A proposta do Portal do Garrett é trazer conteúdos atuais e inovadores para, mais do que informar, nutrir o diálogo entre os múltiplos agentes que compõem o universo de profissionais de Recursos Humanos. Pessoas que têm em comum: gostar de gente e direcionar seu conhecimento, criatividade, inovação e empenho no desenvolvimento profissional de pessoas, sem deixar de lado o bem-estar delas, nem a importância que elas têm para os Negócios.
Os indicados ao prêmio dos Notáveis do RH serão anunciados, aos poucos, no decorrer do mês de março, em nosso portal com a publicação de seus perfis e suas reflexões sobre a própria trajetória, o mercado de Recursos Humanos e as expectativas que têm em relação ao futuro do segmento de Gestão de Pessoas e Negócios.
Não deixe de acompanhar nossas próximas publicações sobre os Notáveis do RH. Acredite, será um agradável aprendizado.
In Memoriam
Cineide Jorge – Imagem reprodução de rede social.
Grandes colaboradores na área de Gestão de Pessoas, ambos faleceram em 2020, e serão lembrados na premiação criada pelo jornalista Alexandre Garrett.
Faz parte do DNA de nosso portal a valorização pessoal dos profissionais dos Recursos Humanos e não somente suas iniciativas de valor em suas funções e que fazem diferença na Gestão de Pessoas e de Negócios. Sendo assim, nada mais natural que Alexandre Garrett, Diretor de Conteúdo e CEO do portal, criasse uma premiação já no primeiro ano de existência da plataforma que traz conteúdos atuais e inovadores para discussão e informação aos gestores de Pessoas e Negócios.
Na realidade, o prêmio Notáveis do RH 2021 nasceu simultaneamente à concepção do portal. Os indicados à premiação são profissionais que deram uma grande contribuição ao mercado de Gestão de Pessoas e que ainda militam na área por meio de suas atividades como conselheiros, consultores e prestadores de serviços. A lista dos indicados estará sendo divulgada ao longo deste mês de março.
A primeira edição dos Notáveis do RH prestará homenagem a dois profissionais do segmento que são reconhecidos por sua importância, dedicação e empenho Cineide Jorge e Luiz Ciocchi e que nos deixaram em 2020, ambos por conta de complicações de câncer.
Cineide Jorge, de Belo Horizonte (MG), teve grande influência na área de Gestão de Pessoas. Formada em Pedagogia e Gestão de Pessoas pela Universidade Federal de Minas Gerais, Cineide deu grande contribuição ao RH. Atuou como diretora de Recursos Humanos na RB Serviços e foi vice-presidente de Relacionamento da ABPRH – Associação Brasileira dos Profissionais de RH.
Luiz Ciocchi teve uma trajetória profissional única: começou como office boy até chegar a Diretor de RH. Passou por diversas empresas como a Siderúrgica Aços Anhanguera e a Construtora Camargo Corrêa. Em 1993, começou a trilhar seu caminho como empreendedor criando a Ciocchi & Associados, especializada em desenvolvimento de Negócios para empresas de Gestão de Pessoas. Foi ainda dirigente da ABRH – Associação Brasileira de Recursos Humanos e da APARH – Associação Paulista de Recursos Humanos, entidades que ajudou a consolidar e chegou a presidir.
In Memoriam
Luiz Ciocchi – Imagem divulgação
Vanessa Lobato – Imagem divulgação
Vice-presidente de Recursos Humanos do Santander, possui mais de 20 anos de experiência na área, sendo 15 na empresa em que atua hoje. É graduada em administração de empresas pela PUC-MG e em marketing pela UFMG.
Rogério Moraes – Imagem divulgação
Diretor Executivo de RH da Coca-Cola Femsa. Já passou por empresas como Pilkington, EDP, Santander e Consulting House, dentro e fora do Brasil.
Pedro Pittella – Imagem divulgação
Head de Recursos Humanos na Sanofi Brasil. Possui 20 anos de experiência em áreas de negócio e 17 anos de responsabilidades crescentes em RH. Já atuou em parceria com CEOs e times executivos sênior para criação e execução de estratégias organizacionais e de gestão de pessoas. Tem conhecimentos e experiências em desenvolvimento de liderança, gestão de talentos, coaching de líderes, eficácia de equipes, desenho organizacional, mudança de cultura e outras atribuições do setor. Durante a carreira, morou e trabalhou no Brasil, México e Porto Rico. Atuou em empresas americanas e europeias, nas áreas de varejo, serviços financeiros, FMGC, produtos farmacêuticos e dispositivos médicos.
Pedro Macedo – Imagem divulgação
Vice – presidente de Recursos Humanos na América Latina da Metso Outotec. Desde 2011 na empresa, passou por diferentes setores e níveis dentro da área de recursos humanos. Também atuou na AMP do Brasil, Tyco Electronics, Kromberg & Schubert e Sanmina-SCI.
É formado pela Universidade de Economia e Administração de São Paulo e possui MBA em Finanças pela Fundação Getúlio Vargas.
Paula Jacomo – Imagem divulgação
Paula Jacomo é vice-presidente de recursos humanos para a América Latina da SAP. É formada em Psicologia pela Universidade Paulista (UNIP) e possui extensão em Recursos Humanos pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). A executiva acumula mais de 20 anos de experiência no segmento de RH.
Na empresa desde 2005, quando assumiu o cargo na diretoria de RH da companhia, foi responsável pela gestão de talentos, programas de incentivos, remuneração e benefícios, parcerias, entre outras atividades da área. Ela também passou por empresas como Givaudan e Grupo VR.
Miriam Branco – Imagem divulgação
Diretora Executiva de Recursos Humanos no Hospital Albert Einstein. Atuou também como Gerente de Gestão no setor da instituição e, anteriormente, como Analista de RH no Grupo Pão de Açúcar. Possui formação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Harvard T.H. Chan School of Public Health e INSEAD. É Mestre em Administração de Empresas pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
Marly Vidal – Imagem divulgação
Vidal é Diretora Administrativa e de Pessoas do Sabin Medicina Diagnóstica há 29 anos. É também Diretora ABRH-Brasil, Presidente comitê gestão de pessoas, Amcham-DF e Coaching pelo IBC – Instituto Brasileiro de Coaching. A executiva já recebeu diferentes prêmios e reconhecimentos por atuações no setor de Recursos Humanos como o 1º lugar Categoria Profissional pela Associação Brasileira de Recursos Humanos do DF em 2003 e 2005 pelo trabalho na área de Gestão de Pessoas.
Possui especializações MBA em Gestão de pessoas pela FGV Brasília DF, MBA Gestão de Negócios ESAD – UFRJ e MBA Gestão Empresarial – Fundação Dom Cabral. É mentora voluntária no projeto “Nós Por Elas”.
Maria Susana de Souza – Imagem divulgação
Vice – presidente de Sustentabilidade, Cultura e Pessoas no setor de recursos humanos na Raia Drogasil. Trabalhou por mais de 10 anos como diretora de RH no Walmart e como Diretora Regional de RH na rede Makro da América do Sul. Possui diferentes formações em Gestão de Pessoas, Administração e Educação Executiva.
Mari Stela F. Ribeiro – Imagem divulgação
Ribeiro é Líder do Pilar étnico racial no setor de Recursos Humanos na Schneider Electric no Brasil. Graduada em Economia e com pós – graduação em Economia e Gestão das relações de trabalho ambas pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Recentemente concluiu curso de pós – graduação na mesma instituição sobre Arquitetura da Informação, Agile UX, Projetos em User Experience, Lean UX, Pesquisas e outros.
Atua há mais de 20 anos, sendo 18 anos em posições de gestão e conduzindo projetos e processos em funções de RH. Tem experiências em treinamento e desenvolvimento, sistemas de RH e informação, ações estratégicas, condução de processos, solução de problemas e consultorias. Atuou em lideranças locais e regionais – América do Sul e América Latina. É responsável por programas de Diversidade de Inclusão para América Latina, respondendo pelo grupo de Mulheres, por meio de treinamento e engajamento de todos os colaboradores, em todos os níveis.
Luiza Zequi – Imagem divulgação
Na liderança do setor de Recursos Humanos da Bayer, Zequi possui experiência em posições executivas na LATAM, Cargill, Bunge Brasil, Avon e outras empresas. Formada em Estratégia de RH Global pela Michigan Ross, possui certificações em negócios e estratégias por outras instituições. Em sua carreira, atua em gestão de times tanto no Brasil quanto em países da América Latina, como México, Caribe, Argentina e Paraguai.
Luciane Soares – Imagem divulgação
É diretora de RH da PepsiCo Brasil, com experiência em RH, recrutamento, desenvolvimento de talentos, estratégias, treinamento, coaching, arquitetura organizacional, carreira & sucesso e outros. Há 7 anos na PepsiCo, já atuou também na Avon Cosméticos como Supply Chain e Diretora de RH. Formada em psicologia, possui certificações e formações em Gestão de Pessoas pela Fundação Getúlio Vargas e pelo Instituto Ecosocial.
Luciana Paganato – Imagem divulgação
É Vice – presidente do setor de Recursos Humanos na Unilever e faz parte da consultoria como conselheira e mentora. Possui mais de 20 anos de experiência em setores diferentes de RH, passando por consultorias e indústrias. Trabalhou em grande parte da carreira com foco organizacional e desenvolvimento de colaboradores. Atuou em empresas como Towers Perrin, ABN AMRO Bank, Citybank e em diferentes níveis do setor de Recursos Humanos na Unilever.
José Ricardo Amaro – Imagem divulgação
José Ricardo Amaro, vem atuando há mais de 20 anos como Diretor de Recursos Humanos. Atualmente é Diretor de RH da Ticket Serviços, do Grupo francês Edenred. Foi Diretor de RH do Grupo ABC de agências de publicidade. Atuou 4 anos como Diretor de RH na Brasil Telecom. Formado em Adm. Empresas pela FAAP e com cursos de extensão na Inglaterra, EUA e Holanda, também atuou por mais de 5 anos na Philips do Brasil, onde foi responsável pela Auditoria Interna da América Latina. Iniciou sua carreira na PwC, como trainee de auditoria. Eleito o melhor Dirigente de RH no Top of Mind de RH 2020, Conselheiro da ABRH-SP, Membro do Comitê de Gestão de Pessoas da AMCHAM e do Grupo G3. Eleito por 7 vezes entre os RHs mais Admirados do Brasil pela Gestão RH. Personagem do Livro “Histórias de Executivos dos RHs Mais Admirados”
Jorge Tavares de Almeida – Imagem divulgação
Luis Gustavo Vitti – Imagem divulgação
Vice-presidente de RH do IFood, Vitti é formado em Física pela Unicamp e em educação executiva na Kellogg School of Management da Northwestern University. Começou a carreira na ALL – América Latina Logística, ainda em 2006. Antes da Foodtech, trabalhava para a Kraft Heinz, empresa em que atuou como VP de People & Performance, desde 2014, e foi responsável pelas regiões América Latina e Ásia-Pacifico, baseado em Singapura.
Em seu LinkedIn, frisa que seu sonho é um país próspero para todos e todas.
Elizabeth Rodrigues – Imagem divulgação
Eduardo Amaral Marques – Imagem divulgação
Diretor Executivo de RH no Grupo Fleury. Possui mais de 20 anos de experiência construída no setor de recursos humanos de muitos segmentos, tendo atuado em empresas como ABB, Unilever, L’oreal, Amcham-Brasil e outras.
Formado pelo Instituto Mauá de Tecnologia e pela Fundação Getúlio Vargas, com MBA em Negócios (Business) pela Fundação Dom Cabral, Marques possui conhecimentos e atuação em Supply-Chain, Sustentabilidade e Operações.
FERNANDO VIRIATO – Imagem divulgação
VP de Talento e Cultura da AccorHotels América do Sul e possui mais de 20 anos de experiência no mercado. Desde 1997 atua no grupo AccorHotels, empresa premiada pelo pelo Great Place to Work (GPTW), à frente da área de Recursos Humanos.
É formado em economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e tem MBA pela Fundação Dom Cabral e Kellog School of Management. Em sua trajetória passou por empresas como Unibanco Seguros e Banco Nacional.
Christian Cetera – Imagem divulgação
Christian Cetera possui experiência de quase 25 anos na função de Recursos Humanos, tendo passado por empresas como Nabisco e especialmente General Electric, onde atuou 20 anos como líder regional em diversas indústrias desde Plásticos de Engenharia, Energia, Aviação, Saúde, e como responsável da área de Educação Corporativa para América Latina.
Em 2018 se incorporou na General Motors como Diretor General de Recursos Humanos para a região Mercosul com o desafio de continuar com o trabalho de desenvolvimento de Capital Humano nessa empresa líder na indústria automobilística.
Ana Márcia Lopes – Imagem divulgação
Vice Presidente de RH, Comunicação Interna e Responsabilidade Social Corporativa (CSR) na Atento. Possui 20 anos de experiência em empresas nacionais e multinacionais de grande porte nos segmentos de Bens de Consumo, Mercado Financeiro e Telecomunicações.
Já atuou em empresas como Alpargatas, ABN AMRO Banco Real, Nortel Networks e Brahma. Acumula também vivências internacionais na América Latina e Europa. Em sua formação possui experiências nacionais e internacionais.
Cláudia Meirelles – Imagem divulgação
Claudia atua na Itaúsa S.A como Head de Recursos Humanos, e é responsável pela área de Gestão de Pessoas. Com mais de 30 anos de experiência em Recursos Humanos, possui visão generalista, abrangendo planejamento estratégico, cultura e mudança organizacional, programas de desenvolvimento e avaliação de talentos e outros. É psicóloga e possui o Certificate of Special Studies in Administration and Management pela Harvard University. Faz parte do conselho consultivo da Associação Comunitária Despertar, ong do 3º setor e é conselheira na Fundação Itaúsa Industrial, Atua como Diretora Executiva para a ABRH SP, é membro do G3, relevante comunidade de VP´s e Diretores de RH e participa de diversas outras comunidades de RH. Claudia também tem forte participação voluntária, com atividades voltadas para aconselhamento profissional e mentoria.
Sérgio Piza – Imagem divulgação
Atualmente, é CHRO no Aché. Desenvolveu sua carreira na Ford, na Mondelez no Brasil e nos Estados Unidos, na Claro, na Contax e na Klabin. É conselheiro no IJC e Membro de Comitê no Tenda Atacado e na Oi. Foi membro de Comitê da Petrobras.
Graduado e mestre em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas. Mestrado executivo pelo Insead em “Consulting and Coaching for Change”. Autor do livro “O enigma da liderança”.
É expert na definição e no desenvolvimento de estratégias de capital humano. Apoia conselhos, líderes e empresas em conduzir transformações culturais e organizacionais, desenvolvimento da liderança, engajamento de talentos, remuneração executiva, avaliação e processo de sucessão.
Fabio Rosé – Imagem divulgação
Fabio Rosé é Diretor Geral de Pessoas e Cultura na Dasa desde janeiro de 2021. Atuou sete anos na L’Oréal, onde ganhou por duas vezes consecutivas o prêmio Top of Mind de RH, na categoria dirigente de RH (2016 e 2017). Passou ainda pela Novartis e BankBoston. Formado em pedagogia, tem especialização em Recursos Humanos pela FGV, em Marketing pela ESPM e Executive Master Degree pela INSEAD.
GIUSEPE GIORGI – Imagem divulgação
Formado em Psicologia na Universidade de São Paulo, atua em Recursos Humanos há 34 anos, sendo 20 em posição C-level. Tem passagem por todos os subsistemas da área ao longo da carreira. Possui MBA em Gestão de Negócios pela Fundação Dom Cabral e experiência internacional na gestão de RH em países como USA, India, China, Polonia, Itália e Argentina. Participa do Grupo Diógenes de Recursos Humanos e tem sido reconhecido por vários anos como um dos RHs mais Admirados do Brasil.
Andre Rapoport – Imagem divulgação
Andre Rapoport, é Executivo de Recursos Humanos, há 20 anos posições de liderança sênior em várias empresas. Suas últimas funções foram de Diretor de Recursos Humanos da Oracle, Vice-Presidente para a América Latina da Sanofi, e Presidente da Right Management no Brasil. Atualmente é Diretor de Recursos Humanos da Danone para a América Latina.
André é economista pela PUC de São Paulo, com mestrado pela FGV/SP e Université Catholique de Louvain, Bélgica. Realizou sua formação em coaching pela Columbia University/US e pela Adigo. É também psicanalista, formado pelo Centro de Estudos Psicanalíticos de São Paulo.
Rodrigo Ladeira – Imagem divulgação
Rodrigo é um executivo de RH com 25 anos de experiência acumulados em empresas nacionais e multinacionais de grande porte em segmentos variados como Citigroup, TOTVS, Brasil Kirin e Cremer. Em 2018, foi convidado pelo grupo Pátria Investimentos para assumir a diretoria de RH, Gestão & Qualidade da Athena Saúde, investida da área
de saúde com mais de 13 mil colaboradores em todo país, onde segue atualmente. Possui MBA em Qualidade pela USP e é graduado em Psicologia pela UERJ. Sua trajetória tem recebido diversos reconhecimentos na área de RH :Prêmios Destaque RH 2005 e Prêmio
RHs mais admirados durante vários anos consecutivos.
Adriano Lima – Imagem divulgação
CHRO da Minerva Foods, Adriano Lima é um dos profissionais de destaque que integra a lista de indicados à premiação Os Notáveis do RH. Carioca de 54 anos, Lima é psicólogo com MBA pela Universidade de São Paulo e Vanderbilt University, com formação em RH Estratégico Avançado pela Michigan University. É Coach Executivo de CEOs formado pela Columbia University e Conselheiro de Empresas certificado pelo IBGC. Como executivo sênior tem passagens em posições de Liderança Global e América Latina de áreas de Pessoas, Cultura, Estratégia e Atendimento ao Cliente em empresas como Neon, Dasa, Itaú Unibanco e MasterCard. Professor de Gestão de Pessoas do Insper e professor convidado do MBA da FIA/USP.
Alessandra Morrison – Foto Divulgação
Alessandra da Costa Morrison é diretora de Recursos Humanos da Kimberly-Clark Brasil, empresa com mais de quatro mil colaboradores. É responsável pela parceria com as áreas de negócio garantindo os capabilities necessários para a evolução da companhia. Formada em Administração de Empresas pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP) e com MBA pela École des Hautes Études Commerciales (HEC), de Paris. Morrison acumula mais de 20 anos de experiência na área de Recursos Humanos. Ao longo deste período, passou por grandes empresas como Natura, Credicard, Grupo Pão de Açúcar, Deutsche Bank, Johnson & Johnson e Cia. Hering, nesta última como CHRO.
Ana Lúcia Caltabiano – Foto Divulgação
Executiva Sênior de Recursos Humanos GE Global, Ana Lúcia Caltabiano é graduada pela Fundação Getúlio Vargas. Tem formação pelo Programa Executivo da Kellogg School of Management e certificação em Coaching Executivo na INSEAD. Começou sua carreira na Procter & Gamble e ocupou diversos cargos de liderança regional em RH. Em 1999, juntou‐se a Hewlett Packard em posições de liderança como Diretora em RH para a América Latina e Caribe. Na empresa, liderou a frente de RH América Latina do Projeto de Integração da fusão Compaq/HP. Ingressou na GE em 2009 como Diretora de Recursos Humanos Latam para o Negócio de Energia. Desde 2012, integra a equipe de Desenvolvimento Executivo Corporativo da GE.
Christiane Berlinck – Foto Divulgação
Christiane Berlinck é graduada em Engenharia de Produção na UFRJ, possui MBA em Finanças pela PUC-Rio, MBA Executivo pela Fundação Dom Cabral e Curso Executivo pela Singularity University. Berlinck lidera há cinco anos a área de Recursos Humanos na IBM Brasil e há um ano assumiu a missão LATAM. Atua na área de RH desde 2011 e antes da liderança da IBM Brasil foi responsável por áreas na América Latina como Aquisição de Talentos, Business Partner de Serviços de Infraestrutura, Business Partner de Consultoria e aplicações de sistemas. Desenvolveu parte da sua carreira em Finanças e em áreas de negócio ocupando posições de operações em divisões como Banco IBM e segmento de médias empresas.
Clarice Martins Costa – Foto Divulgação
Clarice Martins Costa é psicóloga formada pela PUC-RS, pós-graduada em Gestão de RH pela Fundação Getúlio Vargas e conta com mais de 40 anos de experiência na área de Recursos Humanos, sendo 35 deles em posições de liderança. Desde 1992, desenvolve atividades na Lojas Renner na área de Recursos Humanos. Desde 2007, ocupa o cargo de Diretora de RH, gerindo as áreas de Gente & Desenvolvimento, Centro de Serviços Compartilhados (CSC) e Sustentabilidade. Desde 2008, é Presidente do Conselho Deliberativo do Instituto Lojas Renner. Foi a primeira mulher a presidir a Associação Brasileira de Recursos Humanos – Seccional RS (2004 a 2006); tendo exercido também a Presidência do Conselho Deliberativo.
Denise Horato – Foto Divulgação
Denise Horato é psicóloga de formação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Possui 20 anos de experiência em gestão de linha de RH e consultoria em empresas multinacionais, incluindo HQ, Regional e Local Operations. Começou sua trajetória profissional como estagiária na Souza Cruz. Logo, passou para a função de Analista de RH. Atuou em diversas corporações como a Gillette, onde participou de um programa de desenvolvimento para jovens talentos em Boston (EUA). Alguns anos depois, surgiu o convite para ingressar na indústria Roche Farmacêutica, em que exerce a função de Diretora de Recursos Humanos. Sua atuação na área, levou a ser uma das indicadas à premiação Notáveis do RH.
Edson Camargo Vieira – Imagem divulgação
Bacharel em Ciências Econômicas e MBA em Gestão de Pessoas, Edson Camargo Vieira tem 35 anos de rica experiência, atuando como gerente de RH em multinacionais (cross cultural, expatriates), start-up Fábrica Coca-Cola (Goiás), fusões e aquisições de empresas. Uma trajetória que teve início nas Fechaduras Brasil, em 1978, e término no Grupo Ecorodovias, em 2013, quando passou a atuar em consultoria própria na Gestão Estratégica de Recursos Humanos. Executivo de RH, Vieira é consultor e palestrante de destaque em seu segmento, tanto que integra a lista de indicados à premiação Os Notáveis do RH.
Elaine Saad – Acervo pessoal
Durante seus mais de 30 anos de carreira na área de Recursos Humanos, Elaine Saad foi sócia-fundadora de empresa nacional na área de consultoria. Após a aquisição pela Right Management, permaneceu por mais doze anos na mesma empresa como executiva, gerente geral do Brasil e América Latina. Em 2012, foi convidada a fazer o start up, no Brasil, da inglesa YSC, uma consultoria de presença global. Atuou por 15 anos na ABRH – Associação Brasileira de Recursos Humanos, na qual foi presidente da ABRH-SP e da ABRH-Brasil. Graduada em Psicologia e com pós-graduação em Administração de Empresas, foi convidada pela Academia Europeia da Alta Gestão para receber o título de executiva de honra, em 2019.
Eunice Rios – Foto acervo pessoal
Eunice Rios é psicóloga com especialização em Administração de RH pela Fundação Getúlio Vargas; Gestão de Negócios in Company pela Fundação Dom Cabral e formação de líderes pela Esade – Espanha. Ocupou posição de Diretoria Estatutária e Membro de Conselho de Administração. Atuou em diferentes segmentos como varejo, energia, setor imobiliário e de shopping center, indústrias de autopeças e equipamentos agrícolas, aeronáutica e têxtil. Desenvolveu carreira nas seguintes empresas: Grupo Pão de Açúcar, Iochpe-Maxion, Embraer, Grupo Vicunha, Endesa, JHSF e Neoenergia. Sua atuação no segmento faz com que seja sempre reconhecida por seu pares, como no caso da indicação à premiação Notáveis do RH.
Felipe Westin – Acervo pessoal
Felipe Westin é formado em Economia e com MBA em RH pela USP e possui especialização em RH Estratégico pela Illinois University. Desde 2010, está à frente da Westin Desenvolvimento e Gestão de Pessoas que tem como foco principal o desenvolvimento de executivos em seu papel de líder. Ao longo de quase cinco décadas, teve atuação expressiva em empresas como a Dow Química, Alcoa, Bristol Myers Squibb, Braskem, Rigth Management e a Monsanto, onde foi Diretor de RH para a América Latina Norte e para a área de Tecnologia; ambas as experiências nos Estados Unidos. Westin foi Presidente do Conselho e Diretor Executivo da ABRH-SP e é Conselheiro Vitalício da associação.
Fernando Tadeu Perez – Imagem divulgação
Vice-Presidente de Recursos Humanos da Volkswagen América do Sul por oito anos e Diretor Executivo de RH do Conglomerado Itaú por sete anos, Fernando Tadeu Perez participou por 15 anos consecutivos de boards de grandes corporações nacionais e multinacionais. Atualmente, lidera a Consultoria FPEREZ – Pessoas: Estratégia e Gestão. É Administrador de Empresas com MBA pelo Insead – The European Institute of Business Administration. Conselheiro de Administração Certificado IBGC. Autor de A Coragem de Decidir – Uma jornada em diferentes culturas organizacionais (Ed. Cultura), que apresenta a importância estratégica de Recursos Humanos e narra sua experiência profissional em diversas corporações.
