Customize Consent Preferences

We use cookies to help you navigate efficiently and perform certain functions. You will find detailed information about all cookies under each consent category below.

The cookies that are categorized as "Necessary" are stored on your browser as they are essential for enabling the basic functionalities of the site. ... 

Always Active

Necessary cookies are required to enable the basic features of this site, such as providing secure log-in or adjusting your consent preferences. These cookies do not store any personally identifiable data.

No cookies to display.

Functional cookies help perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collecting feedback, and other third-party features.

No cookies to display.

Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics such as the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.

No cookies to display.

Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.

No cookies to display.

Advertisement cookies are used to provide visitors with customized advertisements based on the pages you visited previously and to analyze the effectiveness of the ad campaigns.

No cookies to display.

“Eu” - Uma Fantástica Máquina de Pensar e Criar

Certa vez, quando eu estava em busca das minhas verdades, fiz uma viagem para dentro de mim mesmo para conhecer, de fato, quais eram e até onde iam os limites que me foram impostos pela minha família, escola, religião e sociedade.

Minha busca baseava-se no fato de eu não entender por que não conseguia ultrapassar tais limites e principalmente saber o que havia depois deles.

Com coragem e determinação, eu os enfrentei aprofundando-me através das camadas de atenção e percepção que ao longo dos anos foram sendo construídas desde as mais superficiais, em que se encontram as coisas práticas do dia a dia, até as mais profundas onde residem os fundamentos que regem minha vida.

Iniciei a viagem que não foi fácil e tampouco rápida. Depois de certo ponto, perdi a nitidez das coisas e entrei num enorme labirinto sem, contudo ter comigo o fio de Ariadne que poderia me trazer de volta à superfície como ocorreu com Teseu em seu encontro com o Minotauro.

Foi uma viagem através de caminhos feitos de neurônios, sinapses e glias, em meio a uma miríade de mensagens que se multiplicavam e se deslocavam a uma velocidade espantosa.

Eu me movia mais lentamente, mas podia ver um sem número de informações transitando por essas estradas que alteravam o seu formato e percurso dependendo da força da emoção que tais informações transmitiam. Era pura dinâmica, ideias que se tornavam realidades, medos que bloqueavam iniciativas, descargas elétricas de motivação e tormentas de desilusão. Que mundo estranho! Um universo cheio de possibilidades com capacidade de criar muitas realidades.

Ao ver esse universo dentro de mim quis conhecê-lo sob uma perspectiva de liberdade viva e consciente. Essa minha vontade foi como uma epifania, de repente eu obtive o controle deste fluxo incessante de informações e pude me dirigir ao âmago de minha existência em que estava gravada a essência do meu ser.

Ao chegar ao meu íntimo, vi que os fundamentos que sustentavam a minha existência eram constituídos de elementos, tais quais pequenos blocos, que no seu conjunto formavam a base de tudo o que eu era ou poderia ser. Qual não foi a minha surpresa ao deparar-me com uma frase que me deixou estupefato, em um deles estava escrito: “com o amor de seu pai”. Intrigado, me abaixei para ler os detalhes do bloco e percebi que eram as primeiras orientações de vida que meu pai havia me dado quando eu ainda era um menino para que eu crescesse um homem decente e feliz. Como eu pude esquecer?

Outro bloco ao lado dizia, “com o amor de sua mãe” – e senti novamente o carinho que me nutriu, a mão que me deu segurança, o olhar que me deu a certeza de que eu era amado e que nunca estaria sozinho.

Vi outro, ainda, onde estava escrito, “com o amor de seus irmãos” – e lembrei-me da camaradagem, dos valores compartilhados, da alegre convivência de todos os grandes momentos em família.

Eram muitos os blocos e eles estavam como organizados em uma espécie de linha do tempo refletindo os meus primeiros anos de vida. Ainda vi outros que diziam:

“Com o amor de sua Igreja” – que me mostrou a minha origem, minha missão neste mundo e me apresentou ao meu Creador.

“Com o amor de sua família” – que me ensinou a beleza da coletividade, a importância da comunidade e o segredo da solidariedade.

“Com o amor de sua primeira professora” – que além de me alfabetizar me deixou como legado a vontade de aprender sempre.

“Com o amor dos seus amigos” – com quem aprendi a sentir a força da amizade, a viver grandes aventuras, a não fazer diferença do possível e do impossível e de perceber a grandeza das pessoas.

Outro bloco, um dos maiores, me chamou à atenção pelo título “com o amor do Seu Creador” e dizia: EU o trouxe a este mundo para que você se aperfeiçoe. Serão muitos os desafios na sua vida, mas o mais difícil deles é você vencer a si mesmo, por isso EU lhe dou de presente o seu pai, a sua mãe, a sua família e os seus amigos. A sua companheira, filhos e netos completarão sua vida, porque todas estas pessoas que EU coloco em sua existência serão o refúgio necessário em que você encontrará as forças para vencer. Quanto à Igreja, EU SOU sua Igreja e você ME encontrará na pessoa do outro e em todos os lugares.

Parei por um instante e o tempo não se moveu, não havia nem passado e nem futuro era um eterno presente. Pus-me a pensar. Se a base da minha vida foi toda ela construída para o meu máximo benefício, por que as dúvidas agora? Onde e quando perdi a conexão? O que alterou minha percepção? Não obtive resposta.

Foi então que comecei a empreender a viagem de volta pela mesma estrada na qual eu já passara e à medida que eu avançava ia vendo quantas ilusões, medos e conceitos errôneos que eu havia criado e que ainda viviam dentro de mim. Como uma segunda epifania, percebi claramente que a minha mente trazia à vida, ou seja, para a minha realidade, exatamente o que eu pensava e sentia. A simplicidade da descoberta era tão grande que eu até sentia vergonha por não ter percebido antes. Quanto tempo desperdiçado e energia gasta dando vida a medos e ilusões quando eu poderia ter criado um mundo ao meu redor muito melhor e mais feliz!

Resolvi, então, conhecer melhor esta força criativa dentro de mim e entendi que o cérebro armazena todos os tipos de acontecimentos que ocorrem em nossas vidas tendo por objetivo criar padrões e referências que nos mantenham vivos; e, sob o comando da mente ele direciona ao universo as vibrações inerentes aos nossos pensamentos e sentimentos fazendo com que a ideia original, ou vontade, se torne uma realidade objetiva.

Hoje, com a busca do autoconhecimento, entendi que a partir do momento em que o ser humano sai do seu ambiente restrito e seguro e entra na imensidão do mundo, ele é influenciado por toda sorte de acontecimentos e não percebe que paulatinamente vai aceitando como grandes verdades muito do que ouve, vê, experimenta ou lê, mudando o seu destino sem perceber.

Nossas vidas, de certa forma, são uma sequência de ações e reações. Se temos consciência de como funciona a mente, poderemos resistir a muitas ações e melhorar a qualidade de nossas vidas por enfrentar menos reações.

Portanto, como diziam os sábios, uma vez que você não pode voltar ao passado e ter um novo começo, você pode mudar o presente e ter um fim que você mesmo escolheu. Ser o dono do seu próprio destino não só é possível como desejável. Compreender esta simples equação “Pensamento + Sentimento = Realidade Objetiva” pode fazer com que cada um nós seja senhor do seu próprio mundo.

 

#autoconhecimento #jornadapessoal #creador #consciencia #percepcao #fundamentos #valores

Vicente Picarelli

Sócio Diretor na Picarelli Human Consulting

Vicente Picarelli – Foto Divulgação

Compartilhe!