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Notícias | Diversidade

Por Equipe de Redatores GarrettRH – Publicado em 12 mai 2021

Autismo e tecnologia: a capacitação nas empresas

A inserção e capacitação de pessoas neurodiversas nas empresas e áreas tecnológicas.

Fernanda Rodrigues, Diretora de People da everis Brasil – Foto Divulgação

O TEA – Transtorno do Espectro do Autismo é marcado por desordens do desenvolvimento neurológico e possui características próprias dentro da socialização. Atualmente, a desmistificação do TEA é colocada em pauta, pois pessoas inseridas no espectro autista são altamente capazes e aptas para o mercado de trabalho. Já que cada vez mais pessoas ocupam cargos e atuam em grandes organizações.

Fernanda Rodrigues, Diretora de People da Everis Brasil, comenta que pessoas autistas “são profissionais que tem muito foco” e enfatiza a qualificação para áreas relacionadas à Tecnologia porque ocorre o tratamento de códigos em grande parte do tempo. “Eles conseguem ter uma evolução dentro dessa área muito mais rápida para entendimento e para entregas”, ressalta. Para a profissional, desmistificar o autismo é necessário, principalmente, no mercado de trabalho.

“Isso tem sido importante para mostrar a importância das pessoas neurodiversas para essa área de TI”, explica. Sua companhia desenvolve soluções comerciais e estratégicas na área tecnológica e trabalha com pessoas dentro do espectro autista. Como exemplo, cita Robim Gaia, Analista de Dados da consultoria Everis Brasil, diagnosticado como autista aos 30 anos. Rodrigues enfatiza o questionamento em relação a pessoas que ainda não foram inseridas no espectro por falta de diagnóstico, capacitação ou, até mesmo, informação. Para ela, com a inserção cada vez maior destes profissionais é passível uma evolução em termos de mercado.

A orientação sobre a educação inclusiva e a inserção digital são pontos fundamentais quando o TEA é abordado no mercado empresarial. Para Rodrigues é uma forma de derrubar preconceitos acerca do autismo em decorrência da falta de entendimento dos líderes e colaboradores. A profissional relata que a importância de promover estes assuntos é também criar a diversidade de pensamento e respeito ao próximo.

“Se a gente não consegue lidar com o que é diferente em termos de pessoas, como é que vamos lidar com todos os outros diferentes?”

Para entrar no mercado de trabalho, as pessoas com graduações mais leves dentro do espectro autista passam por formações prévias realizadas por instituições. Palestras de instrução e sensibilização são feitas para instruir sobre ambiente coorporativo, percorrendo suas necessidades, eventuais dificuldades e como interagir com pessoas e com o local. “Eles fazem toda uma introdução à empresa, às pessoas e à tecnologia através de treinamento e sensibilização”, assegura a executiva.

Fernanda Rodrigues frisa que, nas empresas, o primeiro passo a ser dado é identificar quais líderes estão mais aptos a receber as PCD e neurodiversas, assim como as equipes. Para a Diretora, a formação é o principal ponto na composição de grupos de trabalho. “Tenho que formar as pessoas primeiro para que elas estejam aptas a receber de uma forma empática e respeitosa. Incluindo, entendendo as diferenças e principalmente que essas são diferenças que fazem as pessoas, tanto eles como nós, crescermos”, lembra.

Rodrigues explica também que, além da parte técnica, é importante a adaptação do ambiente, da iluminação e sobre questões de acústica afim de criar conforto. Isso ocorre porque a sensibilidade das pessoas com TEA em relação à luz e barulhos altos pode ser maior e gerar incômodos. “A gente quer fazer dar certo”, ressalta.

Para a cultura coorporativa, os resultados dessa inclusão e capacitação são apenas positivos. Além da diversidade, desmistificação, inclusão e empatia, há a questão das entregas. “Os autistas são muito direcionados a resultados, à entrega e ao foco e isso faz com que as pessoas ao redor dele, se contagiem”, esclarece Rodrigues. Outro fator é entregar um senso de pertencimento de equipe às pessoas com TEA.

“A companhia tem que ser uma via de informação para as pessoas, para a gente desmistificar qualquer coisa. E isso vale não só para os autistas”, comenta. Na empresa, a conscientização é feita por meio de palestras, iniciativas e, recentemente, painéis. São realizados trabalhos para o combate aos preconceitos contra PCDs – Pessoas Com Deficiências e sobre pilares sobre gênero, raça e sexualidade. “Nada melhor do que a gente trazer informações para que as pessoas possam ampliar a cabeça e o entendimento e todos os treinamentos são feitos dessa forma”, explica a executiva.