Organizado pelo Instituto Capitalismo Consciente Brasil, o evento teve a abertura com Lisa M. Coleman, e encerramento com Fábio Barbosa, entre outros executivos para discutir as principais questões de executivos C-level e empreendedores.
Celebrando 10 anos de operação no país, o Instituto Capitalismo Consciente Brasil (ICCB) promoveu o III Fórum Brasileiro do Capitalismo Consciente, no último dia 20 de setembro, na Amcham Brasil Business Center, em São Paulo. Com 10 horas de duração e mais de 450 ingressos vendidos, o fórum que teve como tema “Capitalismo Consciente: Da Intenção para a Ação” gerou debates e reflexões sobre temas sensíveis da sociedade, como a fome no Brasil e a importância da Diversidade e Inclusão em todas as organizações, sempre em torno das temáticas do Capitalismo Consciente apresentando cases de sucesso, mas também de falhas.
O fórum, que voltou à modalidade presencial após o período pandêmico, com uma audiência seleta, contou com a participação de grandes lideranças nacionais e internacionais. “Ficamos muito felizes em dizer que a terceira edição do fórum brasileiro do Capitalismo Consciente foi um verdadeiro sucesso! Toda a nossa audiência mostrou muito entusiasmo e desde de lá estamos recebendo elogios sobre tudo o que aconteceu. O salão estava cheio o tempo todo, e os nossos palestrantes foram muito bem recebidos, sempre com muitos aplausos. As pessoas estavam realmente envolvidas e compartilharam o quanto gostaram e aproveitaram o conteúdo de valor que apresentamos durante todo o dia”, conta Daniela Garcia, CEO do Instituto Capitalismo Consciente Brasil.
A palestra de abertura ficou por conta de Lisa M. Coleman, primeira vice-presidente sênior da Universidade de Nova Iorque (NYU) para a inclusão global e inovação estratégica, que teve como foco levar o público presente a como reimaginar a inovação pelo viés da diferença internacional. De acordo com Coleman, as disparidades sociais como preconceito e desigualdade impactam para que as mudanças ocorram, e, com isso, incidem na inovação.
“É necessário que haja uma união de toda a sociedade, gerações, corporações e setores, é necessário sair dos isolamentos que se encontram e passarem a se comunicar, pois só assim poderemos solucionar e atingir as metas propostas”, apontou Coleman durante a sua participação.
Após a palestra da vice-presidente sênior da Universidade de Nova Iorque (NYU) para a inclusão global e inovação estratégica, aconteceu o painel “Não é porque é grande que é fácil – o caminho dos negócios conscientes”, que teve como painelistas Edvaldo Vieira, Conselheiro e Gestor da área da Saúde, Andrea Rolim, primeira mulher a ocupar a presidência da Kimberly-Clark Brasil e Fernando Modé, CEO do Grupo Boticário. Durante o painel as lideranças citaram exemplos e experiências que enfrentaram em sua trajetória profissional, e, também, como vivenciaram os desafios para implementar a temática de negócios conscientes em grandes empresas do mercado.
Dando continuidade às discussões, o painel “Empreendedorismo de impacto: A beleza da transformação” reuniu a jornalista Nyle Ferrari, jornalista e criadora de conteúdo digital, que tem como foco negócios conscientes, veganos e sustentáveis, Daniele da Mata, da DaMata makeup, e Patrícia Camargo De Divitiis, da CARE Natural Beauty. As profissionais expuseram as suas atuações no mercado de beleza e tiraram dúvidas da plateia de como essa indústria é importante para incentivar a diversidade e sustentabilidade para a população.
Após uma pausa para o almoço, o painel “Como pagar essa conta? A visão do mercado financeiro junto ao capitalismo consciente”, representou um dos momentos mais importantes e envolventes para o público ao apresentar as diferentes visões sobre o capitalismo. Mediados por Thais Lopes, CEO e Fundadora da Mães Negras do Brasil, os painelistas Renato Eid, líder de estratégias beta & investimento responsável na Itaú Asset, Vanessa Reisner, Diretora do Programa Avançado em ESG do Women in Innovation Brazil e Alan Soares, fundador do movimento Black Money, comentaram sobre o papel do mercado financeiro na mudança do sistema, e levantaram o debate se o capitalismo, enquanto sistema econômico, pode ser de fato consciente.