Giovane Reus Nichele da Costa – Imagem divulgação
Giovane Reus Nichele da Costa é advogado com formação pela UNISINOS – Universidade do Vale do Rio dos Sinos, no Rio Grande do Sul. Seu profundo conhecimento como administrador na área de Recursos Humanos foi forjado por sua experiência profissional em distintos segmentos de Negócios e em reconhecidas escolas no Brasil e no exterior, como a Fundação Dom Cabral, ISE/IESE e Stanford. Em 1986, Costa iniciou sua carreira em RH, tendo trabalhado, em sua jornada, como Diretor e Vice-Presidente de RH de grandes empresas como Walmart, GVT, Vivo e TIM. Atualmente. é CHRO para a Oncoclínicas, empresa que é referência no Brasil e no mundo no tratamento de câncer.
Glaucimar Peticov – Foto divulgação
Glaucimar Peticov é Diretora Executiva Adjunta do Bradesco, respondendo pela Universidade Corporativa Bradesco (UNIBRAD) e pelas áreas de Recursos Humanos, Compras, Ouvidoria e Compliance. Formada em Psicologia pela Universidade São Marcos com Pós-Graduação em Administração de RH pela FAAP, tendo participado de vários programas executivos no Brasil e no exterior. Iniciou a carreira em 1984, no Banco Econômico, com trajetória nos vários ambientes de RH no setor financeiro. É também PMO Corporativo, Membro da Mesa Regedora da Fundação Bradesco e Diretora Secretária do SINDICREFI – Sindicato das Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento do Estado de São Paulo, entre outras funções.
Majo Campos – Foto Divulgação
Graduada em Psicologia, pós-graduada em Recursos Humanos pela Faap e especialização de RH pela Getúlio Vargas, Majo Campos possui mais de 30 anos de experiência na área. Formada em condução de grupos e diagnóstico empresarial pela Sociedade Brasileira em Dinâmica de Grupo. Participou de vários projetos locais e globais na área de Desenvolvimento Organizacional, com ênfase em cultura e programas de liderança, sucessão, jornada digitalizada do candidato e diversidade. Acumula passagens pela Atento, ABN AMRO Real, BCN e Banco Nacional. Atualmente, é VP responsável pela Área de Gente, Gestão e Diversidade no Hapvida, desenvolvendo projetos que apoiam a estratégia de crescimento da organização.
Milton Pereira – Acervo pessoal
Jornalista com especialização em Administração de Empresas, Milton Pereira é um dos profissionais de destaque da área de Recursos Humanos que integra a lista de indicados à premiação Os Notáveis do RH. Mineiro de Carmo do Rio Claro, Pereira tem mais de 30 anos como executivo de grandes empresas como Itaú e Serasa. Aliás, com sua equipe de líderes na Serasa, escreveu Trabalho com Significado, destacando toda a filosofia de Gestão de Pessoas da empresa, detalhando práticas implantadas (Ed. Qualitymark, 2012). É coautor dos livros Laboratório de Habilidades Gerenciais e Manual de Gestão de Pessoas e Equipes. Atua hoje como palestrante/consultor em Liderança, Comunicação e Educação Corporativa.
Moacy Freitas – Imagem divulgação
Diretor de Pessoas e Organização do Grupo Moura há nove anos, Moacy Freitas tem mais de 30 anos de experiência profissional. Graduado pela Faculdade de Ciências Contábeis de Itapetininga (SP), com Mestrado em Controladoria pela PUC-SP e MBA em Finanças pelo IBMEC, além de Especialização em Direito Tributário pela Facinter e Direito Econômico Empresarial pela FGV. Freitas ingressou na Baterias Moura como mecanógrafo, em 1985. Passou por diversas funções e áreas da empresa, como Controladoria, Jurídico, Fiscal Tributário e Auditoria Interna, até assumir o cargo de Diretor há treze anos. Sua trajetória singular fez com que tivesse amplo conhecimento na Gestão de Pessoas e também do Negócio.
Raimundo Ramos – Imagem divulgação
Sócio-fundador da Taion Consultoria, Raimundo Ramos é palestrante, facilitador e consultor na área de gestão e cultura organizacional. Atuou em RH em posição C-level em grandes companhias multinacionais de diferentes segmentos. Graduado em Psicologia pela Universidade Federal da Bahia, tem especialização em Administração de Empresas pela FIA-USP e Fundação Getúlio Vargas. É pós-graduado em Pedagogia da Cooperação e Metodologias Colaborativas. Educação executiva em RH pela Universidade de Michigan e Master in Project Management pela The George Washington University. É professor convidado da FIA-USP e Fundação Dom Cabral em disciplinas relacionadas ao desenvolvimento humano e organizacional.
Sara Behmer – Imagem divulgação
Sara Behmer é mestre em Administração pela PUC-SP e licenciada em Psicologia Organizacional pela Universidade Paulista. É pós-graduada pela AMANA-KEY, Universidade de Berkeley, UCLA, Chapel Hill e Fundação Dom Cabral-KELLOGG. Foi Vice-Presidente de RH da AVON Brasil e diretora de RH da AMP do Brasil, MWM Motores Diesel e Ticket Serviços. Teve grande exposição internacional atuando em projetos na Europa, Ásia, EUA e América Latina. Em 2014, fundou a BLUE Treinamento e Desenvolvimento – BLUE T&D. Foi Presidente do Comitê de Pessoas da Câmara Americana – AMCHAM. É Conselheira da Câmara Francesa de São Paulo – CCFB e Coordenadora da Comissão de Educação Superior e Executiva da entidade.
Theunis Marinho – Foto Divulgação
Executivo de trajetória singular, Theunis Marinho presidiu a Bayer Polímeros S.A. (Brasil) e foi Diretor Geral América Latina para a Divisão de Plásticos de Engenharia do Grupo Bayer. Conselheiro de Administração e Consultivo, certificado pelo IBGC. Atualmente, é presidente da ABRH – Associação Brasileira de Recursos Humanos – Seccional São Paulo e membro de conselhos de administração e consultivos de empresas, além de coach e mentor de jovens CEOs. É Conselheiro Consultivo do CIEE. Em 2016, publicou o livro Sonhar Alto, Pensar Grande – Lições de um brasileiro que enfrentou obstáculos e tornou-se presidente de uma multinacional, pela Editora Gente, best-seller que já está em sua 8ª edição.
Veronika Falconer – Foto Divulgação
Veronika Falconer é uma Executiva Sênior com mais de 25 anos de experiência em Gestão de Recursos Humanos nas áreas de Treinamento e Desenvolvimento, Recrutamento & Seleção, Remuneração & Benefícios, Gestão de Talentos, Pesquisas de Satisfação, Sistemas de Informação, Planejamento e Desenvolvimento Organizacional entre outras. Foi Diretora Executiva de RH, Comunicação e Administração para o Brasil e LATAM da Takeda Pharmaceutical, atuando em estreita parceria com as Áreas de Negócios e conduzindo o processo de transformação da empresa de 239 anos, conquistando reconhecimentos de mercado como Top Employers, GPTW, Melhores Empresas para Trabalhar e realização de integrações e desinvestimentos.
Vicente Teixeira – Foto divulgação
Vicente Teixeira é graduado em Comunicação – Publicidade e Propaganda, Mestre em Administração, MBA Executivo, especialização em Desenvolvimento de Estratégias de RH na South California University. Ocupou na Bunge New York, a posição de CHRO – Chief Human Resources Officer, como Head Global de RH e Comunicação Corporativa e Membro do Executive Committe da empresa. Foi Diretor de RH e Comunicação Corporativa para a América Latina na Dow Química e membro da Dow HR Global Leadership Committe. Na Union Carbide, foi Diretor de Recursos Humanos & Administração para América Latina e África do Sul. Foi também Vice-Presidente de Recursos Humanos e de Qualidade & Reengenharia do Citibank Brasil.
Wagner Brunini – Foto divulgação
Diretor Executivo da BRUNINI – Recursos Humanos, Wagner Brunini tem experiência de mais de 50 anos em RH adquirida em empresas de grande porte como Ford, Henkel e BASF. Iniciou sua trajetória de 32 anos na BASF como Coordenador de Treinamento e Desenvolvimento. Depois, assumiu a Gerência de Treinamento & Desenvolvimento e em seguida, foi promovido a Diretor de RH Brasil. Sendo nomeado depois Diretor de RH para América do Sul. Foi Presidente da ABRH – Associação Brasileira de Recursos Humanos – Seccional São Paulo no triênio 2010/2012 e Vice-Presidente Financeiro da ABRH – Brasil, no triênio 2016/2018. Professor na FIA da disciplina Gestão de Pessoas nas Organizações – MBA Gestão Empresarial.
Walter Sigollo – Foto Acervo Pessoal
Walter Sigollo é Administrador de Empresas, com cursos de pós-graduação e especialização em Administração. Na Sabesp, ocupou o cargo de Superintendente de Recursos Humanos. Foi presidente da ABRH – Associação Brasileira de Recursos Humanos – Seccional de São Paulo e vice-presidente da Associação Nacional. Também foi conselheiro do Conselho Federal de Administração. Atuou ainda como Conselheiro, Vice e Presidente do Conselho Regional de Administração de São Paulo. Hoje, é Presidente da Sabesprev, entidade fechada de Previdência Complementar dos empregados da Sabesp; instituição em que já havia ocupado as funções de Diretor Administrativo, Conselheiro e Presidente do Conselho Deliberativo.
Portal do Garrett (PG) – Como você analisa sua trajetória em RH? Pesaram os anos e os segmentos em que você atuou?
José Amaro (JA) – A minha trajetória em RH não é uma trajetória muito usual em relação aos caminhos mais tradicionais de um eixo de carreira. Eu iniciei minha carreira como trainee de auditoria em uma das “big four” empresas de auditoria / consultoria e depois eu migrei para a área de auditoria interna de algumas grandes organizações. Foram mais de 15 anos atuando como auditor, onde eu tive o privilégio de desenvolver uma visão sistêmica e versátil, tanto pelo fato de ter a oportunidade de conhecer e avaliar as políticas e os controles internos das diversas áreas de uma organização, quanto pelo fato de transitar em organizações de segmentos distintos (instituições financeiras, indústrias, varejo, serviços, etc), e ainda pelo fato de conhecer diferentes modelos de gestão (empresas nacionais, familiares, multinacionais, etc). Eu considero que essa longa vivência na área de auditoria foi crucial para o meu sucesso na atuação como executivo em gestão de pessoas. A visão generalista, a boa bagagem de conceitos financeiros com foco em resultado, o maior entendimento da natureza e escopo dos diferentes setores de uma organização, a habilidade de relacionamento interpessoal e a interação complexa e sensível com interlocutores de outras áreas, a melhor compreensão da relação causa-efeito, a percepção dos diferentes perfis de profissionais de acordo com as áreas de atuação, foram competências e habilidades fundamentais que eu desenvolvi graças aos longos anos de experiência em auditoria, e que me ajuda até hoje para entender melhor as demandas, as dores e anseios dos clientes internos. Já atuando em Recursos Humanos nesses últimos 20 anos, a minha trajetória continuou sendo bem diversificada em termos de segmentos de empresas, bem como em termos de diferentes culturas e modelos de gestão.
Portal do Garrett (PG) – Os CEOs e presidentes das organizações em que atuou serviram como inspiração para você e para o desenvolvimento de sua carreira em RH?
José Amaro (JA) – Para ser muito sincero, eu posso dizer que os CEOs e presidentes das organizações onde eu atuei não tiveram nenhuma interferência e inspiração na minha escolha para atuar em RH. A minha inspiração surgiu exclusivamente dentro de mim, quando eu fui percebendo ao longo da minha trajetória profissional, a afinidade e interesse pelos temas ligados à Recursos Humanos, além de bons resultados alcançados em formação e desenvolvimento de times. Eu sempre gostei de identificar a pessoa certa, para o lugar certo, e acabava fazendo isso por prazer e eu via o meu alto nível de assertividade nas escolhas dos times. Desenvolver as pessoas, buscar as melhores formas de remuneração e reconhecimento, definir papéis e responsabilidades nas estruturas organizacionais, ter prazer em atuar como líder servidor e ajudar as pessoas no alcance de seus desafios, foram alguns dos fatores motivadores que me inspiraram em migar para a área de gestão de pessoas.
Portal do Garrett (PG) – Que conquistas foram importantes na sua vida profissional? Analisando pontos positivos e negativos, o que faltou para lhe dar mais alegria em atuar na Gestão de Pessoas?
José Amaro (JA) – Eu tenho muitas conquistas ao longo da minha carreira que me deixam muito orgulhoso e com o sentimento de dever cumprido, mas eu acho que a maior conquista que eu tive na minha vida profissional foi a oportunidade de migrar de Auditoria Interna para Recursos Humanos, já em uma posição de Diretoria, quando eu atuava em umas das maiores empresas do Brasil. Abraçar essa mudança e ter dado conta desse imenso desafio, o qual me abriu portas para a minha longa trajetória na área de gestão de pessoas, certamente foi a maior conquista da minha carreira. Já atuando na área de Recursos Humanos, muitos reconhecimentos me enchem de orgulho, dos quais eu destaco a liderança das práticas de gestão de pessoas em organizações consideradas como melhores empresas para se trabalhar no Brasil por longos anos, ter sido reconhecido como o executivo de RH mais admirado do Brasil, ter sido o executivo Top of Mind da comunidade de RH, ser personagem de livro dos executivos mais bem sucedidos em RH, ter essa legitimidade perante os meus amigos e colegas de RH e agora, mais recentemente, estar nessa seleta lista de reconhecimento dos Notáveis em RH. Concluindo a pergunta acima, eu posso dizer que eu sou um profissional realizado e uma pessoa muito feliz por atuar em RH e eu não vejo nada que tenha me faltado e que pudesse me trazer mais alegrias nessa nobre missão de atuar em gestão de pessoas, o que não significa que eu também não tenha enfrentado algumas decepções e fracassos, que eu entendo que sejam inerentes não só ao mundo corporativo, mas como em todas as dimensões de nossas vidas.
Portal do Garrett (PG) – As tecnologias trouxeram uma revolução na vida das empresas e pessoas. Qual impacto que ela trouxe na vida de RH? E mais: como vê o futuro desta profissão no mercado?
José Amaro (JA) – A Tecnologia e a transformação digital trouxeram um impacto relevante em todas as áreas de atuação nas empresas, e o RH não ficou de fora dessa revolução. Os ganhos trazidos por essas mudanças são inúmeros, tanto do ponto de vista de agilidade e produtividade, quanto do ponto de vista de análises e estudos mais amplos e profundos, como por exemplo a utilização mais abrangente e eficaz de dados (People analytics) e o uso da inteligência artificial em processos preditivos e qualitativos de gestão de pessoas. Essas mudanças possibilitaram o RH exercer um papel ainda mais estratégico e menos burocrático nas organizações, inclusive em processos de administração de pessoal e outros subsistemas da área de Recursos Humanos, como atração e seleção de talentos, treinamentos, avaliação de desempenho, clima organizacional, dentre outros. No meu ponto de vista, a transformação digital e as tecnologias continuarão trazendo novas funcionalidades e ganhos de produtividade para os profissionais de RH, entretanto, a HUMANIZAÇÃO, mais do que nunca, passa a ser o grande diferencial nas organizações, que sentiram o grande aumento dessa demanda causado pela pandemia do corona vírus, onde as pessoas passaram a se questionar mais sobre o sentido de suas vidas, a qualidade das relações interpessoais, o equilíbrio entre vida pessoal e vida profissional, a relação custo benefício pelo “sucesso” corporativo, as questões de saúde mental, etc.
Portal do Garrett (PG) – Como você analisa sua trajetória em RH? Pesaram os anos e os segmentos em que você atuou?
José Amaro (JA) – A minha trajetória em RH foi muito desafiadora e ao mesmo tempo muito gratificante. A atuação em diversos segmentos e empresas de portes e culturas distintas, contribuíram muito para o meu aprendizado e para que eu superasse os grandes desafios que surgiram ao longo desses anos.
Portal do Garrett (PG) – Você acredita que RH é um coach ou líder para sua equipe? Qual papel de transformação que ele é capaz de exercer em sua atuação na Gestão de Pessoas?
José Amaro (JA) – Não só o RH, mas todos os líderes devem assumir o papel de coach de suas equipes. O RH não deve carregar essa responsabilidade sozinho. Todo líder, como parte de suas atribuições, precisa desenvolver o papel de Coach e líder de suas equipes. Os profissionais de RH devem atuar como multiplicadores e agentes de transformação, impulsionando os líderes e provocando-os a exercer esse papel de desenvolvimento de suas equipes, fomentando a cultura do feedback nas organizações. Os profissionais de RH devem puxar e acelerar esse movimento nas organizações, fornecendo metodologia e ferramentas para os líderes atuarem junto às suas equipes.
Portal do Garrett (PG) – RH é utopia ou realidade nas organizações brasileiras?
José Amaro (JA) – Mais do que nunca, RH é uma realidade nas organizações brasileiras. Nunca o papel de gestão de pessoas foi tão demandado pelas altas lideranças, que estão enfrentando grandes desafios na atração e retenção de talentos. Os colaboradores estão cada vez mais questionadores e exigentes, buscando o alinhamento entre o propósito pessoal com os propósitos da empresa. A guerra por talentos tem desafiado os gestores de pessoas e a liderança em geral, em criar ambientes muito mais acolhedores e menos ácidos, buscando formas disruptivas e inovadoras de aportar valor aos colaboradores. O discurso precisa estar coerente com a prática. A cultura organizacional tem um peso muito significativo na escolha dos melhores lugares para se trabalhar. Nesse cenário, o profissional de RH deve gerar novos mecanismos e modelos de trabalho, e uma atmosfera que encante cada vez os mais colaboradores, e ao mesmo tempo, desafie a liderança para que adotem práticas e comportamentos consistentes.
Portal do Garrett (PG) – Que mensagem você daria aos jovens que querem atuar nesta área? E qual futuro você prevê para eles dentro das organizações?
José Amaro (JA) – A minha mensagem para os jovens que desejam atuar em Recursos Humanos é para que eles tenham convicção de que um bom profissional de RH é aquele que realmente gosta de lidar com pessoas, desenvolvê-las, motivá-las e ajuda-las na busca de seus objetivos. O profissional de RH deve ter aptidão e prazer em servir e zelar pelas boas relações interpessoais dentro da organização. Deve ter boa aptidão para gerenciar conflito de interesses e ser um grande embaixador da marca. O profissional de RH é aquele que deve disseminar a cultura da organização e sempre buscar o alinhamento dos interesses da organização aos desejos e ambições dos colaboradores. Se você se enxerga com esses atributos e sempre procura fazer mais do que é esperado para a sua função, você domina boa parte dos fatores críticos de sucesso para se tornar um grande profissional de Recursos Humanos. Eu vejo um futuro muito promissor e valorizado para as pessoas que desejam atuar nessa área.
Como você analisa sua trajetória em RH? Pesaram os anos e os segmentos em que você atuou?
Sem dúvida a experiência dos anos e as diferentes culturas organizacionais que vivenciei me moldaram profissionalmente. Iniciei minha a carreira na área de Recursos Humanos em uma das empresas do Grupo Suzano, onde permaneci por cinco anos em posição de liderança do Setor Operacional do RH. Posteriormente, migrei para a Stanley Home e, por oito anos, tive a oportunidade de atuar e conviver em uma empresa com forte cultura internacional. Há mais de 30 anos integro o Grupo Protege, estando à frente da Diretoria de Gente e Gestão. Já se passaram 43 anos dedicados às pessoas das corporações, que são, sem dúvida, o maior ativo para o sucesso dos negócios de qualquer empresa.
Os CEOs e presidentes das organizações em que atuou serviram como inspiração para você e para o desenvolvimento de sua carreira em RH?
Os CEOs costumam ser importantes fontes de inspiração para os executivos, que quando atentos, somam estas oportunidades ao desenvolvimento de suas carreiras. Comigo não foi diferente, por onde passei. Meu atual presidente, Marcelo Baptista de Oliveira, é uma inspiração não só para mim, mas para todos os colaboradores do Grupo Protege. Há mais de 50 anos ele fundou o que é hoje a maior empresa nacional de segurança privada, enfrentando com determinação vários planos econômicos, mudanças de moedas e diversos outros desafios no mercado. Uma lição importante que aprendi com o meu presidente é valorizar os erros, problemas e más notícias, pois é nelas que encontramos as oportunidades para crescer e fazer melhor. Esse processo não nos deixa acomodados, pois somos desafiados o tempo todo. Sou testemunha, nesses mais de 30 anos de empresa, do olhar atento de nosso presidente ao detalhe no planejamento do negócio e, principalmente, no bem-estar e engajamento dos colaboradores.
Que conquistas foram importantes na sua vida profissional? Analisando pontos positivos e negativos, o que faltou para lhe dar mais alegria em atuar na Gestão de Pessoas?
O aprendizado constante é a maior conquista da minha vida. Sou formado em Administração de Empresas e Direito, com pós-graduação em Recursos Humanos pela Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP). Neste momento estou concluindo um MBA em Gestão de Negócios e Valorização da Empresa pela FIA. A formação acadêmica é importante para se manter atualizado, mas ouvir as equipes e apreender com as novas gerações é fundamental para se conectar com o mundo. Avaliando tudo o que oferecemos hoje à Comunidade Protege, contemplada por todos aqueles que se relacionam com o Grupo – inclusive familiares de nossos colaboradores, talvez o único ponto que pudesse me trazer mais alegria, seria ter oferecido tudo isso antes, inclusive quanto ao espelhamento de nossas iniciativas educacionais e de qualidade de vida, a essas pessoas. À exceção desta condição temporal, nada me traz arrependimento ou sentimento de falta; pelo contrário, vejo tudo com muita alegria e sentimento de dever cumprido, além do adorável desafio em poder contribuir cada vez mais!
As tecnologias trouxeram uma revolução na vida das empresas e pessoas. Qual impacto que ela trouxe na vida de RH? E mais: como vê o futuro desta profissão no mercado?
A tecnologia é fundamental para agilizarmos e otimizarmos uma série de processos do RH, deixando-os mais dinâmicos e atrativos para os colaboradores. Todo o processo de contratação hoje já é feito por um aplicativo. Nossa Universidade Corporativa atinge cada vez mais pessoas graças ao advento das novas tecnologias. Temos o projeto Papel Zero, reuniões por vídeo com colaboradores que estão em outros estados, enfim, uma série de facilidades. No entanto, nós gerimos pessoas. E pessoas precisam de contato humano e vivenciar dinâmicas coletivas. A interação pessoal tem de ser valorizada e mantida, convivendo em harmonia com a tecnologia. O RH deve atuar como motor desta adaptação, promovendo ações para dar condições às pessoas de se adaptarem, com a consequente manutenção de desempenho da organização. O profissional de RH do futuro, vai aliar estas duas realidades, de maneira sinérgica e harmônica.
Você acredita que RH é um coach ou líder para sua equipe? Qual papel de transformação que ele é capaz de exercer em sua atuação na Gestão de Pessoas?
O RH é a porta de entrada das pessoas. Pessoas satisfeitas e engajadas produzem mais e isso reflete diretamente no desempenho deste organismo vivo, chamado empresa. O RH tem um papel fundamental em despertar o interesse dos colaboradores a se aprimorarem cada vez mais, em cuidarem de sua qualidade de vida e manterem relações positivas em suas equipes. E, nesse sentido, o ato de desenvolver as pessoas, independentemente do método utilizado, é um dos melhores investimentos que uma organização pode realizar. Além de potencializar as competências profissionais e pessoais, ele tem um efeito motivador e é transformador.
RH é utopia ou realidade nas organizações brasileiras?
O RH, Gestão de Pessoas ou Gestão de Gente, é uma realidade nas organizações em todo mundo. As empresas são constituídas de pessoas, e a gestão com excelência deste valiosíssimo capital, reflete em empresas de excelência. O Brasil está neste contexto e acompanha, no seu tempo, tudo o que é praticado de melhor em relação às pessoas. Como um país em desenvolvimento, muitas coisas certamente ainda vão se desenvolver também, mas vejo tudo isso com enorme otimismo, sabendo que aqueles que cuidam de gente, estão definitivamente, ao lado de quem cuida de todas estratégias nas organizações, tornando todo o processo sustentável e promissor.
Que mensagem você daria aos jovens que querem atuar nesta área? E qual futuro você prevê para eles dentro das organizações?
Aos jovens, agir sempre com ética e respeito, pedir feedbacks periódicos para pessoas experientes, planejar suas carreiras, investir em aprendizado e cuidarem de suas saúdes. Além disso, ter uma visão sempre atenta a resultado e relacionamento, duas coisas que andam juntas, em sintonia. A eles, um futuro de sucesso cada vez mais próximo da estratégia do negócio, está reservado!
PORTAL DO GARRETT (PG) – Como você analisa sua trajetória em RH?
Fernando Viriato (FV) – Acho que tenho uma trajetória de sucesso passando por praticamente todas as funções de recursos humanos e atuando profissionalmente em outras áreas. Esta trajetória é não somente o resultado do meu esforço e talento, mas também do talento do conjunto de profissionais que trabalharam comigo do sucesso das áreas e empresas onde atuei, e do apoio da minha família.
PORTAL DO GARRETT (PG) – Pesaram os anos e os segmentos em que você atuou?
Fernando Viriato (FV) – Acredito que sim, passar por diferentes segmentos, culturais e chefes permite a um profissional poder ter uma visão mais ampla sobre como contribuir mais estrategicamente para o negócio e em prol das pessoas.
PG – Os CEOs e presidentes das organizações em que atuou serviram como inspiração para você e para o desenvolvimento de sua carreira em RH?
FV – Certamente, todos tiveram sua contribuição no meu aprendizado, mesmo aqueles onde não tive reporte direto em determinada fase da minha carreira.
