IA tem que operar de forma propositiva para continuar evoluindo, destacam líderes em evento da keeggo

Debates sobre inteligência artificial marcaram celebração de 30 anos da consultoria de tecnologia, com participação de Rachel Maia, Nina Silva, Marcos Cavagnoli, entre outros.

A keeggo, consultoria de tecnologia, comemorou seu trigésimo aniversário em evento realizado nesta semana, em São Paulo. A ocasião reuniu executivos influentes para proporcionar uma imersão na linha do tempo da empresa e do setor de TI nos últimos 30 anos. Foram homenageados parceiros como Caixa Econômica, Santander, Cielo e OpenText, além da apresentação do novo posicionamento e identidade visual da marca. 

“Ao longo desses 30 anos, nossa jornada foi marcada pelo compromisso inabalável com inovação e excelência. Com orgulho, apresentamos a nova era da keeggo, com um portfólio renovado que integra ainda mais especialidades. Seguiremos buscando a evolução, de dentro para fora e de fora para dentro, para impulsionar empresas em direção a novas conquistas”, destacou Vitor Roma, CEO da keeggo.

Um dos pontos altos do evento foi o painel “Construindo o Amanhã: Inovações Tecnológicas que Moldarão o Mercado”, mediado por Rachel Maia, conselheira do Pacto Global da ONU e primeira CEO negra do Brasil. Especialistas debateram tendências e perspectivas da inteligência artificial (IA) em diferentes setores da economia, do agronegócio ao mercado de trabalho.

“Em um mundo em constante evolução, impulsionado pela inovação e tecnologia, é essencial explorarmos e compreendermos as tendências que estão moldando o nosso amanhã. A ideia é plantarmos uma semente com a esperança de que seja cultivada por cada um e que traga frutos valiosos aos negócios e à sociedade”, comentou Rachel Maia.

Principais insights do painel:

Oportunidades 

“Empresas estão utilizando a IA no sentido mais deep tech – como uma que agrega imagens de satélite com dados históricos e consegue prever que a safra do ano vai ser de X toneladas –  até aquelas que vendem produtos alimentícios na internet e criam fotos de produtos com auxílio da IA”, apontou Alexandre Stephan, Partner da SP Ventures, empresa de fundo de investimento inicial para AgTech e Food Tech na América Latina.

 

“No entretenimento, a IA ajuda o produtor a entender o comportamento do consumidor por meio de dados. Conseguimos prever qual tipo de cardápio oferecer para as pessoas, a quantidade de produtos que serão vendidos, etc. Não só na operação de alimentos e bebidas, já chegamos a trocar o horário de artista do Rock in Rio com base em relatório de BI”, exemplificou Bruno Lindoso, fundador e CEO internacional da Zigpay, fintech brasileira especializada em tecnologia para meios de pagamento no setor de eventos.

 

Ética e inclusão

O PIB brasileiro é movimentado pelas pequenas e médias empresas, e a inteligência artificial é aceleradora desses negócios, destacou Nina Silva, CEO do D’Black Bank e líder do Movimento Black Money: “Para mim, o governo pode iniciar trabalhando em regulamentação. É necessário regular sem burocratizar”, acrescentou.

“A IA é um movimento de inclusão, que coloca todos no mesmo patamar. Estamos vivendo a primeira onda com o uso de ferramentas como o Chat GPT. Depois virá o tsunami. Muito se fala, mas pouco se capacita e aprofunda. No sentido de capacitação, isso pode transformar e incluir muita gente”, afirmou Fábio Neto, Partner e CSO da StartSe, escola internacional de negócios para empreendedores na América Latina. 

“A responsabilidade social é extremamente alta. A IA é, por enquanto, uma criança. Mas ela vai ficar adolescente e adulta. E o que você faz enquanto criança é o que vai colher depois”, destacou Marcos Cavagnoli, Diretor de Fluxo de Pagamentos no Itaú Unibanco.

Mercado de trabalho

Pesquisas nos Estados Unidos revelam que 10% dos empregos dos americanos serão diretamente tirados por IA em dois anos, isso em um país cuja qualificação média é mais alta do que do Brasil – alertou Cavagnoli, que completou: “Teremos que requalificar profissionais, não só para uso da IA, mas para outras coisas que não terão mais sentido a partir do momento que a IA passar a fazê-las. Isso aconteceu cem anos atrás, na era Henry Ford, a diferença é que não precisa de cem anos para a IA”.

“O quanto a parte humana vai ser valorizada no mundo em que a Inteligência Artificial vai começar a ter tanto espaço? As profissões ligadas a cuidar do ser humano, liderar, inspirar, ensinar, provavelmente serão muito difíceis de uma IA tocar”, ponderou o executivo.

Futuro da IA e desenvolvimento sustentável

“Não vai adiantar o líder ser o ‘guru de IA’ se bater 80 graus no Rio de Janeiro”, disse Nina Silva, que acrescentou: “Todo mundo precisa estar na mesa discutindo e agindo, senão não tem como entender o que acontece na fazenda ou na comunidade de Paraisópolis, por exemplo. Como esses dados estão sendo trabalhados para que ele não vire um ativo, simplesmente? Eu já sei qual é o comportamento do consumidor, então eu volto à revolução industrial da massificação. Isso não é sustentável. Quando a próxima geração perguntar o que nós fizemos, talvez essa nova geração nem exista para perguntar”.

“O desenvolvimento sustentável tem hoje uma força maior do que em outras revoluções industriais. É mais fácil ter acesso a informação. É um jogo longe de ser ganho, mas a geração atual tem condição de fazer a coisa certa. Não podemos chegar no futuro e falar ‘não sabia que isso causaria desemprego’ ou ‘não sabia que teríamos problema de poluição’. Você pode escolher ignorar, mas você tem a informação”, disse Cavagnoli.

“O Brasil tem que estar como spoken person nas mesas de discussões globais. A inteligência artificial tem que operar de forma positiva e propositiva para que a gente possa continuar evoluindo. Uma evolução que nos traga benefício, não só para a ponta da pirâmide, mas para todos os layers – essa pirâmide que, muitas vezes, foi injusta com os menos favorecidos”, finalizou Rachel Maia.

O painel “Construindo o Amanhã: Inovações Tecnológicas que Moldarão o Mercado”, marcou o novo posicionamento da keeggo no mercado: impulsionar negócios através da transformação digital. 

“Estamos orgulhosos da jornada até aqui e prontos para mais décadas de inovação. Nosso desejo é subir a régua, indo além do óbvio e do comum. Além do que uma consultoria de tecnologia faz, com foco em impulsionar novas conquistas”, afirmou o CEO Vitor Roma.

 

Sobre a keeggo

Há 30 anos, a keeggo é uma consultoria de tecnologia especializada em impulsionar a transformação digital de negócios por meio de soluções personalizadas em: Engenharia de Qualidade, Cibersegurança e Privacidade, Cloud & DevOp, Ciência de Dados, Inteligência Artificial e Desenvolvimento de Produtos. A keeggo tem o desejo constante de ir além e através da combinação entre tecnologia e olhar crítico, conduz negócios em direção à novas conquistas.

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