Grumpy Staying: termo remete à nova onda de insatisfação no mundo corporativo nos EUA

Grumpy Staying: termo remete à nova onda de insatisfação no mundo corporativo nos EUA 
 
A especialista em carreira, Patricia Y. Agopian, comenta movimento e o que as empresas brasileiras podem fazer quando notarem os primeiros sinais no time
 
Durante a pandemia de Covid-19 aconteceram diversas transformações na cultura corporativa de todo o mundo. Uma delas foi o “quiet quitting”, que é a diminuição do engajamento e da produtividade do colaborador, sem uma declaração explícita de demissão. Segundo o relatório State of the Global Workplace de 2023 da Gallup, que pesquisou 122.416 trabalhadores em todo o mundo, descobriu-se que 59% dos funcionários aderiram ao “quiet quitting” em 2023. Atualmente, o mercado de trabalho americano passa por uma nova onda de insatisfação em ambientes profissionais, o chamado “grumpy staying”. O termo refere-se a um movimento recente de funcionários que permanecem em seus empregos, mas não escondem suas reclamações, seja pelo modelo de trabalho, remuneração ou até pela forma de gestão. Para a especialista em carreira, Patricia Y. Agopian, as empresas precisam manter um canal de comunicação aberto e direto para identificar esses problemas.

 A especialista ressalta o papel do líder no mundo corporativo, principalmente, para administrar esses comportamentos, seja “quiet quitting” ou “grumpy staying”. “A responsabilidade do líder é identificar os motivadores de cada liderado e não permitir que essa insatisfação ou reclamação fique ecoando na empresa. É claro que o RH da empresa precisa estar presente para fazer o trabalho junto à liderança. Além disso, manter a comunicação aberta, promover oportunidades de desenvolvimento, elogiar suas contribuições, oferecer recompensas, possibilitar um equilíbrio saudável entre trabalho e vida pessoal, criar conexões com o time e dar feedback contínuos são algumas das ações que podem ser feitas para evitar um “grumpy staying” na equipe”, diz a CEO da Bússola Executiva, escola on-line para aceleração de carreira.

 Já do ponto de vista dos funcionários, Patricia sugere uma mudança de posicionamento. “O profissional tem a opção de escolher ficar reclamando ou procurar o líder para falar o que pode ser melhorado e ajudar na trasformação da empresa. É isso que faz as empresas melhorarem, esse posicionamento que vai contribuir para o crescimento da carreira do colaborador, para que ele se torne um profissional bem visto e não alguém que só reclama. As organizações promovem quem contribui e não aqueles que só se queixam”, pontua.

 Uma prova que a insatisfação profissional permeia o mundo todo foi a pesquisa encomendada pelo Linkedin, realizada no final de 2022, com quase 23 mil trabalhadores, acima de 18 anos, nos Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, França, India, Cingapura, Holanda, Austrália, Mexico, Irlanda, Epanha, Itália, Japão, Emirados Árabes, Suécia e Brasil. O levantamento apontou que 60% dos profissionais pensavam em mudar de emprego e 20% já haviam começado uma busca ativa por outra oportunidade. De acordo com o estudo, a busca por um novo emprego, deviso a insatisfação, faz parte de todas as gerações, embora seja impulsionada principalmente pela geração Z.

 Sobre Patrícia Y. Agopian:

Patrícia é referência como especialista em formação de carreira executiva, alta performance e em aceleração da jornada profissional. Com mais de 20 anos de atuação no mundo corporativo, já teve passagem por grandes empresas, como C&A, Centauro e Etna. Hoje, como CEO e fundadora à frente da escola on-line Bússola Executiva, já formou mais de 2.600 alunos que almejam um cargo em uma cadeira executiva. Com MBA em Gestão de Negócios pelo Ibmec, atua como palestrante e mentora de executivos e profissionais em busca ou que ocupam cargos de liderança.

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