PG – Que conquistas foram importantes na sua vida profissional?
FV – Acho que as fases em que fui desafiado a desempenhar com sucesso na mudança de empresa ou área ou nos grandes processos de transformação e enfrentamento de crises, foram todos momentos importantes que marcaram minha carreira. Também foi muito importante a minha primeira promoção a gerente ou a de diretor já que marcaram patamares de repertório de competências bem diferentes do que eu até então praticava.
PG – Analisando pontos positivos e negativos, o que faltou para lhe dar mais alegria em atuar na Gestão de Pessoas?
FV – Por um lado eu acho que faltou no passado, por parte das lideranças das empresas o entendimento da relevância sobre as pessoas nos negócios, todas as diversas questões ligadas a compliance com o peso que elas têm hoje, o foco hoje dado a diversidade e inclusão ou mesmo toda agenda ESG atual. Acho que se estas características do ambiente atual estivessem presentes há mais tempo, teria sido melhor. Mas cada coisa a seu tempo, isto não me retirou alegria, energia e inspiração no passado. Fui feliz em todos os momentos da minha carreira.
PG – As tecnologias trouxeram uma revolução na vida das empresas e pessoas. Qual impacto que ela trouxe na vida de RH? E mais: como vê o futuro desta profissão no mercado?
FV – As diferentes tecnologias e a emergência de alguns temas trouxeram mais assertividade e foco para o trabalho de RH que cada vez mais pode estar focado na sua contribuição estratégica para os negócios. Também trouxeram boas novidades e desafios, tornando cada vez mais fácil trazer para os times de RH competências em exploração e análise de dados, em uma visão holística da jornada do colaborador/associado, sobre questões de diversidade e inclusão, no conhecimento mais amplo do funcionamento das mídias sociais, na gestão mais profissional de projetos e processos, na relevância cada vez maior dos programas de bem-estar, questões de compliance e outras.
O futuro trará cada vez mais foco nas questões Intergeracionais que já estão presentes hoje em menor grau, na gestão cada vez maior da cultura organizacional, colaboração e engajamento versus o melhor modelo entre trabalho presencial ou a distância e trabalho síncrono ou assíncrono. Também as tecnologias de gestão de wellness estão e irão se acelerar nos próximos anos, bem como uma gestão mais ampla da proposta de valor da empresa para as pessoas integrando mais o contexto de clientes ou colaboradores/associados. Por último, o patamar mínimo aceitável nas questões ligadas a ESG vai mudar também de forma acelerada. A IA – Inteligência Artificial invadirá também as ferramentas e a gestão de RH a partir de alguns macroprocessos como já vemos hoje em recrutamento e seleção, aprendizado e desenvolvimento, gestão de talentos, gestão de engajamento e clima organizacional e outros, mas diferente de hoje IA integrará mais estes macroprocessos e isto ampliará bastante o potencial de gestão de pessoas. Tudo isto também mudará bastante o repertório de competências necessárias para líderes de sucesso nas organizações.
PG – Você acredita que RH é um coach ou líder para sua equipe? Qual papel de transformação que ele é capaz de exercer em sua atuação na Gestão de Pessoas?
FV – RH é coach e líder porque há uma certa interseção entre as duas responsabilidades, mas acho que liderança é a base tendo um papel mais inspiracional que orientativo / instrumental a que muitas vezes o coach se reduz a depender do contexto e necessidade de cada indivíduo. O RH tem um papel fundamental nos processos de transformação justamente porque tudo começa e acaba pelas ou para as pessoas no seu sentido mais amplo sejam elas clientes, colaboradores/associados, comunidades etc.
PG – RH é utopia ou realidade nas organizações brasileiras?
FV – Depende muito do contexto da empresa, mas eu acredito que sempre há espaço para fazer de qualquer empresa uma empresa que sonhe e realize “grande”, um ambiente melhor para as pessoas trabalharem, viverem e se divertirem. Tudo começa pela liderança e responsabilidade do investidor, o dono/proprietário. Eu diria que, no longo prazo, RH será cada vez mais uma realidade para os empreendimentos que duram, resistem e crescem é uma utopia para os empreendimentos que fracassam ou fadados ao fracasso.
PG – Que mensagem você daria aos jovens que querem atuar nesta área? E qual futuro você prevê para eles dentro das organizações?
FV – RH é um campo fantástico para os jovens atuarem, em geral uma área mais aberta que muitas outras para que cada indivíduo possa ser ele mesmo, uma área que provoca todos a desafiarem o status quo, uma área para trabalhar, viver e se divertir. E, como em todas as áreas, aqueles que têm talento poderão se destacar e ter um futuro de sucesso.
Portal do Garrett (PG) – Como você analisa sua trajetória em RH? Pesaram os anos e os segmentos em que você atuou?
Christian Cetera (CC) – Adoro ter tido a chance de ter aproveitado cada oportunidade que tive na minha carreira. Nada foi planejado, porém cada movimento foi profundamente pensado para chegar nesse exato momento, como se sempre eu tivesse uma única bala de prata para acertar na mosca. Minha configuração hoje é de ser um HR que tem 70% de perfil generalista, como líder para grandes organizações industriais, e 30% de experiência em Talent Development e Learning. Como fui? Sempre tomando riscos, me assegurando de pegar as posições e atuar nas áreas e trabalhos mais difíceis, os de maiores riscos, aqueles que ninguém queria fazer.
Como garantia de ter que sair da minha zona de conforto constantemente, isso me garantiu aprendizado. Tenho quase 30 anos de HR, sempre fui HR e sempre adorei e valorizei o que o capital humano pode fazer de bom nas organizações. Minha experiência foi desenvolvida basicamente em empresas americanas de caráter industrial: Nabisco, porém fundamentalmente na GE onde trabalhei por quase 20 anos e agora faz 5 anos na GM para South America. Tive a oportunidade de conhecer a cada dois ou três anos, diferentes indústrias: Aviação, Plásticos de Engenharia, Energia, Healthcare, Oil&Gas, Distribuição de energia e, agora, automotiva-mobilidade etc. Sempre na América Latina, conhecendo profundamente as culturas e desafios dos nossos países desde o México para baixo. Moro no Brasil (com algumas interrupções) desde os últimos 19 anos.
PG- Os CEOs e presidentes das organizações em que atuou serviram como inspiração para você e para o desenvolvimento de sua carreira em RH?
CC: Alguns sim, outros não. A relação é de 80% sim…funcionaram e muito! E outros 20% não… E doeram bastante. Porém, também funcionaram para aprender ou para saber o que não deveria ser feito. A minha relação com os modelos de inspiração é muito abrangente e diversa. Não sempre o chamado Top leadership…. aliás quase nunca.
PG – Que conquistas foram importantes na sua vida profissional? Analisando pontos positivos e negativos, o que faltou para lhe dar mais alegria em atuar na Gestão de Pessoas?
CC: Que pergunta! A minha maior conquista é quando alguém me disse que quer falar comigo porque confia em mim e porque sabe que vou escutar e que eu posso resolver as coisas. Entender as pessoas, suas complexidades e como o valor do capital humano pode ser maximizado nas organizações, essa é outra conquista. Estou também orgulhoso dos times que desenvolvi na minha carreira. Ainda tenho contatos com todos e carrego algum tipo de vínculo. Hoje, muitos são profissionais muito exitosos no que fazem, porém sempre que eu ligo para eles, tem alguma palavra de lembrança positiva e carinho. Sou um líder que tenta fazer as pessoas se sentirem bem e por isso quero ser lembrado.
PG – O que faltou para ter mais alegria em atuar na gestão de pessoas?
CC – Tive muitos momentos de alegria, muitas risadas e grandes sensações de companheirismo e construção de inteligência coletiva. Porém, nossa região não teve muitas “alegrias” nas últimas décadas. Especialmente nas indústrias, onde não houve momentos de paz e normal tranquilidade para gerenciar e desenvolver os negócios. A América Latina foi sempre a tormenta perfeita: desigualdade social, alta exposição ao câmbio monetário, crise, insegurança, alta regulação, modelos econômicos restritivos etc. Aquele executivo que se desenvolveu na América Latina, é um atleta corporativo de máxima competitividade.
PG – As tecnologias trouxeram uma revolução na vida das empresas e pessoas. Qual impacto que ela trouxe na vida de RH? E mais: como vê o futuro desta profissão no mercado?
CC – Neste sentido, só vejo impacto positivo. Tirou o HR do modelo de “administração de pessoal” para ser definitivamente instalado dentro do modelo de desenvolvedor de talentos. O modelo de competências para ser um HR de sucesso de quando eu comecei, há 30 anos atrás, não tem absolutamente nada a ver com os requerimentos atuais. Os HR precisam ser experientes em competências, ter uma capacidade analítica sobressalente para poder tomar decisões com base em dados, projetar diferentes cenários de negócios conectando talentos e capacidades com potencial. Isso é quase mágica! Ensinar a escutar, a inspirar pessoas, a construir vínculos colaborativos entre pessoas, utilizar a diversidade como uma vantagem estratégica e, fundamentalmente, a iluminar pontos cegos com arte para estimular e acender o poder que está dentro de cada pessoa. Esse é o futuro do HR! Talvez a função mais estratégica e complexa do futuro das organizações
PG – Como você analisa sua trajetória em RH? Pesaram os anos e os segmentos em que você atuou?
CC – Penso no que vai vir, no futuro, e não muito no que eu fiz. Claro que a experiência é importante e me ajuda a ter uma visão mais holística das coisas. Porém, estou mais preocupado em continuar estimulando minha curiosidade e ansiedade por conhecer mais do que está por vir. Sou um “ansioso serial” pelo futuro e como pode ser, de algum jeito, parte dele do que faço.
PG – Você acredita que RH é um coach ou líder para sua equipe? Qual papel de transformação que ele é capaz de exercer em sua atuação na Gestão de Pessoas?
CC – Acho que, além disso, o HR tem que ser um sofisticado instrumentador de mudanças culturais. As mudanças não acontecerão se as pessoas não mudarem. Isso é basicamente a responsabilidade dos líderes de capital humano nas organizações. Sim, o HR é um coach e líder absolutamente! Porém, muito mais que isso, deveria ser quem ensine a ser coach, quem desenhe os parâmetros e qualificações da liderança de uma empresa, que construa o marco conceitual e filosófico para que o propósito de uma organização seja perfeitamente entendido e assinado por todos.
PG – O RH é utopia ou realidade nas organizações brasileiras?
CC – Não faço ideia… tenho muitos colegas de HR e conhecidos. Participo ativamente de alguns grupos de HR no Brasil. Eu vejo uma qualidade de profissionais que me faz pensar que estamos quase todos (ou a grande maioria) nos fazendo o mesmo tipo de perguntas, enfrentando o mesmo tipo de desafios. Não sei se é uma realidade, mas o que sei é que deveria ser, pois, caso contrário, as chances de crescer são mínimas.
PG – Que mensagem você daria aos jovens que querem atuar nesta área? E qual futuro você prevê para eles dentro das organizações?
CC – Algumas reflexões: 1) que se formem mais em entender a complexidade da psicologia humana do que em conhecer os mecanismos de optimização de processos. 2) Que vejam as legislações trabalhistas de uma maneira crítica e profunda. Porém saibam que esse é o marco de referência. 3) Que conheçam as pessoas para as que irão trabalhar, mas que também conheçam o negócio em que irão atuar. Tem que visitar e viver de alguma maneira o que é o “core” deste business. O que eles fazem, por que e para que? 4) Que saibam como resolver conflitos de maneira construtiva e utilizando ferramentas chaves como o diálogo, observação, empatia e paciência. Isso vai ser 50% da agenda deles. 5) Que saibam como desenhar modelos organizacionais que impulsionam a colaboração e articulem fortemente a construção de logros coletivos. 6) Que evitem personalizar e individualizar o conceito de “Talento”, de “potencial” e de “reconhecimento” para gerar uma cultura de time verdadeira. 7) Que saibam falar o idioma do negócio, que saibam falar e influenciar os líderes e stakeholders importantes para fazerem a mudança acontecer. Que sejam grandes tradutores de conceitos complexos em comportamentos simples que formam a cultura. 8) Que tenham uma caixa de ferramentas analíticas para responder com dados todos os questionamentos e hipóteses que sempre se fazem sobre pessoas, tem que saber falar de demográficos, de forecast, de analíticos e de projeções com uma precisão científica.
Portal do Garrett (PG) – Como você analisa sua trajetória em RH? Pesaram os anos e os segmentos em que você atuou?
Cláudia Meirelles (CM) – Minha trajetória na área foi bastante vertical, iniciando muito cedo ainda na faculdade e ao longo dos anos aproveitando as oportunidades que tive, refletindo o desenvolvimento e meu interesse de cada vez mais reunir uma experiência e vivência que pudessem contribuir para o meu crescimento profissional. Foi com certeza uma carreira nesses mais de 30 anos, construída com uma base sólida de aprendizados bem diversos pelas empresas de diferentes segmentos pelos quais passei e pelos grandes líderes que tive.
Portal do Garrett (PG) – Os CEOs e presidentes das organizações em que atuou serviram como inspiração para você e para o desenvolvimento de sua carreira em RH?
Cláudia Meirelles (CM) – Sem dúvida fizeram uma diferença enorme na construção da minha postura profissional e na influência de decisões importantes da minha carreira. Desde muito cedo fui exposta a uma liderança muito sênior, CEOs e presidentes, em algumas vezes um CFO com uma capacidade enorme para direcionar os pontos relevantes que eu deveria prestar atenção para ter a minha identidade profissional. Isso facilitou muito da minha trajetória futura e decisões que tive que tomar.
PG – Que conquistas foram importantes na sua vida profissional? Analisando pontos positivos e negativos, o que faltou para lhe dar mais alegria em atuar na Gestão de Pessoas?
CM – Acredito que a grande conquista ao longo desses anos foi conseguir construir um legado de formação de grandes profissionais para a área de Recursos Humanos e para outras áreas, através de um olhar muito amplo das jornadas de carreira individuais e, também contribuir para o entendimento nas organizações de sua evolução ao longo do tempo e seus impactos em clima organizacional e na qualidade de vida do trabalho.
Além disso, construí um networking precioso que me possibilitou exercer uma variedade de atividades para a área que não seriam possíveis de outra forma, e que trazem um sentimento de realização muito forte. Os aprendizados com os acertos e erros trouxeram uma maturidade essencial também para ter clareza do que me realmente é importante para mim e me faz feliz e assim, mantive a minha motivação e a alegria sempre em alta.
PG – As tecnologias trouxeram uma revolução na vida das empresas e pessoas. Qual impacto que ela trouxe na vida de RH? E mais: como vê o futuro desta profissão no mercado?
CM – A tecnologia tem sido um facilitador no dia a dia de RH para reduzir o foco em atividades táticas e abrindo mais espaço para atividades estratégicas e com maior valor para as organizações e pessoas. Com isso o perfil dos profissionais da área vem se ajustando para cada vez mais estar preparado e ter tempo para lidar com situações complexas que o mundo contemporâneo tem trazido, como por exemplo saúde mental, melhor utilização de informações e análise de dados e a construção de equipes preparadas para lidar com tudo isso.
PG – Você acredita que RH é um coach ou líder para sua equipe? Qual papel de transformação que ele é capaz de exercer em sua atuação na Gestão de Pessoas?
CM – O RH tem um papel na liderança das equipes e da empresa muito relevante, principalmente no que diz respeito a construção de mensagens chave que reforcem a cultura organizacional e a forma de influenciar positivamente quem está ao seu redor, com forte capacidade relacional e analítica, que contribui para um ambiente de trabalho saudável e produtivo.
PG – RH é utopia ou realidade nas organizações brasileiras?
CM – Na minha experiência é realidade e eu tive sempre espaço para exercê-lo nas organizações pelas quais passei.
PG – Que mensagem você daria aos jovens que querem atuar nesta área? E qual futuro você prevê para eles dentro das organizações?
CM – Conversem com pessoas que atuam na área, de diversas especialidades e em diferentes segmentos, para entender qual o papel de RH na visão delas, escolha a formação que irá seguir, faça estágios, experimente, tenha um mentor e esteja aberto ao novo e a aprender. As organizações precisam de um olhar humano que a área de Recursos Humanos pode oferecer, e ao mesmo tempo de um olhar para o futuro para ser o facilitador de mudanças e evolução dos negócios. Portanto, um espaço enorme de possibilidades para quem de fato se identificar com a área.
Portal do Garrett (PG) – Como você analisa sua trajetória em RH? Pesaram os anos e os segmentos em que você atuou?
Fábio Rosé (FR) – Minha trajetória em RH foi e continua sendo de grande aprendizagem. Entrei no mundo corporativo sem ter a menor ideia de como esse ambiente funcionava e minhas referências eram bem diferentes das que encontrei. Convivi com pessoas incríveis pelo caminho e acredito que isso seja o que mais tenha pesado na minha trajetória. Passei mais da metade da minha carreira longe de casa. Morei no Chile, Venezuela, Suíça, no Rio de Janeiro, Estados Unidos e voltei para São Paulo, depois de 15 anos, bem no meio da pandemia. O significado do que fazemos tem a ver com o modo como entendemos o mundo e essas diferentes culturas e vivências ajudaram a formar minha perspectiva sobre o papel do RH e aquilo que tento construir como profissional.
Portal do Garrett (PG) – Os CEOs e presidentes das organizações em que atuou serviram como inspiração para você e para o desenvolvimento de sua carreira em RH?
Fábio Rosé (FR) – Com certeza. Trabalhei com profissionais de diferentes perfis, estilos, nacionalidades e experiências. A relação entre RH e CEO é fundamental para liderar uma agenda de transformação e cultura e a própria construção dessa relação traz desenvolvimento e contribui para a formação do nosso caráter de liderança. Tive a sorte de trabalhar com uma CEO mulher, que é uma das pessoas mais inspiradoras que conheci e, agora, mais uma vez, a sorte me acompanhou e estou trabalhando com o Pedro Bueno, um jovem de potencial incrível, que lidera com propósito, inspiração, inovação e que tem o desafio enorme de transformar a saúde no país.
Portal do Garrett (PG) – Que conquistas foram importantes na sua vida profissional? Analisando pontos positivos e negativos, o que faltou para lhe dar mais alegria em atuar na Gestão de Pessoas?
Fábio Rosé (FR) – Minha maior conquista foi ter liderado e feito parte de times dos quais me orgulho muito. De atuar sempre com coragem, desafiando os paradigmas necessários para evoluir nas pautas de humanização e tentando criar um ambiente que permita que as pessoas estabeleçam relações genuínas umas com as outras. Além disso, ter trabalhado a agenda de RH da forma que acredito, sempre com muita alegria em atuar na gestão de pessoas. Já o que me daria mais alegria seria um ambiente organizacional mais diverso, como reflexo de uma sociedade mais inclusiva e menos desigual. É notável a evolução, mas ainda temos um longo caminho pela frente.
Portal do Garrett (PG) – As tecnologias trouxeram uma revolução na vida das empresas e pessoas. Qual impacto que ela trouxe na vida de RH? E mais: como vê o futuro desta profissão no mercado?
Fábio Rosé (FR) – A tecnologia mudou pouco o ambiente organizacional e ainda não revolucionou o papel do RH como veremos (e faremos) acontecer nos próximos anos. Muitas empresas já usam chatbots para aumentar a eficiência dos serviços de RH, existem iniciativas interessantes de utilização de dados em tomadas de decisão, em processos seletivos, na predição de perda de colaboradores e há vários algoritmos sendo desenvolvidos para probabilizar desempenhos e recomendar estilos de liderança. Porém, isso ainda está numa esfera mais transacional. A revolução digital das empresas e do RH virá da necessidade de flexibilidade cada vez maior na relação com colaboradores. Hoje consumimos praticamente tudo de maneira customizada, e o relacionamento profissional deverá proporcionar uma experiência similar, considerando inclusive novos desenhos organizacionais e novas formas de contrato de trabalho. O papel do RH, além de liderar essa transição, será cada vez mais o de guardião da cultura. O desafio maior virá com a virtualização de ambientes e descentralização de interfaces e conexões.
Portal do Garrett (PG) – Você acredita que RH é um coach ou líder para sua equipe? Qual papel de transformação que ele é capaz de exercer em sua atuação na Gestão de Pessoas?
Fábio Rosé (FR) – O profissional de RH não é propriamente um coach, mas geralmente usa técnicas de coaching em diversas situações no exercício de sua função – inclusive como líder de sua equipe. O processo de coaching, quando bem utilizado, é uma das ferramentas mais potentes de desenvolvimento profissional e é comumente integrado na estratégia de formação e desenvolvimento de liderança executiva. Suas ferramentas promovem descobertas, ajudam a criar novas perspectivas e facilitam as aprendizagens necessárias em processos de gestão de mudanças, intervenções em equipes ou mesmo em resolução de conflitos.
Portal do Garrett (PG) – RH é utopia ou realidade nas organizações brasileiras?
Fábio Rosé (FR) – O RH brasileiro é realidade, sim. Trabalhei muitos anos em três continentes diferentes, em posições locais, regionais e globais. O trabalho que fazemos aqui, assim como o que se faz em cada país, é particular. Os pontos mais fortes, assim como as áreas de oportunidade, têm a ver com as nossas características e estão alinhados com a nossa cultura. Mas, em termos de qualidade, fazemos um trabalho que vem ganhando respeito e ocupando seu espaço na liderança estratégica das organizações. O ponto que precisamos estar em outro patamar é em relação à diversidade, inclusão e saúde mental. Vivemos no país mais diverso do mundo e ainda não evoluímos o suficiente para fazer dessa pluralidade um impulsionador de talentos, de criatividade e inovação. Ainda desperdiçamos de forma até negligente nossas possibilidades de aumentar inclusão nas organizações. O lado bom é que muitas empresas têm olhado com seriedade para esta pauta e criado políticas estruturadas para aumentar a pluralidade e a equidade. Além disso, a saúde mental dos colaboradores entrou na pauta de RH de forma irrevogável nas companhias, principalmente após a pandemia, e estamos avançando no tema.
Portal do Garrett (PG) – Que mensagem você daria aos jovens que querem atuar nesta área? E qual futuro você prevê para eles dentro das organizações?
Fábio Rosé (FR) – Tenha foco, mas seja livre. Eu costumo dizer que carreira não é uma corrida contra o tempo, nem contra os outros, e menos ainda contra nós mesmos. Os próximos anos trarão desafios para as organizações que ainda nem imaginamos. Aproveite, porque a jornada de transformação vai ser incrível. Será cada vez mais fundamental desenvolver estratégias de negócios partindo de perspectivas humanas, porque o resto será ocupado por tecnologia. E isso já é amanhã.
Portal do Garrett (PG) – Como você analisa sua trajetória em RH? Pesaram os anos e os segmentos em que você atuou?
Giusepe Giorgi (GG) – Creio que seja uma trajetória de sucesso e de realizações ao longo desses 34 anos. O tempo ajuda a acumular experiências e errar com propriedade (rs), e as mudanças sócio-culturais das últimas décadas praticamente colocaram na prateleira o que se sabia e fazem com que reaprender continuamente seja uma necessidade constante. A diversidade de segmentos contribuiu para olhar os mesmos temas de óticas diferentes e sedimentar minha opinião sobre não existir “o” RH, e sim RHs ligados diretamente aos objetivos e necessidades de cada negócio. Estamos sempre falando e cuidando de pessoas, mas a estratégia do negócio é que vai determinar que tipo de cuidado e desenvolvimento será oferecido.
PG – Os CEOs e presidentes das organizações em que atuou serviram como inspiração para você e para o desenvolvimento de sua carreira em RH?
GG – Certamente uma parceria entre o CEO ou Presidente e o RH é fundamental para que o tema das pessoas permaneça presente na organização. Tive a oportunidade de trabalhar com alguns CEOs de grande visão estratégica, outros com grande capacidade de realização e outros ainda em início de atuação, e certamente aprendi e contribuí com cada um deles a seu modo. Todos que me desafiaram e me deram crédito foram muito importantes para a construção da minha carreira.
PG – Que conquistas foram importantes na sua vida profissional? Analisando pontos positivos e negativos, o que faltou para lhe dar mais alegria em atuar na Gestão de Pessoas?
GG – Difícil relacionar uma ou outra conquista específica… tive algumas experiências interessantes em mudança cultural, em team building, e até atividades potencialmente menos atraentes, como a gestão de passivos ambientais e de previdência privada, por exemplo, trouxeram satisfação pelo resultado alcançado. Acredito que sempre tive a carga adequada de desafios que me mantiveram motivado a prosseguir, geralmente alimentada por uma curiosidade natural e a disponibilidade para receber e tratar temas que outros procuravam evitar. Acima de tudo, poder estar em contato com pessoas, ajudá-las de várias formas a se desenvolver e expressar seu melhor para contribuir com o resultado da empresa, é e sempre foi motivo de alegria profissional. Numa análise geral, as satisfações sempre foram mais abundantes que as frustrações…
PG – As tecnologias trouxeram uma revolução na vida das empresas e pessoas. Qual impacto que ela trouxe na vida de RH? E mais: como vê o futuro desta profissão no mercado?