Outro ponto alto do III Fórum Brasileiro do Capitalismo Consciente ficou por conta do painel “Comida de impacto”, que teve como tema um dos maiores reflexos da desigualdade social: a fome. Mediado por Grazi Mendes, especialista em Diversidade e Inclusão, o CEO da Dengo, Estevan Sartoreli, e o Chef Edson Leite, Gestor de Novos Negócios da Gastronomia Periférica, trouxeram um pouco da realidade e de medidas que podem ser adotadas para uma cadeia sustentável de alimentação. “A discussão tem de ser em busca de apoiar a pessoa que não sabe o que vai comer durante o dia, para aí sim, passarmos a pensar em como essa mesma pessoa pode se empenhar em possuir uma alimentação mais saudável”, alertou Edson Leite durante o painel.
Seguindo com a programação, o painel “Governanças aliadas ao capitalismo consciente com caminhos e estratégias” discutiu a Diversidade e Inclusão nas empresas e como o tema vem sendo amplamente discutido em diferentes espaços, seja presencialmente ou no universo digital. Porém, as painelistas Gabriela Baumgart, Presidente do Conselho do IBGC e conselheira, Elizabete Scheibmayr, líder do comitê de Igualdade Racial do Grupo Mulheres do Brasil e Marcia Rocha, co-fundadora da TransEmpregos, apontaram como o tema ainda segue sendo pouco discutido sob o papel da governança corporativa, principalmente na promoção da igualdade de oportunidades e do respeito à diversidade de gênero, raça, orientação sexual, entre outros aspectos.
Olhando para o futuro e para as metas que a sociedade precisa alcançar, Andrea Bisker da Spark:off apresentou tendências sustentáveis que podem inspirar e nortear as empresas para iniciativas mais conscientes. Além da palestra, a especialista ainda encabeçou uma dinâmica com o público, fazendo cada mesa passar por um processo de troca e absorção do conteúdo apresentado durante todo o evento.
O público ainda contou com uma palestra inspiradora de Fábio Barbosa, CEO da Natura&Co, falando sobre a importância do propósito e da sustentabilidade nas corporações. Durante a sua apresentação, o executivo apontou que o investimento em movimentos sustentáveis, agenda ESG, Diversidade, Equidade e Inclusão, são iniciativas mais do que necessárias nos dias atuais a serem feitas por corporações e empresas, independente do porte. “Os tempos mudaram, e a geração de hoje não quer saber somente da lucratividade, e sim, sobre como a sua empresa está transformando ou ajudando a comunidade a se desenvolver”, indicou Barbosa.
Fechando o evento, Hugo Bethlem, presidente do Instituto Capitalismo Consciente Brasil, levou uma mensagem potente para o público, que esteve presente de forma massiva até o último minuto do evento. “Temos que ter esperança, que consiste em visualizar o futuro sem desprezar a inevitabilidade dos desafios, antecipar os obstáculos e trabalhar para removê-los. Não sabemos o que vai acontecer no futuro, mas devemos agir e não simplesmente esperar”, finalizou o chairman.
Hugo Bethlem, Presidente do ICCB Créditos: Divulgação |
Confira os melhores momentos do III Fórum Brasileiro do Capitalismo Consciente aqui.
O evento teve patrocínio da Gerdau, C&A, Ifood, Bravo GRC e Riachuelo, apoio da AMCHAM, Converger e Menos Um Lixo. Além disso, contou com parcerias institucionais de Connecting Food, BMV, Fruta Imperfeita, Winx, Quintessa, Humanizadas, Mol Editora, X.Tree, Monai e Vida Simples.
Sobre o Instituto Capitalismo Consciente Brasil
Desde 2013 contribuindo para transformar a forma como se fazem negócios e investimentos no país, o Instituto Capitalismo Consciente Brasil (ICCB) incentiva, inspira e ajuda empreendedores e líderes a aplicarem os princípios do capitalismo consciente em suas organizações, com uma abordagem para pautada em propósito e cuidado com os stakeholders. Em 2023, a organização celebra 10 anos de atividades promovendo ainda mais cursos e formações, expansão de suas filiais regionais pelo Brasil, presentes no Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, além da realização de grandes eventos com objetivo de elevar ainda mais consciência, com a missão reduzir desigualdades e realizar programas de conscientização, inspiração e educação. Em sua primeira década, o Instituto alcançou a marca de 228 corporações associadas, 487 embaixadores certificados, 76,3 mil seguidores nas redes sociais e o número de associados pessoa-física ultrapassou a marca de 5,5 mil pessoas.