboradora reforça o olhar cuidadoso que a empresa possui com todos da equipe. “Além de oferecer um ambiente de constante aprendizado e treinamento, também valorizamos e cuidamos dos nossos colaboradores, pois sabemos que o sucesso de um projeto depende do bem-estar de todos os profissionais e que eles se sintam felizes em trabalhar conosco”, relata.
Adriana Matias aproveita para compartilhar com o Portal do Garrett algumas dicas que todo líder pode implementar para conseguir demonstrar empatia e ajudar seus colaboradores a terem uma relação mais saudável consigo mesmo (física e mentalmente). Confira!
As lideranças devem compreender que a saúde mental precisa ser tratada como prioridade nas empresas. Este é o primeiro passo para manter o clima organizacional em alta e, assim, contar com colaboradores engajados e produtivos. Por isso, os gestores precisam ser treinados para lidar com as questões de saúde mental que surgem no cotidiano da empresa. Logo, é preciso ter um olhar atento e humanizado para observar caso a caso e conduzir a saúde mental do colaborador de forma personalizada.
Em qualquer circunstância da vida, pessoas engajadas demonstram entusiasmo, são mais positivas e sentem orgulho em fazer parte de algo ou de um time. Assim, para monitorar o comprometimento das equipes, invista em pesquisas de satisfação com os funcionários, aplique questionários de engajamento e colete feedbacks constantes.
Assim como os gestores, os colaboradores também precisam ter consciência sobre a importância da saúde mental no trabalho. Para ajudá-los, promova campanhas a respeito do tema, organize palestras com especialistas da área, desenvolva workshops e compartilhe conteúdos relevantes.
Um ambiente de trabalho saudável precisa de equilíbrio entre a vida profissional e pessoal do colaborador. Com isso, para evitar o esgotamento mental causado pelo excesso de trabalho, as empresas apostam em políticas menos rígidas.
Permitir horários flexíveis para que os funcionários trabalhem em momentos que consideram mais produtivo são boas iniciativas para aumentar a qualidade de vida no trabalho e fora dele.
Com informações da Assessoria de Imprensa | BRSA – branding and sales