GG – Este talvez seja um dos temas do momento para o RH: usar tecnologia e dados para executar melhor o trabalho de potencializar o desempenho das pessoas. A ideia de que números e dados são antagônicos ao trato com pessoas só subsiste em organizações muito retrógradas, em que o profissional de RH não quer se desafiar ao novo provocado pelas mudanças da sociedade. Temos desafios no tocante à comunicação, à transparência, à coerência, à flexibilização de esquemas de trabalho, à cultura organizacional, à compreensão de tendências e individualidades, à um maior enfoque em predição ao invés de follow up, entre outros, tudo impulsionado por mudanças tecnológicas que simplificam processos e, muitas vezes, os tornam corriqueiros ao ponto da superficialidade. Penso que não temos que nos tornar robôs para aprender a conviver com eles, que devemos agregar a tecnologia em nossas vidas sem esquecer que é somente um facilitador e não uma finalidade em si e, portanto, que pessoas serão sempre pessoas, maravilhosamente imperfeitas e com necessidades que continuarão a demandar uma área específica nas organizações para sua gestão. Espero que ocorra uma evolução a ponto do RH ser realmente o detentor da competência para garantir o tema pessoas na estratégia das organizações e que a gestão das pessoas seja efetivamente realizada pelas lideranças, qualquer que seja o formato de trabalho. Abandonaremos muito de operacionalidade, mas não deixaremos de ser necessários enquanto trabalhos forem realizados por pessoas.
PG – Você acredita que RH é um coach ou líder para sua equipe? Qual papel de transformação que ele é capaz de exercer em sua atuação na Gestão de Pessoas?
GG – Ao longo de minha carreira tive oportunidade de vivenciar experiências concretas da capacidade de influência e transformação do RH, inclusive na reversão de resultados da companhia, como parte de ações de turnaround. Essa atuação se dá menos no aspecto pessoal, do coaching, e mais na estruturação de estratégias de gestão de pessoas, de programas voltados a desenvolvimento, lideranças, que geram impactos nos indivíduos e na coletividade. É inegável, porém, que de acordo com sua senioridade, os líderes de RH acabem também se tornando um ponto de apoio e de referência para pares, líderes e até para os CEOs. Nesse papel, de mais proximidade, o RH pode atuar como coach em situações específicas, ajudando também no desenvolvimento pessoal.
PG – RH é utopia ou realidade nas organizações brasileiras?
GG – Obviamente existem diferenças entre setores, atividades, dimensão de empresas, mas de maneira geral creio que as áreas de RH estejam razoavelmente estabelecidas não mais como simplesmente atividades transacionais e sim, em maior ou menor grau, como áreas com maior participação no negócio e influência no tema gestão de pessoas.
PG – Que mensagem você daria aos jovens que querem atuar nesta área? E qual futuro você prevê para eles dentro das organizações?
GG – Se você gosta de pessoas, de influenciar, tem interesse genuíno no bem estar de outros, seja bem vindo ao mundo de RH. Se você agregar a essas qualidades as competências técnicas específicas da área e uma compreensão da estratégia e da dinâmica do negócio em que está inserido, sua chance de sucesso profissional na área é enorme. As organizações têm ainda um longo caminho a trilhar em termos de manter o trabalho como fonte de satisfação da necessidade de impactar o mundo à nossa volta, gerando a motivação para o engajamento, a inovação e o autodesenvolvimento. Como o papel de RH é central nessa jornada, acredito que seja uma área onde se apostar…
Portal do Garrett (PG) – Como você analisa sua trajetória em RH? Pesaram os anos e os segmentos em que você atuou?
Andre Rapoport (AR) – Tive a oportunidade de trabalhar com grandes profissionais de RH, que foram muito generosos em me ensinar os bons fundamentos da área. Contribuiu de forma significativa também a qualidade das empresas, que sempre estiveram à frente na adoção de abordagens e metodologias mais modernas da área, além de terem o compromisso com o crescimento e respeito de seus funcionários. Busquei formar-me acadêmica e conceitualmente de maneira contínua, além de ter atuado em todos os subsistemas de RH.
PG – Os CEOs e presidentes das organizações em que atuou serviram como inspiração para você e para o desenvolvimento de sua carreira em RH?
AR – Sem dúvida! Tive o privilégio de ter trabalhado com grandes líderes, que valorizam imensamente a gestão de RH, o cuidado com as pessoas, a valorização da singularidade de cada funcionário, o bom clima organizacional, o investimento para a concretização do potencial de cada um. Tive grandes parceiros no negócio!
PG – Que conquistas foram importantes na sua vida profissional? Analisando pontos positivos e negativos, o que faltou para lhe dar mais alegria em atuar na Gestão de Pessoas?
AR – Minhas principais conquistas foram os programas que criei com minhas equipes, que resultaram na melhoria do autoconhecimento, no crescimento profissional e pessoal de alguém. Muitas vezes lidamos também com situações difíceis, como reestruturações, que resultam em demissões. Esta é a pior parte de trabalhar em RH. Cabe a nós fazê-lo de forma correta, respeitosa, dando o maior suporte financeiro e social possível.
PG – As tecnologias trouxeram uma revolução na vida das empresas e pessoas. Qual impacto que ela trouxe na vida de RH? E mais: como vê o futuro desta profissão no mercado?
AR – A área de RH talvez seja a última fronteira para a entrada definitiva de tecnologia dentro das organizações. Creio que ainda estamos no início. Parece-me que no limite, boa parte das atividades operacionais poderá ser digitalizada. Isto libera uma parte da equipe para que se concentre em atividades mais estratégicas de parceria com o negócio, assim como maior proximidade com os funcionários e líderes, ocupando um papel mais consultivo, tanto sob a ótica de desenvolvimento organizacional e individual, como também de apoio emocional.
O uso de dados passará a ocupar papel central nos nossos processos decisórios, crescentemente de forma preditiva. Vejo ainda uma evolução para modelos organizacionais mais fluidos, já presentes, ainda que timidamente. As relações passarão a ser muito menos hierárquicas e carreiras muito menos lineares.
PG – RH é utopia ou realidade nas organizações brasileiras?
AR – Realidade! Os profissionais de RH brasileiros estão entre os melhores. Temos algumas características valiosas para a função, como criatividade, habilidade em lidar com crises, somos naturalmente mais abertos ao novo, lidamos com diversidade de forma efetiva, trabalhamos particularmente bem em equipe. Enfim, temos grandes profissionais, tanto nas áreas de RH como nas empresas de consultoria, que vêm construindo uma excelente “escola” de RH no país.
PG – Que mensagem você daria aos jovens que querem atuar nesta área? E qual futuro você prevê para eles dentro das organizações?
AR – Diria aos jovens que busquem constantemente aprimorar-se tecnicamente, trabalham bastante, e que tenham clareza de que trabalhar em RH deve estar associado a um propósito, que é individual, mas que deveria articular-se em torno da construção de uma sociedade melhor, mais justa e inclusiva.
Portal do Garrett (PG) – Como você analisa sua trajetória em RH? Pesaram os anos e os segmentos em que você atuou?
Rodrigo Ladeira (RL) – Minha trajetória tem sido uma jornada de aprendizado contínuo e de trocas com profissionais espetaculares. Ter atuado em segmentos diversos em empresas de grande porte me proporcionou uma vivência rica em conhecimentos e enxergar como o RH pode ser um protagonista e líder estratégico fazendo a diferença no resultado das organizações, causando impacto positivo nas pessoas e na sociedade
PG – Os CEOs e presidentes das organizações em que atuou serviram como inspiração para você e para o desenvolvimento de sua carreira em RH?
RL – Sem dúvida, eu tive e ainda tenho a honra e a sorte de reportar para CEOs brilhantes que serviram de inspiração por sua liderança e serem bons tomadores de decisão
PG – Que conquistas foram importantes na sua vida profissional? Analisando pontos positivos e negativos, o que faltou para lhe dar mais alegria em atuar na Gestão de Pessoas?
RL- É difícil descrever qual conquista foi a mais importante, pois todas as minhas conquistas foram. Posso compartilhar a mais recente, aqui na Athena Saúde, pois liderar com sucesso, os times de RH e de Qualidade em um business de saúde em plena pandemia alcançando resultados incríveis com sucesso e ao mesmo tempo cuidando das pessoas que são verdadeiros heróis da saúde. É algo indescritível e motivo de muito orgulho.
Sobre o que falta para me trazer mais alegria ainda? Acho que hoje vivemos em um mundo de opiniões bem polarizadas e com o nosso país tendo ainda grandes desafios a serem superados em vários setores, e certamente isso também traz algum impacto para o mundo corporativo e a gestão de pessoas.
PG – As tecnologias trouxeram uma revolução na vida das empresas e pessoas. Qual impacto que ela trouxe na vida de RH? E mais: como vê o futuro desta profissão no mercado?
RL – Sem dúvida, a tecnologia veio de maneira avassaladora e nos trouxe muita agilidade em diversos subsistemas da área, porém ainda vejo a área de RH como fundamental porque não vejo a tecnologia ainda próxima de substituir o impacto que as pessoas causam nas outras, as relações presenciais ainda são muito fortes. Na pandemia, por exemplo, aprendemos que se quisermos trabalhar a distância, a tecnologia nos proporciona muitas ferramentas para que isso aconteça, porém observamos na prática que um volume cada vez maior de pessoas se sente mais energizada, focada e produtiva tendo em sua agenda interações presenciais, sociais, etc algumas pessoas relatam que até ficaram deprimidas no modelo 100% home office.
PG – Você acredita que RH é um coach ou líder para sua equipe? Qual papel de transformação que ele é capaz de exercer em sua atuação na Gestão de Pessoas?
RL – Essa resposta depende muito do perfil e estágio de maturidade da sua equipe. Existem momentos que você precisa ser coach, líder, centralizador, parceiro, gestor. Entender como identificar a melhor forma de atuar é a grande competência desse profissional, na minha visão.
PG – RH é utopia ou realidade nas organizações brasileiras?
RL – Com absoluta convicção, é realidade. Porém temos ainda grandes oportunidades de atuarmos mais em prol da construção de uma sociedade melhor, a partir da transformação das culturas de nossas empresas e da formação de líderes que se tornem cada vez mais referências em uma sociedade que carece tanto disso.
PG – Que mensagem você daria aos jovens que querem atuar nesta área? E qual futuro você prevê para eles dentro das organizações?
RL – Invistam em autoconhecimento para identificar se tem um perfil de quem gosta de lidar com pessoas, se terão resiliência, inteligência emocional, humildade necessária para aprenderem com seus erros, superar desafios constantes e serem orientados para um propósito. Esteja sempre buscando ser melhor todos os dias, pois se nós mesmos nos desenvolvermos de maneira constante, certamente vamos inspirar pessoas a nossa volta a fazer o mesmo, por exemplo. E o exemplo, arrasta.
Uma outra dica fundamental que parece clichê é sempre buscarem conhecer profundamente o negócio da empresa que estejam atuando. Por isso, eu vejo o futuro dos RHs cada vez mais como protagonistas em suas empresas e como agentes chave de uma transformação da sociedade de dentro para fora, a partir do exemplo e da inspiração de outras pessoas.
AGRH – Como você analisa sua trajetória em RH? Pesaram os anos e os segmentos em que você atuou?
Adriano Lima (AL) – Eu tive a oportunidade de atuar em áreas de estratégia, planejamento e atendimento ao cliente. E isso me ajudou a ver o RH como uma área de Negócios e não de suporte. Atuei em empresas de capital aberto e familiares. Brasileiras internacionais e multinacionais. Passei por uma experiência maravilhosa como sócio numa fintech respeitável. Uma carreira que me orgulho, mas que continuo como aprendiz em constante desenvolvimento
Os CEOs e presidentes das organizações em que atuou serviram como inspiração para você e para o desenvolvimento de sua carreira em RH?
AL – Todos praticamente. Tive oportunidade de lidar com Roberto Setúbal, por exemplo. Sempre foram parcerias muito genuínas e de cumplicidade para a gestão de pessoas. Em especial, o grande líder e saudoso Edson Bueno (médico e empresário fundador da Amil, falecido em 2017).
Que conquistas foram importantes na sua vida profissional? Analisando pontos positivos e negativos, o que faltou para lhe dar mais alegria em atuar na Gestão de Pessoas?
AL – As maiores conquistas foram as que permitiram que as pessoas crescessem e se desenvolvessem. Hoje, ver pessoas que trabalharam comigo em posições de Diretoria de RH é a maior alegria.
As tecnologias trouxeram uma revolução na vida das empresas e pessoas. Qual impacto que ela trouxe na vida de RH? E mais: como vê o futuro desta profissão no mercado?
AL – As tecnologias vieram pra nos apoiar ainda mais a exercermos nossa vocação principal que é cuidar do lado humano. Mas acima de tudo com contribuição efetiva a performance da empresa no presente e no futuro.
Você acredita que RH é um coach ou líder para sua equipe? Qual papel de transformação que ele é capaz de exercer em sua atuação na Gestão de Pessoas?
AL – Creio que qualquer líder tem como uma de suas principais missões ser um líder, um treinador pra sua equipe. O ponto é que, no RH, isso triplica. Porque somos nós que “cobramos” isso dos outros líderes. Temos de dar o exemplo.
RH é utopia ou realidade nas organizações brasileiras?
AL – Depende de quem está na cadeira. Se é aquele RH que vive reclamando que não tem atenção, é utopia. Agora, se é aquele RH que se atualiza, tem vocação e orientação pras pessoas, domina o negócio e entrega valor, é realidade.
Que mensagem você daria aos jovens que querem atuar nesta área? E qual futuro você prevê para eles dentro das organizações?
AL – Busquem formação e atualização. Ainda tem gente que acha que pra estar no RH basta gostar de gente. E coragem. Porque é uma função que muitos se omitem e se acovardam politicamente. Se você tem coragem de lutar, com respeito e profissionalismo, pelo que é importante pras empresas e pras pessoas, será bem-sucedido.
Portal do Garrett (PG) – Como você analisa sua trajetória em RH. Pesaram os anos e os segmentos em que você atuou?
Alessandra Morrison (AM) – Eu tive o privilégio de atuar em vários setores e em todos os subsistemas de RH. Passei por Serviços Financeiros, Varejo e Bens de Consumo, dentro e fora do Brasil, o que enriqueceu muito a minha visão e experiência para poder evoluir na minha atuação dentro das organizações.
Os CEOs e presidentes das organizações em que atuou serviram como inspiração para você e para o desenvolvimento de sua carreira em RH?
AM – Sim, muito! Acredito que o impacto na nossa contribuição como RH é proporcional a qualidade da relação desenvolvido com os CEOs, que deve ser uma relação aberta, transparente, com muito diálogo e troca de percepções e co-construção de iniciativas. Felizmente, atuei em organizações com CEOs que acreditavam nesta parceria.
Que conquistas foram importantes na sua vida profissional? Analisando pontos positivos e negativos, o que faltou para lhe dar mais alegria em atuar na Gestão de Pessoas?
AM – Acredito que vamos construindo as nossas histórias profissionais com erros e acertos, que geram aprendizados. Sempre estive muito conectada ao propósito no meu trabalho e na possibilidade de contribuir não só com a liderança, mas com o ecossistema em que a organização está para causar impacto alinhado ao propósito da organização. Venho atuando com um compromisso de aprender sempre e estar aberta a novas soluções para lidar com a complexidade do mundo em que estamos.
As tecnologias trouxeram uma revolução na vida das empresas e pessoas. Qual impacto que ela trouxe na vida de RH? E mais: como vê o futuro desta profissão no mercado?
AM – O RH se adaptou e está se beneficiando de novas tecnologias que trouxeram mais dados e análises, estão promovendo mais autonomia de gestores e colaboradores e podendo contribuir com sugestões de desenvolvimento e correlacionar processos que antes necessitavam de conexão e análises manuais, como desempenho, seleção interna e desenvolvimento. Vejo o futuro do RH, aproveitando os dados disponíveis e os vínculos gerados para uma atuação cada vez mais estratégica e integrada, articulando os temas do indivíduo, das dinâmicas relacionais, das questões organizacionais, da cultura e da estratégia a serviço de um propósito maior que traduz a razão de ser da organização.
Você acredita que RH é um coach ou líder para sua equipe? Qual papel de transformação que ele é capaz de exercer em sua atuação na Gestão de Pessoas?
AM – Acredito que o Líder de RH é ao mesmo tempo coach, apoiando o desenvolvimento de sua equipe, e líder, provendo uma direção e uma governança que inspire as pessoas a se conectarem, se desenvolverem e contribuir para evolução delas mesmas, da organização e, consequentemente, da sociedade.
RH é utopia ou realidade nas organizações brasileiras?
AM – Na minha visão é uma realidade, que se mostrou ainda mais relevante com o protagonismo que assumiu com a pandemia. Cuidar das pessoas e dos negócios, evoluir rapidamente para uma cultura inclusiva, diversa e flexível, atuar em um design que viabilize a estratégia, desenvolver novos capabilities, engajar colaboradores, garantir um propósito claro e que impacte o ecossistema em que a organização está inserido, são temas relevantes e estratégicos para as organizações e que são liderados pelo RH.
Que mensagem você daria aos jovens que querem atuar nesta área? E qual futuro você prevê para eles dentro das organizações?
AM – O que me atraiu para o RH é possibilidade de contribuir para o desenvolvimento humano e organizacional a serviço da sociedade. Tenho aprendido muito e sinto um propósito claro que tem feito muito sentido até aqui. Meu conselho é buscar aprender, contribuir e trazer um olhar fresco e muitas perguntas para continuarmos evoluindo em uma organização que esteja alinhada aos seus valores. O nosso futuro depende muito de cada um de nós, acredito que “tiramos o que colocamos”, se nos envolvermos verdadeiramente com nossos corações e tivermos a coragem de contribuir com a nossa voz sendo aberto a receber o que a organização oferece, sempre dá certo! Sucesso para vocês!
AGRH – Como você analisa sua trajetória em RH? Pesaram os anos e os segmentos em que você atuou?
Ana Lúcia Caltabiano (ALC) – Muito… poder conhecer indústrias, segmentos; mas o mais importante foi ter a experiência em países diferentes. Isto foi muito importante para meu desenvolvimento.
Os CEOs e presidentes das organizações em que atuou serviram como inspiração para você e para o desenvolvimento de sua carreira em RH?
ALC – SIM!!! Muitos são amigos e colegas até hoje, e sempre digo que não existe CEO de verdade, com letras maiúsculas, que não seja também bom/boa de gente. Garrett, a pergunta deveria ser: Os/As CEOS…. pois temos muitas mulheres nestes papéis também.
Que conquistas foram importantes na sua vida profissional? Analisando pontos positivos e negativos, o que faltou para lhe dar mais alegria em atuar na Gestão de Pessoas?
ALC – É uma área que pode ser solitária. Você tem sempre que estar bem para poder apoiar os clientes internos. Mas sempre tive e tenho alegria em atuar na área…tenho a sorte de AMAR o que faço.
As tecnologias trouxeram uma revolução na vida das empresas e pessoas. Qual impacto que ela trouxe na vida de RH? E mais: como vê o futuro desta profissão no mercado?
ALC – A Tecnologia é nossa melhor amiga, tanta coisa que era feita de forma burocrática, na mão, agora pode ser feita rapidamente sem necessidade de horas investidas. Os profissionais de RH, assim como os médicos e engenheiros, estão mais especializados. E isto é bom, pois abre mais caminhos e frentes. Vejo o futuro com esperança… Acho que o RH vai seguir evoluindo e ocupando grande espaço nas organizações e Conselhos de Administração.
Você acredita que RH é um coach ou líder para sua equipe? Qual papel de transformação que ele é capaz de exercer em sua atuação na Gestão de Pessoas?
ALC – Todos temos muitos papéis. A liderança é necessária sempre, por meio de influência direta ou indireta. Assim como sempre há momentos de oferecer e buscar coaching; seja entre colegas ou em outros espaços. Ahhh… isto é tema para longos papos. Líderes podem inspirar vidas e coaches, nos ajudam a crescer.
RH é utopia ou realidade nas organizações brasileiras?
ALC – Realidade e das boas! Tanta coisa positiva e inovadora acontecendo nas organizações brasileiras. Muito orgulho em ver a turma do RH, em parceria com os gestores e líderes, trazendo isto para as organizações.
Que mensagem você daria aos jovens que querem atuar nesta área? E qual futuro você prevê para eles dentro das organizações?
ALC – A minha mensagem é: sigam seu coração, experimentem e nunca deixem de aprender. Vale para o RH como para qualquer área… Agora se for RH, lembrem-se de que é um trabalho de entender o aspecto humano dentro das organizações. E tenha a certeza que é capaz de responder SIM, se perguntado: eu realmente me importo com as pessoas?
AGRH – Como você analisa sua trajetória em RH? Pesaram os anos e os segmentos em que você atuou?
Christiane Berlinck (CB) – Eu nem sempre estive na área de Recursos Humanos. A minha atuação profissional começou em 2000 na área de Finanças e logo cedo tive a oportunidade de liderar, em 2003, a primeira equipe na IBM México como Gerente da área de créditos. Desenvolvi parte da minha carreira em finanças e em áreas de negócio ocupando posições de operações em divisões como Banco IBM e segmento de médias empresas, além de estar à frente por três anos de uma organização da área de serviços de infraestrutura liderando operações em vendas, gerência de projeto, área de infraestrutura, satisfação a cliente, gestão de riscos e Marketing. Apenas em 2011, fiz a transição para a área de HR. Acredito que a minha carreira multifuncional me ajudou a ser uma executiva de Recursos Humanos que está preparada para gerar valor aos negócios através dos talentos humanos.
Os CEOs e presidentes das organizações em que atuou serviram como inspiração para você e para o desenvolvimento de sua carreira em RH?
CB – Sem dúvida nenhuma. Serviram não apenas como inspiração, mas também me desafiaram a aprender novas abordagens e a pensar em como pensar a estratégia de talentos de várias perspectivas. Ajudou também eu ter passado por várias unidades de negócio e ter aprendido mais profundamente sobre mercado e portfólio.
Que conquistas foram importantes na sua vida profissional? Analisando pontos positivos e negativos, o que faltou para lhe dar mais alegria em atuar na Gestão de Pessoas?
CB – Eu não tenho do que reclamar. A minha trajetória profissional foi muito rápida considerando a complexidade e o tamanho da cadeira executiva que assumi, em 2016, como líder de HR da IBM no Brasil. Além disso, me sentia preparada para a função por ter navegado e transitado em posições de negócio e ter morado por duas vezes fora do pais. A maior alegria que tenho é realmente ser uma voz de mudança, estar conectada com as pessoas e seus sonhos e poder ver cada uma delas se desenvolvendo e conquistando conhecimento. As frustações transitam em sempre pensar que podemos fazer mais e que as horas do dia não são suficientes para você estar conectado em todas as causas e temas que precisa.
As tecnologias trouxeram uma revolução na vida das empresas e pessoas. Qual impacto que ela trouxe na vida de RH? E mais: como vê o futuro desta profissão no mercado?
CB – Impacto total! Desde uso de assistentes cognitivos para mudar a forma de engajamento entre funcionários e empresas sem precisar de nenhuma profissional de HR para tirar dúvidas e fazer transações de HR, até repensar processos que melhorem a experiência dos funcionários e diminua os pontos de fricção. Atualmente na IBM, a grande maioria das transações de HR podem ser realizadas por um assistente cognitivo em poucas interações. A maioria das empresas está longe de usar todas as capacidades que a Tecnologia é capaz de oferecer na área de gestão de pessoas. E vejo como futuro, já no presente, uma necessidade de reskilling constante do profissional buscando se capacitar no uso dessas tecnologias e a propor soluções mais focadas em gerar valor.
Você acredita que RH é um coach ou líder para sua equipe? Qual papel de transformação que ele é capaz de exercer em sua atuação na Gestão de Pessoas?
CB – Acho que ambos. Na minha visão, o líder de HR deve inspirar as pessoas ao seu redor, ser o agente de mudanças da cultura junto com o CEO, estar atento a tendências e propor a organização as mudanças que levem a sua organização a ser um excelente local de trabalho, gerando valor as pessoas e ao Negócio.
Que mensagem você daria aos jovens que querem atuar nesta área? E qual futuro você prevê para eles dentro das organizações?
CB – Minhas recomendações aos jovens passam por estar atento a grupos diversos de pessoas, estar conectado a Tecnologia para entender como podemos melhorar a experiência e a ter uma visão empática com as pessoas. Sempre difícil prever o futuro, mas vejo a nossa humanidade e conexão humana sendo cada vez mais exigidas em um mundo que será cada vez mais digital e tecnológico.
AGRH – Como você analisa sua trajetória em RH? Pesaram os anos e os segmentos em que você atuou?
Clarice Martins Costa (CLC) – Desenvolvi minha carreira no varejo, que é a minha paixão. Antes, trabalhei em uma mina de carvão. Mas, desde 1981, atuo no varejo, em diferentes empresas e ramos: lojas de departamentos, supermercado e fashion retail.
Minha trajetória foi de muita identidade de valores com o Galló, com quem tive o privilégio de trabalhar desde 1984. Ele sempre com o business e eu com o RH. Esta parceria e identidade de valores fez com que eu sempre atuasse de forma estratégica e me possibilitou profundo conhecimento do negócio.
Os CEOs e presidentes das organizações em que atuou serviram como inspiração para você e para o desenvolvimento de sua carreira em RH?
(CLC) – Sim, todos os CEOs com quem trabalhei sempre me ensinaram sobre negócio e sempre tiveram abertura para aprender sobre gestão de pessoas. Sempre trabalhei com eles de forma colaborativa, seja com Antonio Oliveira, no Supermercado Real; Paulo Neves, na Imcosul; ou José Galló, na Renner.
Que conquistas foram importantes na sua vida profissional? Analisando pontos positivos e negativos, o que faltou para lhe dar mais alegria em atuar na Gestão de Pessoas?
(CLC) – Vou falar dos meus 29 anos na Renner. Ingressei com o desafio de profissionalizar a empresa, pois a família estaria se afastando da gestão do negócio. Depois, a família vendeu para a J. C. Penney, uma multinacional americana, passando a ser subsidiária. A J. C. Penney vendeu o controle acionário, em 2005, de forma pulverizada e nos tornamos a primeira corporação brasileira. Em 2012, fizemos uma transformação do negócio, nos tornando uma fashion retail. E a partir de 2018 começamos a transformação digital.
Todos estes ciclos tiveram importantes transformações e o RH esteve sempre à frente da Gestão da Mudança.
Também atenta a todos os movimentos mundiais, em 2018, criei o Instituto Lojas Renner, para ser o braço do investimento social. Em 2013, desenvolvi a área de Sustentabilidade, que hoje é uma referência, constando do Índice Dow Jones, o que mostra ser referência não só no Brasil.
Em RH, ter sido eleita a Profissional de RH do ano pela revista Gestão RH também é motivo de muito orgulho. Ser reconhecida em várias premiações de RH, pela revista Você RH e pela FIA (Empresas Incríveis para Trabalhar) me deixou muito feliz.
O meu propósito de vida é desenvolver pessoas, tendo tido a possibilidade de alinhar duas paixões: a psicologia e o business, tendo encontrado no RH minha felicidade.
Também em 2012, desenvolvi o conceito de Centro de Serviços Compartilhados, implementando a área na empresa e fazendo com que todas as atividades transacionais fossem centralizadas.
Hoje, tenho na minha diretoria: Gente e Desenvolvimento, Sustentabilidade e Centro de Serviços Compartilhados.
Além disso, tenho muito orgulho de ver a cultura da empresa ser muito reconhecida e o RH é o guardião da cultura.
As tecnologias trouxeram uma revolução na vida das empresas e pessoas. Qual impacto que ela trouxe na vida de RH? E mais: como vê o futuro desta profissão no mercado?
(CLC) – O ciclo digital trouxe uma grande transformação para as empresas. Vejo que o RH deve ser visionário e deve estar à frente da gestão dessa transformação. É muito mais uma mudança de mindset do que de Tecnologia. A mudança cultural é gigantesca e o RH tem a expertise para conduzir este processo, junto com T.I. e o Negócio. É assim que estamos trabalhando na Renner.
Preparar a empresa para trabalhar com metodologias ágeis, preparar a empresa para atuar como ecossistema, exige novas competências. Tudo isso deve ser reavaliado, repensado e reconstruído com novos métodos de trabalho, novas modalidades de contratação, novos skills, novas profissões (ex.: cientista de dados, scrum master).
Você acredita que RH é um coach ou líder para sua equipe? Qual papel de transformação que ele é capaz de exercer em sua atuação na Gestão de Pessoas?
(CLC) – Vejo o RH muito mais como coach, como inspiração, dando autonomia aos times para trabalharem de forma autônoma, prototipando, errando, experimentando.
O papel do RH na transformação deve ser de protagonista, sendo a primeira área a se reinventar, se digitalizar, trabalhando em Tribos, com metodologias ágeis, e atuando de forma colaborativa com o Negócio e com T.I.
RH é utopia ou realidade nas organizações brasileiras?
(CLC) – RH é realidade nas organizações. Vejo mudanças bem importantes no papel do RH, muito mais de desenvolvimento do que processos burocráticos, agregando valor ao negócio.
Que mensagem você daria aos jovens que querem atuar nesta área? E qual futuro você prevê para eles dentro das organizações?
(CLC) – Sejam apaixonados por gente, conheçam profundamente o Negócio e sejam exemplos de Gestão de Pessoas no dia a dia da empresa.
Veja que, cada vez mais, o RH está envolvido nas discussões de negócio e com isso traz um olhar diverso, que é muito enriquecedor.
AGRH – Como você analisa sua trajetória em RH? Pesaram os anos e os segmentos em que você atuou?
Denise Horato (DH) – Iniciei minha carreira em RH na Gillette, onde tive experiência nos diversos subsistemas de RH e tive a oportunidade de ter uma vivência internacional. Em seguida, passei pela Kraft, como gerente de RH de uma fábrica, o que me deu uma experiência também muito valiosa de proximidade com a operação e relações industriais.
Minha trajetória seguinte foi na Rhodia, quando pude vivenciar a experiência de atuação regional, pois atendia a América Latina. Então, migrei para a indústria farmacêutica, inicialmente no Abbott, sendo responsável por Responsável por sete Diretorias Comerciais e uma planta fabril e pude liderar o BAC (Conselho Consultivo de Negócios) no Brasil. E agora na Roche, em que sou responsável pela afiliada brasileira, o escritório regional, com sede em São Paulo, e a fábrica, no Rio de Janeiro.
Os CEOs e presidentes das organizações em que atuou serviram como inspiração para você e para o desenvolvimento de sua carreira em RH?
DH – Tive muitos CEOs e presidentes que me inspiraram ao longo da minha trajetória, acredito que dependendo do contexto que estávamos vivendo e do cenário que estávamos passando, todos eles me desafiaram para que pudesse me tornar a profissional que sou hoje. Sou muito grata por todas as relações e aprendizados que tive em toda a minha carreira e espero poder retribuir, para outras pessoas, todas essas oportunidades de desenvolvimento que me foram dadas.
Que conquistas foram importantes na sua vida profissional? Analisando pontos positivos e negativos, o que faltou para lhe dar mais alegria em atuar na Gestão de Pessoas?
DH – Dentre os diversos projetos que trabalhei nos últimos anos, acredito que as principais conquistas estão relacionadas ao desenvolvimento pessoal e profissional dos colaboradores e a busca por um ambiente de trabalho que favoreça o engajamento e crescimento de todos.
Ajudei a implementar diversas iniciativas de desenvolvimento nos diversos níveis, desde o programa de estágio até desenvolvimento de Líderes. Além disso, trabalhamos em distintos planos estruturados para melhorar os índices de engajamento.
Vejo que mesmo neste período atípico, que temos vivido com a pandemia, conseguimos revisar o nosso modelo de atendimento aos clientes, ao mesmo tempo em que vimos a nossa posição subir dez posições no ranking GPTW.
As tecnologias trouxeram uma revolução na vida das empresas e pessoas. Qual impacto que ela trouxe na vida de RH? E mais: como vê o futuro desta profissão no mercado?
DH – A tecnologia abriu perspectivas para outras formas de trabalho, podemos ver isso atualmente com a flexibilidade do local de trabalho. Além disso, existe uma revolução em curso sobre várias profissões e também em Recursos Humanos. Acredito que no futuro, os profissionais de RH poderão ter atuação em mais de uma empresa, talvez trabalhando por projetos, não necessariamente dentro de uma única estrutura ou área especialista. A flexibilização e as novas tecnologias possibilitam conexões globais entre profissionais e empresas e dão espaço para pensarmos em estruturas descentralizadas e colaborativas.
Você acredita que RH é um coach ou líder para sua equipe? Qual papel de transformação que ele é capaz de exercer em sua atuação na Gestão de Pessoas?
DH – Os papéis dos indivíduos nas organizações têm sido cada vez mais fluidos, e não podemos considerar que as estruturas possam ser apenas uma coisa só. O RH ainda tem um papel de coach com líderes nas organizações, mas também é visto como um exemplo de como devem ser as práticas na Gestão de Pessoas. A liderança é muito mais inspiracional e menos diretiva para as equipes e os indivíduos.
RH é utopia ou realidade nas organizações brasileiras?
DH – O RH é uma realidade, no entanto, o que estamos fazendo é uma reinvenção do nosso modelo de atuação. Estamos vivendo períodos cada vez mais complexos e desafiadores, e as empresas têm buscado se reinventar. Então se não tivermos o RH como uma base para influenciar, desafiar e apoiar essas transformações, as organizações não impactarão de maneira efetiva os seus Negócios.
Que mensagem você daria aos jovens que querem atuar nesta área? E qual futuro você prevê para eles dentro das organizações?
DH – O mundo de RH está mudando e os jovens também tem uma outra perspectiva. Eles veem o mundo de uma maneira muito mais inovadora, com muita criatividade e foco em soluções e adaptabilidade às mudanças, o que é muito bem-vindo no modelo de RH que está em plena transformação.
AGRH – Como você analisa sua trajetória em RH? Pesaram os anos e os segmentos em que você atuou?
Edson Camargo Vieira (ECV) – Foi uma odisseia, no sentido de ter sido uma grande viagem cheia de aventuras singulares. Algumas inesperadas e marcadas por um sentimento de alegria e prazer pelas vitórias e outras de agradecimento pelos aprendizados das derrotas.
Uma viagem de 35 anos. Na qual, o que ficou foram a alegria e a gratidão por ter acompanhado este período de grandes e profundas mudanças em RH, de forma intensa e acelerada.
Nesta viagem, para denominar os segmentos das empresas em que trabalhei, eu vou utilizar como metáfora que eles foram como países visitados. Neste sentido, foi enriquecedor para a carreira ter feito a gestão de RH em empresas dos mais variados segmentos. Foram companhias nacionais, multinacionais, familiares, líderes globais, mineradoras, supermercados, rádio/TV, Coca-Cola, concessão de rodovias e o maior fabricante de motores a diesel do mundo.
É inestimável o conhecimento dos Negócios, da Tecnologia, de Logística, de propriedade intelectual, cultural etc. Em minha opinião, esta trajetória trouxe uma grande visão estratégica de Negócios, o que não seria possível em um trabalho realizado em uma ou duas atividades econômicas.
Os CEOs e presidentes das organizações em que atuou serviram como inspiração para você e para o desenvolvimento de sua carreira em RH?
ECV – Tive o privilégio de trabalhar com grandes Executivos. Exigentes, perfeccionistas, cada qual com seu estilo e ritmo, moldaram o meu perfil quanto a busca pela qualidade, produtividade, inovação, ousadia, satisfação dos stakeholders. Enfim, uma visão ampliada dos Negócios e não apenas de Recursos Humanos. Isso permitiu-me ampliar o papel de RH na estratégia.
Que conquistas foram importantes na sua vida profissional? Analisando pontos positivos e negativos, o que faltou para lhe dar mais alegria em atuar na Gestão de Pessoas?
ECV – As conquistas foram várias. Algumas que trouxeram maior visibilidade externa, como Top of Mind, Os RHs Mais Admirados do Brasil e RH do ano, entre outros. Óbvio que traz uma grande satisfação, principalmente, o sentimento de estar na direção certa.
Outro tipo de reconhecimento é aquele, que ao ser desligado da empresa, os colaboradores, dos mais variados níveis, se cotizam para lhe comprar um relógio como agradecimento pelo que foi percebido dos seus serviços. Isso traz alegria pra alma.
Há reconhecimento daqueles que fizeram parte de sua equipe, ao longo da história. Ao ouvir comentários do tipo “Você transformou minha vida profissional” e “Seus feedbacks me acompanham até hoje”. Bem, isso lhe traz bem-estar, paz.
O CEO elogiar o seu trabalho e performance, de forma pública, é inestimável. É um sentimento de orgulho.
Finalizando, sinto que nada faltou. Isso tudo, eu chamo de felicidade!
As tecnologias trouxeram uma revolução na vida das empresas e pessoas. Qual impacto que ela trouxe na vida de RH? E mais: como vê o futuro desta profissão no mercado?
ECV – É indiscutível a importância da Tecnologia para o mundo. Seja RH, Medicina, Agronegócios, indústria, serviços. Pois, eleva produtividade, reduz custos, tempo, aproxima as pessoas, logística. Entretanto, há um enorme custo social a pagar. Já que a Educação e o treinamento não estão disponíveis para a sociedade, no mesmo dinamismo das mudanças.
O gestor de Recursos Humanos precisa acompanhar e abraçar as mudanças advindas da Tecnologia. Principalmente, aquelas que surgem para substituir o homem, como geolocalização e inteligência artificial, por certo, chegarão ao RH.
Apenas para citar um exemplo, em 2006, quando fomos implantar o e-learning na empresa, tivemos grandes obstáculos para convencer a diretoria e o Conselho de Administração. Hoje, é uma realidade na maioria das universidades.
A Tecnologia é apenas um meio para todos os subsistemas de RH. A pessoalidade e interatividade das relações humanas precisam ser valorizadas. Não podemos permitir que a tecnologia as substituam.
Vemos com muita apreensão a forma como a tecnologia é utilizada nos processos de recrutamento, em que o candidato não recebe qualquer feedback de sua participação. É desrespeito, pois tudo está parametrizado. Hoje, provavelmente, o Steve Jobs, ainda no início de sua carreira, não teria nenhuma chance de conseguir uma vaga, em razão de não ter o diploma do ensino superior. Conseguem imaginar algo assim? Como evitar? Eis, nosso desafio.
A inteligência e a criatividade dos gestores de RH encontrarão os meios para que Tecnologia e a pessoalidade das relações se complementem, em benefício de uma gestão moderna, ágil, produtiva, que agregue valor para todos.
Você acredita que RH é um coach ou líder para sua equipe? Qual papel de transformação que ele é capaz de exercer em sua atuação na Gestão de Pessoas?
ECV – O líder é o único responsável por administrar todos os recursos que lhe são disponibilizados pela empresa. Entre esses, a equipe de Recursos Humanos.
A área de Recursos Humanos da empresa, além de desenvolver e cuidar de todos os serviços de apoio e bem-estar do colaborador, também exerce o papel de apoiar o líder no desenvolvimento de suas habilidades pessoais e de liderança. Oferecendo-lhe apoio, ferramentas, recursos, informações e treinamento.
O grande papel de RH é influenciar nas mudanças, ser o guardião dos valores culturais, de um clima organizacional que estimule o engajamento das pessoas. Ser o facilitador, junto à alta administração, de investimentos em sua melhoria.
E ainda, assegurar que não haja qualquer tipo de discriminação, assédio e de que todos possuam as mesmas oportunidades e os mesmos direitos.
RH é utopia ou realidade nas organizações brasileiras?
ECV – Vejo que para um seleto grupo de empresas no Brasil, RH é uma realidade. Suas práticas são modernas, reconhecidas e admiradas, interna e externamente, independentemente, de seu tamanho e nacionalidade.
Outra parte é formada por empresas, que trabalham para se juntar a este grupo. que possuem práticas de RH já consolidadas.
Infelizmente, há ainda aquelas empresas em que RH é uma utopia. Parte por desatenção de seus líderes; outras, por falta de recursos, de ajuda. Mas há uma parcela de empresas, que estão na contramão, descumprindo legislação, negligenciando direitos e melhorias também por escolha de seus dirigentes.
As pesquisas do Gallup sobre engajamento trazem resultados assustadores sobre o percentual e empregados que se dizem desengajados, descompromissados com a empresa.
Assim sendo, aqueles empresários, em cujos negócios o RH é uma utopia, precisam investir nas relações com seus empregados, independentemente do tamanho de sua empresa. É o único caminho para manter a saúde financeira de seu negócio.
Que mensagem você daria aos jovens que querem atuar nesta área? E qual futuro você prevê para eles dentro das organizações?
ECV – Eu diria que se você tem um propósito de ajudar a tornar melhor a vida ou ambiente de trabalho de todos. Recursos Humanos são o caminho.
Mas, se o seu objetivo é ser o protagonista, busque outras áreas que poderão lhe proporcionar o alcance de seu objetivo.
Nosso propósito em RH é conseguir que o nosso colaborador sinta alegria, felicidade, orgulho de “pertencer” a empresa, de sentir-se valorizado, como se a empresa também fosse sua. Você tem este propósito? Se sim, estamos à sua espera.
AGRH – Como você analisa sua trajetória em RH? Pesaram os anos e os segmentos em que você atuou?
Elaine Saad (ES) – Minha trajetória em RH é uma trajetória em consultoria, servindo a clientes e a associações que atuam na comunidade. Anos de prática sempre pesam para que possamos escolher nossos caminhos de decisão com mais assertividade, com uma clareza maior do que queremos de nós mesmos no futuro.
Os CEOs e presidentes das organizações em que atuou serviram como inspiração para você e para o desenvolvimento de sua carreira em RH?
ES – Quando vendi minha companhia para uma empresa americana, meu CEO foi uma pessoa maravilhosa que acabou por me ensinar muitas coisas importantes do mundo corporativo. Hoje, como parte da YSC globalmente, tenho um CEO absolutamente inspirador, que me ensina a cada dia como ser mais generosa, focada em deixar um legado e servir de inspiração para outras pessoas.
Que conquistas foram importantes na sua vida profissional? Analisando pontos positivos e negativos, o que faltou para lhe dar mais alegria em atuar na Gestão de Pessoas?
ES – Muitas coisas foram conquistadas, mas acima de tudo a reputação junto aos clientes e à comunidade pela transparência, autenticidade e honestidade com que sempre conduzi meus projetos. Acho que pouco faltou. A alegria é algo que vem de dentro para fora e não ao contrário. Quando você é grato pelas coisas boas e pelas não tão boas, você aprende e cresce sempre.
As tecnologias trouxeram uma revolução na vida das empresas e pessoas. Qual impacto que ela trouxe na vida de RH? E mais: como vê o futuro desta profissão no mercado?
ES – Acho que a Tecnologia tem nos ajudado a nos conectar de forma diferente e a estarmos mais próximos uns dos outros. Foi a Tecnologia que aproximou as pessoas mesmo durante a pandemia. O futuro fica cada vez mais difícil de prever, mas sei que as pessoas têm de estar sempre na mesa de discussão de qualquer organização. Elas serão o diferencial competitivo para todos os Negócios.
Você acredita que RH é um coach ou líder para sua equipe? Qual papel de transformação que ele é capaz de exercer em sua atuação na Gestão de Pessoas?
ES – Acho que pode ser ambas as coisas, mas acima de tudo tem de ser flexível e adaptável, para entregar o que cada empresa espera num determinado momento e contexto. Ele é capaz de exercer um grande papel de transformação das pessoas, das rotinas, dos negócios, do mercado. Basta querer se posicionar e encontrar seu espaço de influência dentro de sua companhia.
RH é utopia ou realidade nas organizações brasileiras?
ES – Certamente realidade. E cada vez, nos fortaleceremos mais.
Que mensagem você daria aos jovens que querem atuar nesta área? E qual futuro você prevê para eles dentro das organizações?
ES – Caso gostem de pessoas e queiram mais do que um emprego, almejem deixar um legado e atuar com uma missão forte e diferenciada, RH pode ser sua área. O papel de cada um será determinado por si próprio. Sua coragem, determinação e força farão a diferença.
AGRH – Como você analisa sua trajetória em RH? Pesaram os anos e os segmentos em que você atuou?
Eunice Rios (ER) – Minha análise é muito positiva. Meu propósito sempre foi fazer sempre o melhor, não colocar limites.
Quando você vê possibilidades, isso te move. Sempre foi com este olhar que busquei diversificar os segmentos de Negócios que pudessem me dar oportunidades de aprender e realizar. Nessa caminhada, cresci e vivi momentos que me trouxeram grande orgulho e outros que nem tanto, mas que permitiram experimentar situações adversas, nas quais me via no meio de um conflito entre minhas crenças e a realidade vivida.
Olhando minha trajetória fico feliz pelas conquistas e aprendizados que levo pra vida, bem como, pelos profissionais brilhantes com os quais tive o prazer de conviver e trabalhar.
Os CEOs e presidentes das organizações em que atuou serviram como inspiração para você e para o desenvolvimento de sua carreira em RH?
ER – Tive em minha trajetória profissional a sorte de encontrar grandes líderes que foram inspirações para mim, e que aprendi a admirar pela inteligência, ética e valores humanos praticados que contribuíram para o sucesso de suas organizações.
Perfis diversos. Foi com esta diversidade que tive grande identificação com uns e com outros nem tanto. Esta diferença de perfil e de forma de fazer a gestão, assim como de liderar equipes e negócios, foram fatores importantes para a minha identificação como profissional.
Além disso, quando se tem a chance de trabalhar com diversos perfis de liderança você tem mais exposição a diferentes linhas de raciocínio e planejamento, isso foi extremamente rico e alimentou futuros insights que coloquei em prática na minha trajetória profissional.
Que conquistas foram importantes na sua vida profissional?
ER – Vou dividir em duas conquistas. A primeira foi de ser reconhecida pelo trabalho realizado. Minha primeira promoção, quando fui escolhida para liderar uma equipe, foi uma “surpresa” que me causou frio na espinha. Eu me perguntava se estava pronta. Sei que nunca estamos plenos na arte de liderar, lidar com expectativas de pessoas diferentes, respeitando o perfil de cada um. Minha atitude era sempre de escuta. Ouvia e observava muito para saber como colaborar com a equipe. Deu certo e fui crescendo.
A segunda conquista foi perceber que conseguia engajar as pessoas e trazer resultados para as organizações. Esta foi uma realização profissional e pessoal que foi gradualmente crescendo com as minhas experiências. Desde o início, trabalhei acreditando que um time engajado, que acredita na liderança da empresa que comunica seus valores constantemente, é o elemento mais fundamental para o crescimento sustentável de uma organização.
Importante neste momento ter em mente que a pandemia trouxe a necessidade de um olhar mais humanizado.
Analisando pontos positivos e negativos, o que faltou para lhe dar mais alegria em atuar na Gestão de Pessoas?
ER – Transparência em momentos importantes que por vezes gerou quebra de confiança, trazendo tristeza e questionamentos. Sempre uma boa conversa, por mais dura que seja, é o melhor caminho.
As tecnologias trouxeram uma revolução na vida das empresas e pessoas. Qual impacto que ela trouxe na vida de RH? E mais: como vê o futuro desta profissão no mercado?
ER – Olhando para o lado dos processos, a Tecnologia possibilitou a revisão destes e a liberação dos profissionais de RH para atuarem de forma mais analítica e ágil, com contribuições ainda maiores para os Negócios. Assim, a tecnologia contribuiu para a consolidação do setor de RH como estratégico, assumindo uma postura de geração de valor para a organização.
A beleza do digital está também na possibilidade de reunir profissionais de vários locais, cada um com suas competências e dialogando para encontrar novos caminhos de negócio.
A pandemia acelerou o avanço do uso das tecnologias, estamos no futuro. Trouxe mudanças significativas na forma de trabalhar e liderar on-line. Possibilitou o trabalho durante tempos difíceis e se mostrou aliada da agilidade e da inovação dentro das empresas.
Acredito que a evolução da área de RH deve ser centrada na humanização das empresas e na busca por apoiar pessoas que acabaram repensando suas prioridades de vida e estão cada vez mais buscando bem-estar e saúde. A boa gestão de pessoas não pode ficar de fora dessa realidade.
Na prática, o RH deverá centrar seu esforço na mudança de atitude das pessoas, em novas formas de aprendizado e no desenvolvimento de competências intangíveis.
A multifuncionalidade será o pilar para os profissionais. A nova liderança deverá ser mais integradora, saber liderar pessoas a distância e convergir ideias e pontos de vista. O profissional de RH precisará atuar no desenvolvimento de novas competências com grande foco no intangível. Ajudar as empresas a desenvolver um ambiente de confiança.
Você acredita que RH é um coach ou líder para sua equipe? Qual papel de transformação que ele é capaz de exercer em sua atuação na Gestão de Pessoas?
ER – Ambos. Deve dar direção, estabelecer metas desafiadoras e tangíveis, saber cobrar, orientar e desenvolver pessoas. Um agente transformador e inspirador que promova mudança no clima organizacional, ajude as pessoas no autoconhecimento e na busca do autodesenvolvimento levando ao máximo potencial, em um ambiente de cooperação e crescimento.
RH é utopia ou realidade nas organizações brasileiras?
ER – Não podemos generalizar. Muitas organizações têm o RH como fator estratégico para o sucesso dos seus negócios. Abre espaço e dá voz ativa para os profissionais, confiando na capacidade de transformação que a área de RH é capaz de promover e gerar valor.
Temos organizações que ainda cobram do RH funções burocráticas e menos estratégicas. Ainda não veem a área, e seus profissionais, em seu potencial máximo de contribuição para os negócios. O que é uma pena e desperdício de competência.
Importante dizer que muito se deve às crenças do CEO e dos líderes das organizações, bem como, dos próprios profissionais de RH.
Que mensagem você daria aos jovens que querem atuar nesta área? E qual futuro você prevê para eles dentro das organizações?
ER – Busquem desenvolver competências que permitam uma atuação mais abrangente. A especialização e a competência técnica não são suficientes. É preciso ampliar a visão, ter habilidades que permitam uma atuação multifuncional, integradora e de cooperação.
Desenvolva a capacidade de aprender e ter coragem para reinventar continuamente. Sejam protagonistas e abram novos caminhos nas organizações.
Vejo um futuro inspirador, em que encontrarão um campo enorme para atuar e gerar valor para as pessoas e empresas. E por último, lembrar-se sempre: colaborar é melhor que competir.
AGRH – Como você analisa sua trajetória em RH? Pesaram os anos e os segmentos em que você atuou?
Felipe Westin (FW) – Completarei em 2022, 50 anos de atuação em RH. Comecei por acaso na área. Estudava Economia e as empresas buscavam estudante da área para fazer parte do time de Cargos e Salários, por conta do domínio dos números, estatística etc. Comecei esta jornada na Mercedes Benz.
Passados alguns anos, recebi o convite para ser o Administrador de Salários Brasil para a Dow Química quando ainda estudava Economia. Em 1976, chega ao Brasil um americano para ser meu Diretor de RH. No início daquele ano, ele me comunica que eu iria trabalhar nos Estados Unidos. Eu tinha 22 anos. Detalhe: eu não falava uma palavra em inglês. Lá fui eu, com a cara e coragem para os Estados Unidos. Esta foi talvez a primeira grande transformação na minha trajetória profissional. Em 1978, fui transferido dos Estados Unidos para o projeto Petroquímico da Bahia com a Dow Química. Mais tarde, em 1980, assumi a minha primeira posição gerencial como Gerente de RH da fábrica da Dow, no Guarujá.
Em 1981, recebo o convite para assumir a Gerência de Remuneração da Alcoa do Brasil, em São Paulo. Passado um pouco mais de um ano, recebo o convite para ser o Gerente da BU de Químicos da Alcoa, responsável por Vendas, Marketing. Esta foi a segunda transformação na minha trajetória profissional. Saí de RH e fui para a área de Negócios. Acabei ficando oito anos com o head desta BU de Químicos.
Em 1989, recebo o convite para assumir a Diretoria de RH da Monsanto no Brasil, uma posição estatutária. Esta foi a terceira grande transformação na minha trajetória profissional e foi a minha primeira vez numa posição de Diretoria. Passados sete anos nesta posição, recebo o convite para assumir a Diretoria de RH para América Latina Norte, baseado em Saint Louis, nos Estados Unidos. Foi o meu quarto grande desafio na trajetória profissional. Passados dois anos nesta posição, fui convidado para assumir a Diretoria de RH das áreas de Tecnologia da Monsanto, nos Estados Unidos. Foi o meu quinto desafio, pois se tratava de uma posição em RH totalmente focada no mercado americano.
Após alguns anos, com a expansão da Monsanto no Brasil, com a compra da Searle Farmacêutica, e de empresas grandes de sementes, como a Agroceres, Braskalb e Cargill Sementes, eu retorno como Diretor de RH Corporativo na Monsanto do Brasil.
Completo 13 anos como Diretor de RH da Monsanto e recebo o convite para assumir a Diretoria de RH da Bristol Myers Squibb Farmacêutica. Passei sete anos nesta posição que foi muito desafiadora no sentido de transformar uma empresa farma, muito tradicional, numa companhia farma moderna, e com foco no crescimento. Um projeto de transformação cultural, que ganhou até o prêmio Lupa de Ouro do setor farma e virou um livro chamado “A Grande Virada”. Naquele momento, eu completava 35 anos na executiva de RH e Negócios.
Em 2008, decidi que era hora de me desafiar como empreendedor do meu próprio conhecimento e criei a Westin Gestão de Desenvolvimento de Pessoas, em que permaneço até o momento. Este é o meu último desafio da trajetória profissional, por ser tratar de um empreendimento fora da vida executiva.
Os CEOs e presidentes das organizações em que atuou serviram como inspiração para você e para o desenvolvimento de sua carreira em RH?
FW – Ao longo da minha trajetória, tive vários líderes de CEOs que foram inspiradores da minha carreira. Na Dow, tive a felicidade de trabalhar com um líder português, na Bahia, que foi um grande tutor e formador do meu papel como Gestor. Ainda na Dow, tive a felicidade também de trabalhar com um Diretor de RH, que foi meu líder, e que me inspirou como profissional de RH.
Na Alcoa, tive a felicidade de trabalhar com um dos maiores CEOs que o Brasil já teve e que chegou a ser o CEO Mundial da Alcoa. O foco em Negócios e o ensinamento em empreendedorismo foram as maiores inspirações que eu tive com este CEO.
Na Monsanto, trabalhei diretamente com muitos CEOs. O CEO da Monsanto, nos Estados Unidos, foi o criador do conceito de Life Science, um verdadeiro gênio da inovação. Uma fonte de inspiração para pensar fora de caixa. No Brasil, trabalhei incialmente com um CEO americano, que trouxe uma transformação cultural muito grande para empresa. De uma empresa agroquímica, para uma emprega de biotech. Mais tarde quando voltei dos Estados Unidos, fui trabalhar com um CEO que se destacava no conhecimento do setor agrícola, mas com muito foco e pragmatismo. Uma inspiração na objetividade.
Por último, no setor farma, tive a felicidade de trabalhar com um CEO na BMS, de formação médica, cujo foco em pessoas, foi uma grande fonte de inspiração. Em resumo, para se ter uma trajetória profissional de sucesso, é preciso ter trabalhado com grandes líderes desenvolvedores de pessoas. Acho que isso foi a minha sorte.
Que conquistas foram importantes na sua vida profissional? Analisando pontos positivos e negativos, o que faltou para lhe dar mais alegria em atuar na Gestão de Pessoas?
FW – Eu sou uma pessoa totalmente realizada na minha profissão em RH. Alguns fatos foram decisivos. Só trabalhei em grandes empresas de sucesso. Tive excelentes líderes que me desenvolveram como líder. Tive uma carreira desafiadora e ascendente na minha profissão. Creio que ajudei a desenvolver muitas pessoas que produziram excelentes resultados para os negócios. Criei muitos amigos ao longo da minha vida profissional que guardo com muito carinho no coração. Não tenho nenhum fato marcante negativo na minha trajetória profissional. Aliás, continuo atuante na gestão de RH na minha empresa, nos grupos profissionais que participo como o G3 e o GERH. Além de ter sido, por vários anos, Diretor Executivo da ABRH-SP, associação em que também fui Presidente do Conselho e hoje, sou Conselheiro Vitalício, com muita honra.
As tecnologias trouxeram uma revolução na vida das empresas e pessoas. Qual impacto que ela trouxe na vida de RH? E mais: como vê o futuro desta profissão no mercado?
FW – Daria para escrever um livro ou mais a respeito deste tema. A combinação da Tecnologia com o talento humano é o maior ativo da humanidade. Não há progresso sem esta combinação. Desde a Era da Informação, com os grandes computadores, a vida das empresas e das pessoas se transformou. O impacto inicial era, principalmente, nos processos administrativos. A velocidade e acuracidade do processamento de informações foi o primeiro passo. Com isso, se ganhou muita eficiência e velocidade nos processos. Talvez esta tenha sido a primeira grande onda na área de Tecnologia.
A segunda grande onda foi a automação industrial que substituiu os processos manuais dentro da indústria, principalmente, em áreas de insalubridade, como a pintura automotiva. Especificamente em RH, a começar pela folha de pagamento, bancos de dados, treinamento a distância e automação em geral, a área não teria evoluído da maneira como existe hoje.
Um bom exemplo do impacto da Tecnologia é o que estamos vivendo neste momento da pandemia. A grande maioria das pessoas trabalhando de forma remota. Como seria possível isso sem a tecnologia? Aliás, esta transformação será uma daquelas que veio para ficar. A tecnologia vai continuar avançando e é muito difícil projetar o que acontecerá no futuro. O fato é que a Gestão de Pessoas será necessária independentemente de como avance a tecnologia.
Você acredita que RH é um coach ou líder para sua equipe? Qual papel de transformação que ele é capaz de exercer em sua atuação na Gestão de Pessoas?
FW – O RH tem uma variedade de atributos críticos para uma organização. Há que se fazer uma distinção importante entre o gestor dos processos de RH e do gestor de pessoas propriamente dito, que é uma responsabilidade dos líderes. Em outras palavras, quem faz a gestão das pessoas são os respectivos líderes. Quem faz a gestão dos processos de gestão é o RH. É responsabilidade do RH ter uma gestão justa e técnica dos processos de RH. Caso contrário, cada líder faria o que ele gostaria e o risco é ter uma grande injustiça organizacional que impactaria na motivação e no engajamento das pessoas. Dito isso, o RH é, sim, um agente transformador dos processos de gestão de pessoas, apoiando sempre os objetivos e as estratégias de negócios. Não dá para desvincular a função da gestão de pessoas da gestão de negócios. Um depende do outro para ter sucesso. Quanto a ser coach ou líder da equipe, creio que os dois, nos devidos momentos em que cada papel se fizer necessário.
RH é utopia ou realidade nas organizações brasileiras?
FW – O Brasil é feito de vários Brasis… Assim como é feito de várias realidades de organizações. Portanto, não existe a possibilidade de ter um modelo de gestão de RH que se aplique de forma equalitária em todas as organizações. Tem empresas que só tem um departamento de pessoal, é o suficiente. Outras empresas mais complexas, e que precisam de pessoas mais preparadas, tem uma gestão de pessoas mais elaborada. Aqui não se aplica “one size fits all”. A gestão ideal de RH é aquela que faz sentido para a necessidade do negócio. Já evoluímos bastante nestes últimos 40 anos.
Que mensagem você daria aos jovens que querem atuar nesta área? E qual futuro você prevê para eles dentro das organizações?
FW – Para atuar em RH, o principal requisito é “gostar de gente”. É uma área muito relacional que lida com aspectos complexos da vida humana e dos Negócios. O mundo, de alguma forma, se dividirá em Tecnologia e talento humano. A gestão de RH sempre se transformou ao longo dos anos, nunca foi uma função estática. Eu diria que talvez seja a função que mais se transformou nas organizações.
Como requisitos para atuar nesta área, eu destacaria as competências técnicas necessárias, mas fundamentalmente as competências sociais, humanas e comportamentais. Essas serão sempre necessárias, independentemente do formato como o RH será organizado no futuro. A Tecnologia é um facilitador, mas não um fim em si só. O talento humano é o principal ativo das organizações para serem bem-sucedidas nos seus negócios.
AGRH – Como você analisa sua trajetória em RH? Pesaram os anos e os segmentos em que você atuou?
Fernando Tadeu Perez (FTP) – Minha jornada foi maravilhosa, comecei em 1971 no Departamento Pessoal da Fábrica de Cigarros Souza Cruz. Logo, em janeiro de 1973, quando havia acabado de completar 18 anos, fui trabalhar na PHILCO-FORD. De lá, fui para a FORD CAMINHÕES. Depois veio a AUTOLATINA e com o término dela, ao invés de voltar para minha origem, fui ser o Diretor de RH da Volkswagen Brasil e Argentina. Um pouco depois, virei Vice-Presidente da empresa. Fiquei lá até junho de 2001, quando fui assumir a área de RH do Banco Itaú. Portanto, foram quase 30 anos de indústria automobilística.
Fiquei por dez anos no Itaú, onde vivi uma experiência muito rica, cuidando de gente, mas num ambiente totalmente diferente. Sem dúvida alguma, toda diversidade que vivi e com tanta gente boa com quem trabalhei, ajudou-me, em muito, na minha formação profissional e pessoal.
Sou muito agradecido a todos com quem cruzei nesta longa caminhada.
Os CEOs e presidentes das organizações em que atuou serviram como inspiração para você e para o desenvolvimento de sua carreira em RH?
FTP – Em 40 anos de profissão, tive a oportunidade de trabalhar com muitos CEOs. Confesso que nem todos eram vocacionados para os assuntos inerentes às pessoas.
Todos tinham o mesmo discurso, qual seja: as pessoas são fundamentais. Mas sempre que a situação se complicava, esqueciam com rapidez deste conceito. Mas, felizmente para mim, foi a minoria. Trabalhei com muita gente bem inteligente e qualificada. Destaco um, pelo qual tenho um carinho todo especial, Sr. Pierre Allan de Smedt, o primeiro presidente da Volkswagen, pós-AUTOLATINA. Um engenheiro belga, que além de ser um cavalheiro, era muito sensível aos temas ligados às pessoas.
Ele sempre foi muito inspirador.
Que conquistas foram importantes na sua vida profissional? Analisando pontos positivos e negativos, o que faltou para lhe dar mais alegria em atuar na Gestão de Pessoas?
FTP – De pronto, preciso dizer que ninguém faz nada sozinho. Eu sempre tive a felicidade e competência para construir bons times. Tudo que fiz, fizemos juntos. Sem eles eu não teria feito.
Fizemos muitas coisas boas e inovadoras. Destaco algumas:
Claro que numa jornada tão longa, experimentei vários pontos negativos, o mais impactante foram as inúmeras reduções de efetivo que tive que administrar, mas sempre o fizemos da forma respeitosa e tentando minimizar todas consequências.
As tecnologias trouxeram uma revolução na vida das empresas e pessoas. Qual impacto que ela trouxe na vida de RH? E mais: como vê o futuro desta profissão no mercado?
FTP – A Tecnologia mudou tudo. É inimaginável que usávamos máquina de escrever e carbono algumas décadas atrás. Os mais antigos sabem que só se usava grandes computadores para rodar a folha de pagamento. O resto era tudo feito à mão, com máquinas de calcular e de datilografar.
A Tecnologia mudou tudo e deixou tudo muito mais rápido e inteligente. Desnecessário dizer sobre todos os benefícios que nos trouxe. Entretanto, penso que um foi crucial para um novo ordenamento profissional, qual seja a velocidade das comunicações. Hoje se consegue deixar toda a turma bem informada com uma facilidade e rapidez jamais imaginada.
Vejo com bons olhos o futuro de nossa profissão. Cada vez mais, fica claro para o mundo, nas mais diversas culturas, que cuidar das pessoas é primordial. Se não se faz por uma preocupação social, deve-se fazer por estratégia corporativa.
Você acredita que RH é um coach ou líder para sua equipe? Qual papel de transformação que ele é capaz de exercer em sua atuação na Gestão de Pessoas?
FTP – Sem dúvida, os profissionais de RH devem ser exemplo não só para a equipe deles, mas para toda a companhia. Palavras são importantes, mas nada tem o mesmo valor do que o exemplo.
Todos os Gestores devem ser líderes e não chefes. Devem ser inspiradores. Agora, os profissionais de RH devem entender que este é o seu papel fundamental, cabe a nós provocar uma verdadeira contaminação positiva de valores elevados, por meio de postura humana, profissional, honesta, clara e objetiva.
RH é utopia ou realidade nas organizações brasileiras?
FTP – Num país com dimensões continentais, como o nosso, existem várias situações. Eu diria que na maior parte das empresas médias e pequenas o que existe é um Departamento Pessoal que cuida das questões básicas da relação Capital x Trabalho.
Por outro lado, o Brasil tem muitas empresas grandes nacionais e muitas multinacionais. Nestas empresas, a área de Recursos Humanos é muito mais estruturada e via de regra faz um bom trabalho.
Há muito, tenho defendido junto aos meus colegas de profissão: devemos ter menos Políticas e Procedimentos e mais Diretrizes, ampliando, assim, a possibilidade de gestão dos Gestores. Afinal de contas, são eles que são os reais gestores das pessoas. Ao Recursos Humanos cabe oferecer mecanismos e ferramentas para que esse importante trabalho seja desenvolvido.
Que mensagem você daria aos jovens que querem atuar nesta área? E qual futuro você prevê para eles dentro das organizações?
FTP – Só venha trabalhar nesta área se você gostar de GENTE. As pessoas são complexas e, cada vez mais, as relações são conflitivas. Há de se ter disposição, vontade e competência para administrá-las.
AGRH – Como você analisa sua trajetória em RH? Pesaram os anos e os segmentos em que você atuou?
Giovane Reus Nichele da Costa (GC) – Minha trajetória em RH se inicia em 1986, época em que o RH não tinha, ainda, papel tão estratégico como atualmente. Tive uma carreira de evolução constante, tendo atuado em todas as subdivisões da área. Passei por Varejo, Telecomunicações, Tecnologia e Saúde.
Os CEOs e presidentes das organizações em que atuou serviram como inspiração para você e para o desenvolvimento de sua carreira em RH?
GC – Sem dúvida, os CEOs ditaram muito das mudanças que temos hoje em RH, com desafios constantes, provocações e parcerias estratégicas.
Que conquistas foram importantes na sua vida profissional? Analisando pontos positivos e negativos, o que faltou para lhe dar mais alegria em atuar na Gestão de Pessoas?
GC – Sinceramente, não vejo pontos negativos em minha carreira. Os erros foram traduzidos em aprendizado e em mola propulsora para entregas ainda mais consistentes. Passei a executivo com 26 anos de idade e as constantes promoções foram o selo de minha total dedicação as empresas em que trabalhei.
As tecnologias trouxeram uma revolução na vida das empresas e pessoas. Qual impacto que ela trouxe na vida de RH? E mais: como vê o futuro desta profissão no mercado?
GC – Iniciei em RH e vivi os primeiros anos de carreira com pouco acesso à Tecnologia. Sem dúvida, ela transformou as relações de trabalho e em RH não seria diferente. O futuro de nossa área é entender a evolução da sociedade e construir, nas empresas, um ambiente acolhedor, desafiador e que tenha espaço para criatividade e desenvolvimento.
Você acredita que RH é um coach ou líder para sua equipe? Qual papel de transformação que ele é capaz de exercer em sua atuação na Gestão de Pessoas?
GC – Para mim, estes conceitos se entrelaçam. Não vejo um sem o outro. Eles são complementarem e sinônimos.
RH é utopia ou realidade nas organizações brasileiras?
GC – Realidade. E mais que realidade, ele é o diferencial de uma empresa de sucesso. Mas é fundamental entender que a liderança de RH deve ser de protagonista nas organizações. Tem que entender o Negócio. Tem que entender valores nas empresas, reforçar a cultura e trabalhar sem demagogia.
AGRH – Como você analisa sua trajetória em RH? Pesaram os anos e os segmentos em que você atuou?
Glaucimar Peticov (GP) – Sim, sem dúvida. A passagem por cada área e segmento contribuiu para ampliar a experiência, sustentar ou alterar pontos de vista e fortalecer a crença de que são as pessoas que fazem a diferença. Minha trajetória em Recursos Humanos reflete esse princípio. Sempre com muita vontade de aprender, de entregar resultados, de contribuir para a formação e o desenvolvimento de outras pessoas, seguindo o exemplo de profissionais que me inspiraram. Carrego comigo o sentimento de gratidão a essas pessoas e a certeza de que o protagonismo é essencial para o sucesso na carreira.
Os CEOs e presidentes das organizações em que atuou serviram como inspiração para você e para o desenvolvimento de sua carreira em RH?
GP – Sim, cada um ao seu estilo, considerando formação, experiência, influências, energia, capacidade de assumir riscos e tomadas de decisão sob pressão, além da competência necessária para liderar, planejar, estimular o time e entregar resultados. São competências próprias de executivos, mas são também características humanas que encontramos em cada pessoa. Desenvolver essas competências e levá-las ao máximo em suas potencialidades é a principal missão dos profissionais de RH. Portanto, sim, foram inspiradores e continuam sendo.
Que conquistas foram importantes na sua vida profissional? Analisando pontos positivos e negativos, o que faltou para lhe dar mais alegria em atuar na Gestão de Pessoas?
GP – Eu diria que cada promoção, cada reconhecimento do meu empenho, foi uma conquista. Atribuir grau de importância maior a uma delas não seria justo porque elas se somam, carregam experiência, responsabilidade e expectativa de resultados ainda melhores.
É claro que a determinação de aprender sempre, de aproveitar cada oportunidade para compartilhar conhecimentos, boas experiências, integridade, sucessos e insucessos, tudo contribuiu para o meu avanço na carreira.
Alegria, vontade e determinação sempre pautaram minhas ações. Acredito que a felicidade é essencial para alcançarmos melhores resultados e irradiarmos otimismo, mesmo nos desafios e adversidades. Talvez nelas, ou como reagimos a elas, estejam justamente os fatores que nos distinguem e testam nossas capacidades, de liderar, de contribuir, de entregar, inspirar, ser exemplo, avaliar valores e crenças para ter clareza do propósito que conduz ao protagonismo e de geração de resultados.
As tecnologias trouxeram uma revolução na vida das empresas e pessoas. Qual impacto que ela trouxe na vida de RH? E mais: como vê o futuro desta profissão no mercado?
GP –As tecnologias estão presentes em nossas vidas, em todos os ambientes, e por tudo o que proporcionam e oferecem, continuarão sendo importantes para que as atividades essencialmente humanas, que demandam sensibilidade e trato pessoal, sejam mantidas, reforçadas, valorizadas e potencializadas como competências humanas.
É evidente que as tecnologias ampliaram nossas comunicações e formas de interação, aceleraram e facilitaram acessos e processos, entre inúmeros outros benefícios. Tudo isso refletiu e vai continuar refletindo sobre as práticas e políticas de RH, de gestão de pessoas, de cada cadeia produtiva na empresa.
Profissionais de TI e de Sistemas continuarão sendo essenciais nesse mundo tecnológico, pautados pelas necessidades empresariais e humanas.
A tecnologia é fundamental, mas são as pessoas os grandes agentes e responsáveis pela mudança.
Você acredita que RH é um coach ou líder para sua equipe? Qual papel de transformação que ele é capaz de exercer em sua atuação na Gestão de Pessoas?
GP – Diria que o RH deve atuar como gestor coaching, de modo que suas políticas e práticas estimulem as lideranças da empresa a desenvolverem suas equipes, pelo exemplo e pela capacidade de mobilizar as pessoas para gerar resultados, potencializando suas competências. Liderar inspirando, confiando e deixando clara a credibilidade no time. Antes de pensar no futuro, os líderes precisam lidar com a mutação do presente e abandonar velhos hábitos para dar lugar a outros, capazes de trazerem o novo para o nosso dia a dia, atualizar nossas crenças e nossos valores com integridade nas decisões para fortalecimento de vínculos.
RH é utopia ou realidade nas organizações brasileiras?
GP – As empresas são constituídas por pessoas. Portanto, RH é realidade em todas as organizações e empresas, ainda que seus sistemas e subsistemas possam não ter, por razões diversas, a mesma capacidade operativa e de influência nas decisões estratégicas. Mas é inegável que o papel dos profissionais de RH é cada dia mais valorizado e reconhecido. Trabalhamos para isso, para valorização das competências técnicas e comportamentais, respeitando a diversidade e valorizando a inclusão que é o nome do jogo para a inovação (o que eu trago de diferente para a mesa?) e que determinam ganhos e resultados.
O escopo de atuação de RH inclui não apenas a missão de assegurar um ambiente seguro e saudável para todos, mas também desenvolver diferenciais para atrair e engajar talentos, além de garantir e apoiar o crescimento profissional, para que sejam protagonistas de suas próprias histórias
Que mensagem você daria aos jovens que querem atuar nesta área? E qual futuro você prevê para eles dentro das organizações?
GP – Trabalhar na área de RH exige do profissional preparo técnico, em que a comunicação, a criatividade, escuta e a sensibilidade para o trato com pessoas tornam-se essenciais. É uma jornada com vários desafios relacionados ao autodesenvolvimento e inspiração para que todos os envolvidos posam ampliar suas capacidades diariamente. Por isso, diria aos jovens para pesquisarem sobre as atividades desenvolvidas em RH e Gestão de Pessoas, que hoje estão ligadas aos indicadores estratégicos da organização, e portanto, vão além da esfera de processos. Refletir sobre suas competências, preferências e aptidões, direcionando-as para uma carreira que traga satisfação pessoal e felicidade. Se for em Recursos Humanos, será ótimo e você contribuirá para que mais pessoas sejam estimuladas a se desenvolverem, produzirem e gerarem resultados, pois é justamente nas relações humanas que reinventamos rituais e integrações, construindo uma consciência de propósito e protagonismo.
AGRH – Como você analisa sua trajetória em RH? Pesaram os anos e os segmentos em que você atuou?
Majo Campos (MC) – A trajetória na área de Recursos Humanos, que aliás sempre questionei o nome. Apesar de alguns não concordarem, para mim, a área não é de Recursos e sim, de Gente. É onde devemos ter alma e manter o coração pulsando para que tudo funcione bem. Os produtos podem mudar, mas a essência de um ser humano, não. É possível mudar resultados, processos, cultura, mas se não houver o protagonismo do indivíduo, não há mudança, nada acontece.
Minha trajetória na área ocorreu de forma natural. Não sei se eu escolhi ou se fui escolhida pela área e pela minha forma de lidar com as pessoas. Não me vejo em uma empresa ou área, onde as pessoas não tenham o real valor, o reconhecimento das suas ações e a importância do seu trabalho para o sucesso de uma organização. Eu digo que foi um encontro natural, em que, desde o primeiro nosso primeiro encontro até o casamento, tudo aconteceu com muito amor. Isso foi em 1986 no Banco Nacional. Talvez os mais jovens não se lembrem, mas era o banco que patrocinava o Ayrton Senna, um ser humano humilde, atencioso e que sempre demostrou muita empatia pelo próximo, assim como eu acredito que devemos ser em relação às pessoas.
Tive a oportunidade de atuar nas diferentes áreas e subsistemas, o que ampliou minha visão sobre o Negócio e da importância das pessoas. No recrutamento, ouvia diferentes desejos, sonhos, ambições e fazia a análise sobre como aquele casamento, entre o candidato ou candidata e a empresa, seria importante. Não olhava apenas a vaga, mas como seria o desenvolvimento dessa relação. E foi assim que fui ampliando minha atuação, queria ir além e fazer parte deste processo. Não queria participar apenas do sim, mas de toda a história.
Passei pela área técnica, desenvolvimento, estratégia e relacionamento e acredito que fiz uma carreira, em que tive, e tenho, a oportunidade de cuidar, e gerenciar, toda a jornada da pessoa dentro de uma empresa. Sempre olhando o Negócio, os processos, mas nunca esquecendo o real valor das pessoas.
Os CEOs e presidentes das organizações em que atuou serviram como inspiração para você e para o desenvolvimento de sua carreira em RH?
MC – Não apenas eles, mas inclusive eles serviram de inspiração para a minha trajetória. Relacionar-me com diferentes stakeholders e promover ações de transformação, que eram urgentes e necessárias para as empresas, nunca foi um problema. Os CEOs já entenderam que são as pessoas que levarão a empresa para o próximo patamar e que são elas que farão a diferença em relação aos produtos que representamos. Esta relação é, sim, uma relação de confiança e cabe ao Executivo da área de Gente criar espaços para apresentar as possibilidades e os resultados. Minha experiência é que esta inspiração é necessária e fundamental para darmos passos importante para cumprir a agenda.
Que conquistas foram importantes na sua vida profissional? Analisando pontos positivos e negativos, o que faltou para lhe dar mais alegria em atuar na Gestão de Pessoas?
MC – Foram muitas nestes anos, mas a integração que participei no banco em que atuei, percebi ainda mais como é possível que culturas tão diferentes possam surtir efeitos tão rápidos quando tratamos as pessoas com respeito, técnica adequada e confiança. Acreditar que as pessoas são o centro dos resultados e de fato quem transformará a empresa para uma nova cultura faz toda a diferença.
Como ponto negativo, penso que a ansiedade e o imediatismo de uma empresa na busca constante de mudanças, sem o planejamento adequado e sem o olhar para as pessoas, geram impactos negativos e algumas vezes difíceis de reconstruir. Não é só sobre resultados a empresa é também sobre pessoas.
Acredito que a alegria sempre esteve em minhas ações à frente do RH. Amo o que faço e isso não é só meu, eu compartilho esta alegria. Mesmo em dias intensos, com leveza e empatia, conseguimos os resultados esperados. As pessoas não são máquinas e precisamos entender seus momentos.
As tecnologias trouxeram uma revolução na vida das empresas e pessoas. Qual impacto que ela trouxe na vida de RH? E mais: como vê o futuro desta profissão no mercado?
MC – A área evoluiu muito em relação à Tecnologia. Tivemos as ondas do RH e a tecnologia foi essencial para essa evolução. Quanto mais volumes, mais a tecnologia e sistemas são necessários. Fazer a gestão de folha, carreira, desenvolvimento, sucessão, formação, avaliação, potencial e acompanhar os resultados é impossível sem uma boa tecnologia de apoio.
Por exemplo, como encontrar as pessoas certas meio a tantos CVs? Não só pela diversidade, mas, inclusive, por ela ampliar nossa atuação e sair da nossa ‘bolha’ para buscar profissionais, os sistemas são essenciais.
Com a implantação e uso de sistemas pudemos evoluir para outros temas como missão, visão e valores, olhar a empresa como uma marca atraente e uma nova era englobando mais conhecimento, troca e a evolução para uma cultura mais estratégica em que foi possível combinar com o contexto globalizado.
Você acredita que RH é um coach ou líder para sua equipe? Qual papel de transformação que ele é capaz de exercer em sua atuação na Gestão de Pessoas?
MC – O RH organiza as técnicas e atende as necessidades de cada equipe ou pessoa, não é um modelo pronto. Às vezes é coach, às vezes é líder e em outras, aprendiz. A área é o termômetro em relação às pessoas, não há movimento sem a gestão adequada das nossas equipes. Precisamos entender o que é necessário, o que elas precisam e direcionar para o resultado esperado da forma que encaixa e cabe naquela empresa.
RH é utopia ou realidade nas organizações brasileiras?
MC – Pensando na definição de UTOPIA, que é um lugar ou estado ideal, de completa felicidade e harmonia entre os indivíduos ou qualquer descrição imaginativa de uma sociedade ideal. Acredito, sim, que é uma realidade e temos observado esta evolução ao longo dos anos. De uma área de ‘pagadoria’ e ‘implantação e administração de regras’, passamos para olhar estratégia, Negócios, sem perder o foco no indivíduo. Olhamos o bem-estar, a carreira, a saúde física e mental e para a diversidade. Então, sim, é uma realidade e vem, assim como a humanidade, evoluindo constantemente.
Que mensagem você daria aos jovens que querem atuar nesta área? E qual futuro você prevê para eles dentro das organizações?
MC – Uma empresa é um pedaço da sociedade e assim deve estar representada, somos muitos, somos diferentes somos plurais. Temos que ter a parceria e trabalhar com as áreas para entender os desafios e de cada um e traçar metas que sejam fundamentais para o sucesso coletivo. Ter as pessoas certas no lugar certo e prepará-las para a próxima onda é urgente.
Se queremos ser uma empresa inovadora e consistente devemos ter pessoas engajadas, desafiadas e reconhecidas.
Por isso hoje, estar ou desejar estar na área é querer pensar no futuro sem esquecer o presente. É garantir que as leis sejam cumpridas, cuidar das pessoas e saber que não há uma resposta pronta quando o tema é Gente. As empresas, assim como as pessoas, estão em constante mudanças e precisamos acompanhar, preparar e antecipar a próxima onda. Devemos ser a referência de apoio e levar as pessoas para a direção esperada.
Portal do Garrett (PG) – Como você analisa sua trajetória em RH? Pesaram os anos e os segmentos em que você atuou?
Milton Pereira (MP) – Felizmente posso dizer que tive uma trajetória em RH das mais exitosas. Meu direcionamento para essa área de Gestão de Pessoas se deu de forma natural, pela natureza de minha formação humanística aliada à minha vocação em lidar com GENTE, desde os tempos de juventude.Isso,reunido, só poderia mesmo gerar motivação pelo trabalho que desenvolvi, vontade de lutar pela harmonia possível entre “Capital e Trabalho”, pela criação do melhor ambiente na empresa e de avançar em práticas mais “arrojadas” que colocassem a “felicidade no trabalho” em primeiro plano, dando “significado”, “propósito”, a todos os funcionários da empresa.
PG – Os CEOs e presidentes das organizações em que atuou serviram como inspiração para você e para o desenvolvimento de sua carreira em RH?
MP – Tive a sorte de trabalhar com líderes que me incentivaram a perseguir meus ideais. Mais que isso,souberam delegar, confiando em minhas “propostas humanísticas”. Percebiam logo que “funcionários felizes” eram mais produtivos. Acabavam apoiando até as mais ousadas iniciativas.
PG – Que conquistas foram importantes na sua vida profissional? Analisando pontos positivos e negativos, o que faltou para lhe dar mais alegria em atuar na Gestão de Pessoas?
MP – As conquistas todas – e foram muitas – consegui graças às excelentes equipes que trabalharam comigo. Os “times’ que liderei incorporaram logo toda filosofia do trabalho que fluía muito bem . Antes mesmo de as empresas adotarem a prática dos “BPs- Business Partners”, hoje muito difundida, lá pelos anos 1980, na primeira empresa em que trabalhei,criamos o “CD- Consultor de Desenvolvimento” com funções similares às dos BPs de hoje. Isso para citar um exemplo. Outro caso que nos deu orgulho: na última empresa por onde passei, criamos um “método” de aferir a “felicidade no trabalho”, método abrangente que envolvia todos os funcionários com participação ativa, na avaliação dos resultados, pelas lideranças da organização.
Evidente que o processo de “gestão de pessoas”, até por ser “processo”, não tem fim. Cada “passo” dado enseja um punhado de outros , interligados sistemicamente. Para isso, ainda na última empresa em que trabalhei, montamos o “Hexágono do Desenvolvimento Humano”, que dava sustentação aos programas desenvolvidos e a desenvolver. Em dois de seus “vértices” situavam o “planejamento de pessoas” e a “educação corporativa”; em outros dois ,a “qualidade de vida” e a “cidadania corporativa”; nos “vértices centrais” ficavam o “desenvolvimento de liderança” e a “gestão da cultura organizacional”. Cada “sistema” desses abria um “mundo” de programas a serem desenvolvidos. Lógico,então, que deixei a empresa com muita coisa desenvolvida e a desenvolver,dando esses “macroprocessos” possibilidades infinitas de criação de novos programas.
PG – As tecnologias trouxeram uma revolução na vida das empresas e pessoas. Qual impacto que ela trouxe na vida de RH? E mais: como vê o futuro desta profissão no mercado?
MP – Sem dúvida a tecnologia vem em escala permanentemente crescente apoiando todos os processos da empresa. E os de RH podem dela se beneficiar muito. Penso, no entanto, que é uma super ajuda para a parte mais “tática” da gestão: processos seletivos de recrutamento , de treinamento,avaliação, etc. Antes é preciso que o “processo estratégico” esteja bem definido para direcionar adequadamente os “mecanismos táticos “.
PG – Como você analisa sua trajetória em RH? Pesaram os anos e os segmentos em que você atuou?
MP – Como disse anteriormente, tive uma trajetória exitosa pela motivação em fazer o que gosto, por poder atuar “empoderado”. Galguei posições de liderança até o nível mais alto “Diretor de Desenvolvimento Humano”. E formar equipes de trabalho, alinhadas com minha “visão humanística” foi um dos principais pontos fortes a que me atribuo.
PG – Você acredita que RH é um coach ou líder para sua equipe? Qual papel de transformação que ele é capaz de exercer em sua atuação na Gestão de Pessoas?
MP – Não acho que RH lato sensu deva ter função de “coach”. RH deve ser “estratégico”, influindo nos “caminhos da empresa”. Deve ter atuação de destaque na definição das estratégias da organização. Até se poderia usar o termo “RH de Transformação” , “transformacional”. “PESSOAS” não podem mesmo ser “recursos”, tais como os financeiros e materiais,vindos a reboque das estratégias. A empresa são as pessoas. Não há sentido em passar uma “vida” trabalhando, sem ser feliz, sem motivação, apenas por coação e imperativos de sobrevivência .Isso tem que ficar esquecido no passado.
PG – RH é utopia ou realidade nas organizações brasileiras?
MP – Acho que houve evolução no campo da gestão de pessoas nas empresas brasileiras. Os benchmarkings” dos rankings de “melhores empresas para trabalhar”, vários consultores e palestrantes divulgando boas práticas e, mais que isso, os resultados obtidos por “empresas “humanizadas”, parecem demonstrar ao “mercado” que ,de fato, “pessoas felizes” trazem ótimos resultados para as organizações. É importante acrescentar, a garotada de hoje (geração z ou millenial ou outro nome que queiram dar) deseja trabalhar em locais onde se pode realizar-se tanto no plano profissional quanto no pessoal. Os jovens permanecem na empresa que lhes oferece, além de boas condições de crescimento e realização, a possibilidade de trabalharem motivados e felizes.
PG – Que mensagem você daria aos jovens que querem atuar nesta área? E qual futuro você prevê para eles dentro das organizações?
MP – Hoje , com a cabeça que têm esses jovens, acho que eles nem precisam de conselho. Diferentemente de minha geração, entram no mercado de trabalho com muita consciência do que esperam e querem. No entanto, se puder dar um conselho (será que essa turma aceita?), diria que tenham um pouco de paciência antes de trocarem de empresa. Tentem contribuir para transformações necessárias; busquem empoderar-se ouvindo bons mentores; busquem aprender até assuntos que pertencem a outras áreas. Uma dose de paciência é sempre útil , antes de tomar uma decisão que pode levá-los a situações piores. Ponto chave: nunca parem de estudar; não se deem por satisfeito com a formação que tiveram. Não se limitem a atividades específicas de sua área de atuação: sejam curiosos e até intrometidos, procurando participar de projetos de outras áreas. Administram nem que seja por um tempo a frustração de não verem suas ideias e ideais concretizados. A afobação de querer mudar de empresa pode ser prejudicial à carreira. Evidente que não se pode perder oportunidade, mas que seja bem avaliada a mudança.
AGRH – Como você analisa sua trajetória em RH? Pesaram os anos e os segmentos em que você atuou?
Moacy Freitas (MF) – Iniciei minha trajetória em RH em 2012, após 25 anos de atuação em outras áreas, tais como Finanças, Tributos, Jurídico, Controladoria, Governança, Docência e várias outras. Assim, quando mergulhei na área, tinha essa visão externa, como cliente, quanto ao que dava certo ou errado e quais as demandas das pessoas. Ou seja, uma visão externa, que muito facilitou a montagem do plano estratégico para atuação na área, em que pude construir muitas coisas boas e legais, que estão transformando a nossa maneira de ser e agir. Tive também a sorte de ter crescido dentro da mesmo organização, conhecendo todos os seus meandros, a sua cultura, as suas pessoas. Acho que tudo isso me ajudou muito na missão de Cuidar das Pessoas.
Os anos têm um peso na nossa vida, em qualquer área em que atuemos. O passar dos anos geralmente nos traz aprendizados importantes. A sabedoria vem dos acertos, mas também dos erros. Saber aprender com eles é fundamental para a nossa evolução.
Os CEOs e presidentes das organizações em que atuou serviram como inspiração para você e para o desenvolvimento de sua carreira em RH?
MF – Sim, com certeza. Estou na mesma empresa há 35 anos, mas tive a grande honra e oportunidade de aprender com vários Presidentes ao longo desta trajetória. São lições muito importantes para a minha vida profissional, principalmente na área de RH:
Que conquistas foram importantes na sua vida profissional? Analisando pontos positivos e negativos, o que faltou para lhe dar mais alegria em atuar na Gestão de Pessoas?
MF – Tudo que conquistei na minha vida é fruto do meu trabalho. Todos os passos, por menores que sejam, são a construção das grandes conquistas na minha vida. Não existe milagre profissional. Existe trabalho duro, persistência, vontade de seguir em frente, mesmo que tudo esteja lhe puxando para trás ou para o lado. Ter esse foco, esse desejo de realizar, concretizar passos, nos levam adiante.
Como pontos positivos, vejo a minha própria trajetória profissional, em que passei por várias outras áreas que não o RH. Isso me deu bagagem para entrar na área conhecendo-a por fora. Acredito que isso me ajudou muito na missão de Cuidar das Pessoas.
Como pontos negativos, vejo a falta de vivência em outras organizações, outras culturas empresariais e até mesmo de outros setores de atuação organizacional. Acho que essa diversidade de visões e experiência, com certeza, têm um grande valor e contribuição para a realização de um bom plano estratégico para pessoas na organização.
Desde que migrei para a área, tenho tido muitas alegrias. A principal delas é saber que a missão está sendo cumprida. Naturalmente é uma área de grandes emoções. Todos os dias nos deparamos com as mais diversas situações pessoas, familiares e, até mesmo coletivas, dentro da organização, que nos dão muito prazer. Mas muitas vezes também são situações delicadas, doloridas, com dilemas pessoais sendo enfrentados. Precisamos estar preparados para tudo, quando se trata de RH. As pessoas nos surpreendem, as situações são diversas, não tem hora para acontecer. Isso é válido para a alegria e para a tristeza também.
As tecnologias trouxeram uma revolução na vida das empresas e pessoas. Qual impacto que ela trouxe na vida de RH? E mais: como vê o futuro desta profissão no mercado?
MF – Acho que as tecnologias agregaram muito para a área de RH, tendo facilitado muitas frentes de trabalho, desde os sistemas mais básicos, como administração de pessoal, gestão de benefícios, saúde etc., em que temos uma massa de operações muito pesadas. Estas frentes puderam ser mais bem trabalhadas, com as tecnologias de automação e inteligência artificial. A área de RH também produz muitas informações, tanto internas quanto externas, e o digital está fazendo grande diferença nesta área, facilitando a extração de informações, de forma ágil e segura. Isso não tem preço.
Quando olhamos para a área de Desenvolvimento, ambientes de aprendizagem, aí o salto foi quântico. É onde estamos conseguindo desenvolver e implantar um ambiente de aprendizagem que pode ser estendido a todos, pelos meios digitais. Enquanto, no passado, dependíamos basicamente do desenvolvimento presencial. Para a organização, isso nos dá escala para desenvolver as pessoas. E para os indivíduos, é uma oportunidade única de acesso a conteúdos de aprendizagem de excelente qualidade, na palma das mãos.
As organizações que estão conseguindo explorar bem estas tecnologias, com inteligência e foco na automação, com certeza estão tendo grandes ganhos de produtividade; liberando o tempo e anergia de seus times para a realização do que realmente é a missão do RH, que é Cuidar das Pessoas, no sentido mais amplo que possamos imaginar. Este é o futuro. Não temos como fugir dele. Quem não chegar neste objetivo pelo amor, infelizmente, chegará pela dor.
Você acredita que RH é um coach ou líder para sua equipe? Qual papel de transformação que ele é capaz de exercer em sua atuação na Gestão de Pessoas?
MF – Acredito nisso sim. O RH é um coach para sua equipe no sentido amplo. Tenho muito cuidado em sempre ver a minha equipe como sendo toda a organização. O RH que fica fazendo RH apenas para sua equipe, ou com foco muito voltado para esta, corre o grande risco de não cumprir sua missão junto à organização. Nosso papel é olhar para todos da organização como sendo a “nossa equipe”. Quando fazemos política de Recursos Humanos precisamos ter um olhar amplo, que contemple a todos.
RH é utopia ou realidade nas organizações brasileiras?
MF – RH é realidade em muitas das organizações. Mas é comum encontrarmos organizações que ainda não sabem o que é o RH. Muitas empresas e empresários ainda olham para o RH como sendo o velho e bom Departamento Pessoal. Outros já ampliaram para seleção; outros para desenvolvimento e apenas as grandes corporações têm mais garantia de que todas as dimensões do RH estejam em funcionamento.
Por outro lado também, não é barato nem fácil instalar um RH completo, com todas as suas dimensões operando e funcionando bem, cumprindo o seu papel individual, que no conjunto vai dar a dimensão geral do que é o RH naquela organização. Mas isso não quer dizer, que uma pequena ou média empresa, não possa ter todas as dimensões do RH em funcionamento. Isso vai depender muito da visão do empresário e dos executivos, inclusive o RH, sobre o real papel desta área, na sua organização.
O RH não é padrão. RH é adaptação e versatilidade. Cada organização tem necessidades e carências diferentes. O Executivo de RH precisa ter esse olhar para a sua organização, fazer este diagnóstico de quais são as estratégias e necessidades da sua organização. Eu diria que o Plano Estratégico de RH será fruto deste trabalho, deste olhar, mais do que ficar “contratado” com a organização, é por meio de sua cúpula e suas pessoas.
Que mensagem você daria aos jovens que querem atuar nesta área? E qual futuro você prevê para eles dentro das organizações?
MF – Eu diria que para quem quer trabalhar com paixão e emoção, o RH é a área certa. Não existe monotonia nesta área. Todos os dias, nos deparamos com novas situações que nos levam a um aprendizado permanente.
Sou apaixonado pelo ser humano, por isso acho que estou na área certa, que me dá alegrias e me realiza na minha vida profissional e pessoal. Essa tem sido a melhor parte.
AGRH – Como você analisa sua trajetória em RH? Pesaram os anos e os segmentos em que você atuou?
Raimundo Ramos (RR) – Eu tive a oportunidade de passar por quatro segmentos de negócio bem distintos (Químico, Tecnologia, Serviços e Automobilístico). Isso me deu possibilidade de ampliar minha visão do papel do RH, nesses diferentes setores, e como a área de RH poderia trazer valor, baseado nas características para cada um destes segmentos.
Outro ponto muito importante foi o período em que atuei em alguns destes setores. Por exemplo, na área de Tecnologia, pude trabalhar para implantar a primeira fábrica da empresa no Brasil e todos os desafios que isso exige quanto a identificação de profissionais qualificados e também à formação de novos para que se desse início à produção.
Outra experiência muito valiosa foi na área de serviços na fusão de sete operadoras de telefonia em apenas uma empresa. Foi um belo trabalho de cultura e estratégia organizacional.
Os CEOs e presidentes das organizações em que atuou serviram como inspiração para você e para o desenvolvimento de sua carreira em RH?
RR – O aprendizado foi imenso, bem como, os desafios que foram trazidos por cada um deles em diferentes momentos de cada um dos negócios. Desde a fusão de diversas empresas em uma só, bem como a necessidade de se trabalhar a adequação do headcount da organização no Brasil.
Uma das grandes inspirações foi a necessidade de dar clareza dos objetivos a um time e o foco que deve ser dado para que se obtenha o resultado desejado. Lembro-me que um desses momentos, observar e aprender quanto a importância de trazer clareza para todos da organização por meio de uma comunicação simples, mas, eficaz e frequente. Isso traz sempre clareza dos objetivos organizacionais e propósito.
Que conquistas foram importantes na sua vida profissional? Analisando pontos positivos e negativos, o que faltou para lhe dar mais alegria em atuar na Gestão de Pessoas?
RR – Uma das conquistas foi a diversidade de negócios que pude atuar e as organizações nas quais atuei. Trabalhei com equipes fantásticas que me deram muita alegria e isso ajudou as realizações da área de RH nas organizações. A possibilidade de atuar com projetos não só no Brasil como também em outros países como Alemanha, Estados Unidos, Argentina, Itália e México. A diversidade de pessoas e cultura me ajudaram a ver com mais clareza a importância do respeito a cultura destes países e como obter o melhor delas com equipes multinacionais.
Além disso, (uma conquista) foi ter participado de projetos de construção de uma organização com a fusão de outras seis empresas. Um trabalho bem desafiador na construção de uma cultura e identidade de uma nova organização.
Único ponto que faltou para me trazer mais alegria foi a falta de oportunidade de estar atuando em outro país como head de RH. Isso poderia me trazer mais riqueza quanto a cultura do local, onde poderia atuar e oportunidade de conhecer mais pessoas com maior diversidade.
As tecnologias trouxeram uma revolução na vida das empresas e pessoas. Qual impacto que ela trouxe na vida de RH? E mais: como vê o futuro desta profissão no mercado?
RR – Falamos da transformação digital, em que alguns pontos cruciais estão as novas metodologias para gerir projetos (Scrum, Agile). Mas, no fundo, estamos falando de mudança de atitude e cultural das organizações. Quando se fala de metodologia ágil, estamos colocando muita atenção na autonomia das equipes e o papel do gestor é de ser muito mais um coaching e apoiador, dando responsabilidade as pessoas, autonomia e clarificando os papéis nas equipes. O RH tem um papel fundamental para ajudar as organizações neste processo de transformação. Há uma necessidade de refletir e ver, de fato, como o RH pode trazer valor a toda esta mudança, necessária para as organizações. A mudança vem por meio das pessoas, a tecnologia é meramente uma ferramenta para a transformação.
Você acredita que RH é um coach ou líder para sua equipe? Qual papel de transformação que ele é capaz de exercer em sua atuação na Gestão de Pessoas?
RR – O RH é o dois. É líder nas questões nas quais se buscam novas estratégias, valor nos processos e transformador por meio de uma cultura e que traga clareza do propósito e valor para as pessoas e o negócio. É um coach quando questiona o que está sendo feito e de que forma, no suporte às pessoas quanto ao crescimento pessoal, em criar um ambiente onde o medo de errar não seja um empecilho no processo de criação e inovação.
RH é utopia ou realidade nas organizações brasileiras?
RR – Com tudo o que comentei acima, é uma realidade e cada vez mais necessária. As mudanças estão aí e acontecendo de maneira muito rápida. O RH tem o papel de ajudar ao Negócio ,de fazer a leitura destas mudanças e como isso pode ser traduzido para novos processos, engajamento, desenvolvimento e carreira para as pessoas nas organizações. Fazer do local de trabalho algo que se curta estar e que as pessoas possam dar o melhor delas com todo o seu potencial.
Não vejo também que, o que descrevi acima, seja uma realidade em muitas organizações. Mas as empresas, que não olharem com atenção para estes pontos, poderão perder competitividade por não atrair profissionais com a qualidade indispensável para atender a necessidade do seu negócio.
Que mensagem você daria aos jovens que querem atuar nesta área? E qual futuro você prevê para eles dentro das organizações?
RR – Primeiro aspecto é a coerência com os seus valores e o que se propõe a fazer em Recursos Humanos. É sempre um grande desafio estar alinhado com as mudanças que o mercado traz e as necessidades das novas formas de trabalho. Um outro ponto importante é não ter medo de desafiar o status quo quanto à gestão de pessoas. Há muitas organizações que hoje inovam neste aspecto, muitas delas na área de Tecnologia. Estar “ligado” com as novas formas de gestão é questão de sobrevivência. Para os jovens, estes pontos são fundamentais, além de desafiantes.
AGRH – Como você analisa sua trajetória em RH? Pesaram os anos e os segmentos em que você atuou?
Sara Behmer (SB) – Minha trajetória foi muito bacana. Sinceramente, nunca imaginei crescer tanto. Foi muito bom ter mudado de empresa várias vezes, pois tive a oportunidade de conhecer vários mercados.
Os CEOs e presidentes das organizações em que atuou serviram como inspiração para você e para o desenvolvimento de sua carreira em RH?
SB – Na minha carreira tive apenas dois CEOS muito interessantes e intrigantes, pois eram carismáticos e mobilizavam as pessoas com muita facilidade. Sempre estudei o comportamento dos líderes e busquei entender o que realmente fazia a diferença. Minha diversão era influenciar meus chefes e fazê-los ver o valor das pessoas nas empresas, cada vez que conseguia influenciar meu chefe, para mim era uma grande conquista.
Que conquistas foram importantes na sua vida profissional? Analisando pontos positivos e negativos, o que faltou para lhe dar mais alegria em atuar na Gestão de Pessoas?
SB – O mais importante foi entender de cultura organizacional. Isso devo a um professor na faculdade, o famoso Sigmar Malvezi, Esse conhecimento foi decisivo para o meu sucesso. Me faltou proficiência no idioma inglês, para defender meus pontos de vista com maior profundidade e eloquência. Sempre tive e tenho alegria em atuar na gestão de pessoas.
As tecnologias trouxeram uma revolução na vida das empresas e pessoas. Qual impacto que ela trouxe na vida de RH? E mais: como vê o futuro desta profissão no mercado?
SB – Sempre fiz uso das mais modernas tecnologias para facilitar minha vida. Adoro tecnologia, elas fazem tudo que é mecânico e repetitivo. O importante é pensar, criar, inovar, buscar soluções novas para problemas velhos…. isso a tecnologia não faz.
Você acredita que RH é um coach ou líder para sua equipe? Qual papel de transformação que ele é capaz de exercer em sua atuação na Gestão de Pessoas?
SB – Para mim o RH tem que ser um educador, ensinando e instalando humanidade nas organizações.
RH é utopia ou realidade nas organizações brasileiras?
SB – Dependendo de quem dirige o RH, pode ser uma realidade ou pode ser uma utopia. Existem líderes em RH com trabalhos belíssimos.
Que mensagem você daria aos jovens que querem atuar nesta área? E qual futuro você prevê para eles dentro das organizações?
SB – Quando iniciei minha carreira em RH, todos diziam que eu nunca teria futuro, pois era uma carreira sem utilidade. Pois bem, realizei feitos tão importantes que trabalhei em grandes multinacionais, participando de projetos na Europa, Ásia, Américas etc.
O futuro será brilhante desde que estes profissionais promovam a inteligência humana, por meio da qualidade das relações interpessoais e da construção de ambientes organizacionais que estimulem o bem-estar e as condições adequadas para a alta produtividade. Os resultados desse esforço serão magníficos, e o RH vai mostrar seu valor.
AGRH – Como você analisa sua trajetória em RH? Pesaram os anos e os segmentos em que você atuou?
Theunis Marinho (TM) – Caro Garrett, muito obrigado pela honra de nomear-me como um “notável do RH”, ainda mais sabendo, que temos inúmeros profissionais, que mereçam essa honraria.
Iniciei minha carreira em RH, ou melhor dizendo, no Departamento Pessoal, como arquivista do DP. Hoje, a nomenclatura correta seria office-boy, em 1965, aos 14 anos de idade, na empresa BIANCO & SAVINO – Indústria de Autopeças, no bairro do Pari, em São Paulo.
Após trabalhar por pouco mais de dois anos, dos 20 aos 22 anos de idade, no, já extinto, Grupo Financeiro HALLES, cheguei à Bayer S.A., no dia 1º de agosto de 1973, como assistente de Departamento Pessoal. Em 1º de janeiro de 1980, aos 29 anos de idade, assumi a direção de RH da Bayer S.A. – Brasil, como substituto do diretor, que estava retornando para a sua pátria, Alemanha. Sim, todos diretores da Bayer eram alemães, incluindo o de RH. Na época, mesmo já estando na Bayer há mais de seis anos, fui nomeado Gerente de Departamento Pessoal, pois meu presidente, Rolf Loechner, com a franqueza germânica, que adoro, disse-me: “Theunis, quero te dar as funções, mas não posso te nomear, imediatamente, como diretor, pois, para os alemães da casa matriz, você tem dois “defeitos”: é brasileiro e tem, apenas, 29 de idade. Se você aceitar, nestas condições, está decidido”. Claro que aceitei. Adorava a empresa e a cultura alemã, incluindo o “jogo aberto e franqueza germânica”. Seis anos mais tarde, em 1º de julho de 1985, fui nomeado diretor de Recursos Humanos, mas só mudou o cartão de visitas. Todo o resto, incluindo o salário, benefícios e as responsabilidade de um diretor, eu já tinha, desde o início.
Na sequência, fui convidado para entrar num programa de Job Rotation Internacional da empresa e, em 1º de agosto de 1986, fui transferido para a Bayer AG-Alemanha, como Gerente de Produtos, na Divisão de Agro-Química-Herbicidas. Meu contrato era de 2 anos (1986-1988). Lá cheguei com minha esposa, três filhas de sete, dez e onze anos de idade e com o nosso cão. Num intervalo de aproximadamente um ano, éramos oito brasileiros das mais diversas áreas da Bayer S.A. e suas respectivas famílias. Quis o destino e a política de RH da Bayer, que eu fosse transferido como Gerente Comercial regional Europa, Parte da Ásia e América Latina para a Divisão de Óxido de Ferro. Com isto, cancelei meu contrato de trabalho “brasileiro” e tornei-me um funcionário “alemão”. A previsão de dois anos de estada, acabaram virando 8,4 anos de estadia na Alemanha ou, como gosto de dizer, oito invernos.
Quando voltei para o Brasil, assumi a Diretoria Executiva de Finanças e Administração da Bayer S.A.- Brasil, que incluía as Áreas de Finanças, Suprimentos, Jurídica, TI, Contabilidade, RH e Relações Corporativas. Após dois anos nessa função, assumi a Presidência da Bayer Polímeros S.A., concomitantemente com a diretoria regional América Latina, da Área de Plásticos de Engenharia (polímeros) do Grupo Bayer.
Os CEOs e presidentes das organizações em que atuou serviram como inspiração para você e para o desenvolvimento de sua carreira em RH?
TM – Meus três maiores incentivadores: Rolf Loechner, ex-presidente da Bayer S.A., Knut Kleedehn, ex-diretor mundial da Divisão de Produtos Químicos e Inorgânicos da Bayer AG, e Eduardo Jacintho, gerente de administração e finanças da Hallesdata S.A. Engenharia de Sistemas.
Que conquistas foram importantes na sua vida profissional? Analisando pontos positivos e negativos, o que faltou para lhe dar mais alegria em atuar na Gestão de Pessoas?
TM – Nunca ter parado de estudar, dos sete anos de idade até hoje.
As tecnologias trouxeram uma revolução na vida das empresas e pessoas. Qual impacto que ela trouxe na vida de RH? E mais: como vê o futuro desta profissão no mercado?
TM – Acredito que, na forma atual, “O RH VAI ACABAR”. A Inteligência Artificial e os profissionais multidisciplinares serão os maiores aliados das equipes vencedoras de RH, que sairão na frente dos grandes desafios empresariais e humanos dos próximos tempos. Todos líderes das empresas, sejam das áreas administrativas, técnicas e comerciais terão que ser, também RHs.
Você acredita que RH é um coach ou líder para sua equipe? Qual papel de transformação que ele é capaz de exercer em sua atuação na Gestão de Pessoas?
TM – Acredito que, cada vez mais, as principais funções de RH deveriam ser exercidas, temporariamente, em programas de job rotation, por “executivos das operações”, no seu programa de desenvolvimento, para tornarem-se um CEO de sucesso
RH é utopia ou realidade nas organizações brasileiras?
TM – Tem RHs que a “ficha ainda não caiu” que, como no futebol, ele é um dos onze, que está em campo e que a sua importante posição é a da camisa 5. Ou seja, o meio campo que defende, ataca e passa a bola para o camisa 10, presidente, fazer gol. Ele é corresponsável, tanto pelas vitórias, como pelas derrotas do time. Ele dá a volta olímpica segurança a taça com a equipe ou assume a derrota como um dos onze.
Que mensagem você daria aos jovens que querem atuar nesta área? E qual futuro você prevê para eles dentro das organizações?
TM – Por mais que a Inteligência Artificial venha agilizar o desenvolvimento da Tecnologia e desejada evolução civilizatória, cada vez mais, o ser humano será o centro dos problemas e das soluções para a sustentabilidade do planeta e existência da raça humana.
AGRH – Como você analisa sua trajetória em RH? Pesaram os anos e os segmentos em que você atuou?
Veronika Falconer (VF) – São por enquanto 27 anos de muitos desafios e de muitas realizações, sendo 15 como Diretora de RH. Mas sempre com a certeza de que eu estava na área certa, me sentindo a cada dia convidada a dar o meu melhor no fortalecimento cultural das empresas pelas quais passei, e agregando valor nas vidas dos colaboradores. Pois para mim este equilíbrio sempre foi muito claro: pessoas que se sentem valorizadas e respeitadas naturalmente trabalham em sua melhor versão. O engajamento e a produtividade caminham juntos, sempre!
Os CEOs e presidentes das organizações em que atuou serviram como inspiração para você e para o desenvolvimento de sua carreira em RH?
VF – Sem dúvida. Foram todos líderes inspiradores, que me fizeram sempre crescer como pessoa e profissional. Nesta minha missão de me aprimorar a cada dia e sempre buscar a excelência, sinto que pude aprender muito com cada liderança, da mesma forma que sei que deixei um pouco de mim por cada lugar em que passei!
Que conquistas foram importantes na sua vida profissional? Analisando pontos positivos e negativos, o que faltou para lhe dar mais alegria em atuar na Gestão de Pessoas?
VF – Sempre gostei de trazer inovação e iniciativas de impacto que agregassem valor para a empresa e para os colaboradores. Seja integração bem-sucedida entre empresas, sejam programas de desenvolvimento como mentoring e job rotations, benefícios flexíveis, programas de diversidade e de equilíbrio emocional. São todos temas pelos quais me apaixono, e que me energizam ao perceber o impacto positivo na vida das pessoas.
As tecnologias trouxeram uma revolução na vida das empresas e pessoas. Qual impacto que ela trouxe na vida de RH? E mais: como vê o futuro desta profissão no mercado?
VF – Sempre gostei de mudanças e transformações. Cada uma delas, mesmo que se configure como uma crise, traz oportunidades e a possibilidade de fazermos coisas diferentes, pensar fora da caixa. A pandemia, por exemplo, criou a possibilidade de trazermos a questão de saúde mental e equilíbrio emocional de uma forma que nunca havia sido possível, e as empresas estão percebendo mais do que nunca a importância de tratar cada indivíduo como se fosse único, e aprendendo a respeitar diferenças e necessidades individuais. Neste sentido, estamos tendo um ganho e um crescimento humanizado muito relevante.
Você acredita que RH é um coach ou líder para sua equipe? Qual papel de transformação que ele é capaz de exercer em sua atuação na Gestão de Pessoas?
VF – Sempre. E na verdade, isso se aplica a todos os níveis dentro do RH. Sempre aprendi muito com meus analistas e estagiários! E percebo que mesmo nas coisas mais simples estamos ajudando a formar e desenvolver nossas equipes. A interação, proximidade e troca de opiniões amplia a competência de todo o time, inclusive a do próprio líder.
RH é utopia ou realidade nas organizações brasileiras?
VF – Eu diria que não é uma função homogênea, e não temos um perfil homogêneo de RH. Mas esta é parte da beleza desta carreira! O que é muito importante é que cada profissional se identifique com o desafio e com a empresa na qual escolheu trabalhar, e vice-versa. E mesmo esta química muda ao longo do tempo, são ciclos que precisam ser observados.
Que mensagem você daria aos jovens que querem atuar nesta área? E qual futuro você prevê para eles dentro das organizações?
VF – Dê o seu melhor a cada dia. A excelência do que você faz hoje vai criando os caminhos para o futuro. Mas, sempre, a todo momento, tenha em mente o que você valoriza. Pois, esta clareza nos ajuda na tomada de decisão sempre, seja ela qual for.
AGRH – Como você analisa sua trajetória em RH? Pesaram os anos e os segmentos em que você atuou?
Vicente Teixeira (VT) – “RH#1 – RH GLOBAL”. Tive oportunidades e experiências ricas e desafiadoras! Trabalhei em empresas que sempre foram líderes no seu segmento de negócios e líderes em Gestão de Pessoas.
Citibank no Brasil – setor financeiro, foi minha primeira e grande escola em RH . Atuei como Vice-Presidente de RH e fui Diretor do Grupo de RH na FEBRABAN.
Atuei nas duas grandes potências globais do mundo Químico. Iniciei na Union Carbide e depois na Dow Química, que se juntaram. Atuei como VP de RH e Comunicação Corporativa e Relações Públicas para América Latina, foram minhas experiências como RH Regional.
Todas, escolas de primeira linha, em Gestão de Pessoas!
Finalmente, a Bunge, uma das maiores empresas de Agribusiness no mundo! Na Bunge, como RH Global, foi a oportunidade de aprender ainda mais, e aplicar o que aprendi globalmente. Assim, completei minha carreira corporativa: no mais alto posto que um profissional de RH pode desejar. São poucos os RHs que tem a oportunidade que eu tive, de ser o RH#1, ser um “RH Global”.
Claro que trabalhei muito! E sem dúvida , tive comigo equipes, pares, líderes e chefes, Presidentes e CEOs, com os quais pude contar e aprender ao longo desta minha jornada. Agradeço a todos que me ajudaram e fizeram parte desta minha história.
Os CEOs e presidentes das organizações em que atuou serviram como inspiração para você e para o desenvolvimento de sua carreira em RH?
VT – Foram muitos os Presidentes e CEOs com os quais tive contato e trabalhei. Cada um deu sua contribuição para meu desenvolvimento e carreira. Em meus mais de 40 anos em RH, a oportunidade de ser parceiro e apoiá-los, sempre trouxe surpresas positivas; e uma boa “dose” de desafio pessoal. Eu sempre considerei os CEOs e Presidentes como se fossem Pilotos de um Avião, e eu, o RH, como seu Copiloto para todas as situações. Aprendemos muito juntos. Aprendi com líderes de sucesso, mas em especial, com aqueles que pensavam diferente de mim e me desafiavam todos os dias.
Que conquistas foram importantes na sua vida profissional? Analisando pontos positivos e negativos, o que faltou para lhe dar mais alegria em atuar na Gestão de Pessoas?
VT – Todas as conquistas foram importantes! Cada uma representou maior crescimento profissional e me ajudou a desenvolver minhas competências, ser mais confiante, mais humano, mais certo dos meus valores, convicto de que eu era o verdadeiro arquiteto do meu futuro, e da minha vida pessoal. As minhas escolhas, as dificuldades, os desafios, conquistas e fracassos, me ensinaram a estar mais preparado para ter coragem, e tentar coisas novas, para “cair e levantar”, para dizer sim e não pra todos, quando apropriado. Desenvolvi minha coragem, “sempre me candidatando para participar e ser o líder de projetos piloto, de novos projetos” ! Assim, aprendi a lidar melhor com riscos e oportunidades.
As tecnologias trouxeram uma revolução na vida das empresas e pessoas. Qual impacto que ela trouxe na vida de RH? E mais: como vê o futuro desta profissão no mercado?
VT – Nossa! Se eu tivesse toda esta tecnologia de hoje quando comecei em 1972, teria inovado o RH, muito mais, e mais rápido. A Tecnologia, se bem usada, aumenta o “tempo útil” dos RHs. Com mais “tempo útil”, os RHs podem focar no que é importante, no que adiciona valor para a empresa, na sua contribuição direta para o desenvolvimento das pessoas e nos resultados dos Negócios. É preciso usar a tecnologia para identificar, reduzir e eliminar o “tempo inútil” de RH, aquele cujas atividades têm pouca importância, contribuição que não traz impacto relevante e de pouco valor para RH e o próprio negócio .
RH tem que ser 100% Negócio, com 100% de foco nas pessoas, pra conseguir ser o 100% diferencial de uma empresa de sucesso e de resultados excepcionais, quando comparado às outras.
Você acredita que RH é um coach ou líder para sua equipe? Qual papel de transformação que ele é capaz de exercer em sua atuação na Gestão de Pessoas?
VT – Olha, é preciso tomar cuidado sobre RH ser um “coach” dentro das empresas. É perigoso, nos dias de hoje, confundir o verdadeiro “coach” com a ideia do RH ser a “baba” de profissionais, líderes e executivos dentro das empresas. Acredito que RH tem que atuar como líder, influenciar na estratégia da empresa, e ser ativo condutor e orientador das pessoas em relação aos objetivos de negócios da empresa. Alinhar as pessoas, de todos os níveis, buscando o atingimento de resultados crescentes. Assim, deve desenvolver as pessoas nesta direção. Trocar aquelas que não conseguem atingir o nível de desempenho desejado. “olhar para o negócio como pessoas e olhar para as pessoas como um negócio”. A busca continua desta harmonia é o desafio dos RHs. Estes serão os RHs do futuro. Credibilidade como líder e Competência são partes do básico necessário pra chegar lá.
RH é utopia ou realidade nas organizações brasileiras?
VT – É preciso ter claro que quem faz ser realidade ou utopia são os próprios RHs das empresas. Não dá mais pra ser “RH romântico” e muitas vezes requer um “RH pragmático”. Tem que ter muita habilidade para lidar com gente, ser humano, ganhar credibilidade, ser confiável… assumir o papel de líder e ter coragem. Precisam, entender muito do negócio da empresa. Mostrar claramente sua contribuição para os resultados. Acredito que criatividade, credibilidade, confiança, competência e coragem; este conjunto de Cs fizeram a diferença, todo o tempo, em minha vida profissional.
Que mensagem você daria aos jovens que querem atuar nesta área? E qual futuro você prevê para eles dentro das organizações?
VT – Gestão de Pessoas é o futuro das posições de liderança. Conhecer RH é um bom caminho para se tornar um grande líder. Conheço Presidentes e CEOS que tiveram que passar por RH para chegar aonde chegaram. E conheço RHs que se tornaram Presidentes de empresas por terem adquirido uma excepcional habilidade nos negócios, na liderança de equipes e pessoas, na busca de resultados e na construção continua de uma empresa melhor.
AGRH – Como você analisa sua trajetória em RH? Pesaram os anos e os segmentos em que você atuou?
Wagner Brunini (WB) – Comecei minha carreira em RH em Outubro de 1968 como mensageiro, ou seja, entregador de correspondências internas (office boy) na Ford.
Nesta empresa, trabalhei por 11 anos. Depois, mais quatro anos na Henkel e finalmente, 32 anos na BASF, quando sai por aposentadoria, depois de exercer pelos últimos dez anos a função de Vice-Presidente de RH para a América do Sul.
Não foram anos, mas, sim, décadas que pesaram muito na minha trajetória de office boy a Vice-Presidente!
Em toda a minha vida profissional, passei por quase todas as áreas/segmentos de RH. Aprendi fazendo!
Os CEOs e presidentes das organizações em que atuou serviram como inspiração para você e para o desenvolvimento de sua carreira em RH?
WB – De maneira geral, meus líderes serviram, positiva ou negativamente, como referência em que e quem eu deveria me inspirar para o meu desenvolvimento profissional.
Segui o que positivamente me inspirou e tentei não fazer o que negativamente me decepcionou. Acho que mais acertei do que errei!
Que conquistas foram importantes na sua vida profissional? Analisando pontos positivos e negativos, o que faltou para lhe dar mais alegria em atuar na Gestão de Pessoas?
WB – Meu maior legado na minha vida profissional é a certeza de ter, em minha equipe, formado grandes líderes, inclusive meu sucessor.
Para fazer Gestão de Pessoas, você precisa (é mandatório!), gostar de pessoas e sentir alegria. Os poucos pontos negativos foram superados e esquecidos!
As tecnologias trouxeram uma revolução na vida das empresas e pessoas. Qual impacto que ela trouxe na vida de RH? E mais: como vê o futuro desta profissão no mercado?
WB – Como em tudo na vida, a Tecnologia impactou e continuará impactando a vida de RH. Contudo, diferente do que alguns “futurólogos” afirmam, vejo que o desenvolvimento, fruto da tecnologia, desafiará ainda mais e exigirá excelentes profissionais de RH! Gente cuidando de Gente!
Você acredita que RH é um coach ou líder para sua equipe? Qual papel de transformação que ele é capaz de exercer em sua atuação na Gestão de Pessoas?
WB – Se bem entendi a pergunta, o Líder deve ser sempre ponto de referência para sua equipe.
Servir de exemplo e inspiração, é mandatório para os bons resultados para e com a equipe.
RH é utopia ou realidade nas organizações brasileiras?
WB – “Tem para todos os gostos”!
Por ter conhecido Gestão de Pessoas não só no Brasil, posso afirmar que não é exclusividade das organizações brasileiras.
Transformar Gestão de Pessoas em positiva realidade nas organizações passa muito pelo desafio que os profissionais de RH se deparam no dia a dia nas empresas.
Ser o agente de transformação, de plateia a ator, de passageiro a piloto é o que se espera de RH. PROTAGONISMO!!!
Que mensagem você daria aos jovens que querem atuar nesta área? E qual futuro você prevê para eles dentro das organizações?
WB – Agarre com todas as forças as oportunidades que aparecerão em sua carreira. E são muitas!
Tenha coragem, no sentido lato, de enfrentá-las.
Paciência, insistência e persistência… subir na carreira depende de competência e oportunidade.
Estabeleça o seu Plano de Carreira. Você é responsável pelo seu desenvolvimento.
Tenha sempre o gosto de “quero mais”!!!!!
Conheça as práticas de RH do mercado. Troque experiências com seu pares. Participe de grupos, associações e eventos. Alimente sempre sua Rede de Relacionamento!
AGRH – Como você analisa sua trajetória em RH? Pesaram os anos e os segmentos em que você atuou?
Walter Sigollo (WS) – Minha carreira teve início como aprendiz no Departamento Pessoal de uma empresa de metalurgia. Auxiliava na elaboração da folha de pagamento, cartão de ponto, registros fiscais e legais, entre outros. Sempre tive muita paixão pela área, principalmente pela oportunidade de estar constantemente observando e aprendendo com as pessoas. Isso me deu um crescimento e desenvolvimento amplo na carreira de RH. Uma das áreas técnicas, na época, era administração salarial, em que passei um bom tempo como analista, coordenador e gerente.
Como Executivo, lembro que as negociações coletivas eram bastante complexas, negociando com diversos sindicatos ao mesmo tempo. Durante a minha carreira, procurei exercitar a empatia, flexibilidade e mentalidade corporativa. Acredito que sou uma pessoa melhor hoje por ter tido essa chance.
O trabalho em si, sempre foi uma satisfação e ainda, desde jovem, já tinha uma participação ativa na Associação Brasileira de Recursos Humanos, na época, APARH. Naqueles anos, aprendi muito com os dirigentes da instituição, os quais eram grandes executivos de empresas do mercado. Anos depois, contribui como Diretor e Presidente da ABRH-SP, Vice-Presidente da Nacional, Membro e Coordenador do Grupo Diógenes, Vice e Presidente do Conselho Regional de Administração de São Paulo, onde, junto com excelentes profissionais, pude dar o meu melhor.
Os CEOs e presidentes das organizações em que atuou serviram como inspiração para você e para o desenvolvimento de sua carreira em RH?
WS – Com certeza. Tive o privilégio de trabalhar com grandes mentes e líderes desafiadores. Cada qual com seu estilo de liderança e modo de trabalho, mas todos eles com papel fundamental para o desenvolvimento do profissional que sou hoje. Com o tempo, todos nós encontramos nosso caminho, mas jamais perdemos de vista àqueles que se tornaram nossos exemplos.
Que conquistas foram importantes na sua vida profissional? Analisando pontos positivos e negativos, o que faltou para lhe dar mais alegria em atuar na Gestão de Pessoas?
WS – A principal conquista está no sorriso das pessoas com quem trabalhei. Não existe nenhum prêmio ou outro reconhecimento que seja mais importante do que isso. Acredito que eu pude fazer alguma diferença na vida de muitos colaboradores, ao longo de todos esses anos. Pude ouvi-los e contribuir para que formassem conceitos globais como dedicação, orgulho e gratidão, como as que tenho. Mesmo os pontos negativos da minha trajetória se tornaram valiosos aprendizados. Por isso, meu sentimento atual é de realização. Claro que, ainda hoje, conduzindo uma Fundação Previdenciária, tenho demandas com relação à Gestão de Pessoas e fico feliz que a minha vivência possa acrescentar no aprendizado da equipe.
As tecnologias trouxeram uma revolução na vida das empresas e pessoas. Qual impacto que ela trouxe na vida de RH? E mais: como vê o futuro desta profissão no mercado?
WS – A Tecnologia é algo impossível de se ignorar. É um imenso ganho para a nossa sociedade e trouxe inúmeras contribuições na Gestão de Pessoas, em relação a produtividade, agilidade e controle. Porém, é importante entender que nesta nossa área, ela nunca será tudo. Ela não pode ser tudo. As relações humanas são fundamentais para o RH e jamais poderão ser substituídas por um computador ou por um robô. A nossa inteligência emocional e criatividade são o coração e o cérebro do RH, mesmo quando a tecnologia for seus braços e pernas. Vale destacar que se por um lado a tecnologia agilizou e simplificou processos, por outro, trouxe um significativo ajuste, em todos os sentidos, para os colaboradores das empresas, incluindo a urgência de atualização dos profissionais de RH e o enfrentamento de novos desafios.
Você acredita que RH é um coach ou líder para sua equipe? Qual papel de transformação que ele é capaz de exercer em sua atuação na Gestão de Pessoas?
WS – Sim, dentro e, por vezes, até fora da empresa também. O RH acolhe e assegura aos empregados direitos iguais, respeito aos regimentos, estímulo ao engajamento e desenvolvimento pessoal e profissional. É um mediador entre a empresa, os líderes e as equipes e, também, um facilitador em diversas áreas da vida das pessoas. Você não consegue separar o colaborador da pessoa. Um bom RH, certamente, pode transformar vidas.
RH é utopia ou realidade nas organizações brasileiras?
WS – Creio que por mais que façamos, outras ou mais necessidades surgirão. Em poucos anos, a área esteve envolvida em muitas transformações, como a informatização, terceirização, certificações de qualidade, avaliações de competência e desempenho, universidade corporativa e, agora, o home office, apenas para citar algumas. Porém, as pessoas sempre estarão lá e alguém terá que ajudá-las para seu desenvolvimento e reconhecimento do seu trabalho e, mais do que isso, para que possam encontrar a felicidade naquilo que fazem.
Que mensagem você daria aos jovens que querem atuar nesta área? E qual futuro você prevê para eles dentro das organizações?
WS – Minha dica é: tenha real interesse pelas pessoas. Encante-se por conhecê-las, troque com elas. Participe de todos os grupos que lhe convidarem. Ensine o que você sabe e sempre queira aprender algo novo. O seu desenvolvimento depende de muita atualização, sim, mas depende ainda mais do seu conhecimento do capital humano e da sua coragem em exercer a sua missão.