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A AGENDA ESG E O RH

É sem dúvida auspicioso o fato de se ver o tema ESG ganhando importância dentro das agendas dos CEOs e ver que é unanimidade a afirmação de que os objetivos do ESG são cada vez mais indispensáveis para os negócios e para a sociedade; e a seriedade de como o tema é tratado pode determinar a sobrevivência de muitas empresas.

Guardada as devidas proporções e comparações, o ESG em termos de desafio, para alcançar o seu real significado de impacto, é do mesmo tamanho e complexidade de uma pandemia, mas com o sentido invertido, pois busca a continuidade da espécie em um planeta mais justo e saudável.

Todavia, não se pode deixar de considerar que a tarefa é “hercúlea”! Entrelaçar três gigantes como meio-ambiente (E), sociedade (S) e governança (G) requer vontade, coragem, persistência e muita, muita liderança.

Uma empreitada de tal magnitude e impacto não pode ser de exclusiva responsabilidade de um departamento ou diretoria; ela tem que ser compartilhada, porém sem estar presa a uma hierarquia de comando e controle onde as decisões e ações ficam perdidas num oceano de tarefas sem sentido e de pouco resultado.

É mais que evidente que a condução e os resultados alcançados pelo ESG dentro das organizações são de responsabilidade direta do CEO que deve ser compartilhada com o seu staff executivo e Conselho de Administração.

O alcance das ações do ESG envolve não só as operações da empresa, mas também influenciam os locais onde se encontram suas instalações, assim como afetam toda a cadeia de valor do negócio, desde fornecedores primários a clientes finais.

Por ser um tema colossal, deve ter uma estrutura organizacional específica, baseada no conceito da horizontalidade, para que não haja concentração de poder e decisão, uma vez que a complexidade e incerteza dos temas exigem consenso e assertividade nas decisões e agilidade nas ações.

Diferentes modelos de gestão do ESG operarão simultaneamente e se ajustando à cultura de cada organização, no entanto, a busca constante por melhores práticas incentivará as organizações a reverem constantemente seus modelos, dando lhes uma característica mais universal.

Mas caberá ao RH o papel mais sensível, o de preparar e engajar os seus colaboradores para compreender, internalizar e vivenciar o grande tema nos seus mais diversos papéis dentro da organização, dando vida a uma cultura que valoriza o meio ambiente, apoia a diversidade e é genuinamente inclusiva.

No campo do desenvolvimento das pessoas, o ESG demandará soluções inusitadas seja no campo técnico ou de gestão e isto obrigará as empresas a incentivar e apoiar seus profissionais a aprofundar os seus conhecimentos superando, em certas situações, o nível de especialidade. Ao mesmo tempo, sim, simultaneamente, as empresas precisarão investir no desenvolvimento das capacidades humanas duradouras, ou seja, comportamentos que nas pessoas se constituem em fonte de força interior e fortalecem os relacionamentos humanos.

O ESG pode ser imaginado como possuindo um halo onde se percebe a presença tanto da complexidade como da incerteza. O entrelaçamento desses gigantescos temas pode ser considerado o que Edgar Morin* chama de um tecido, cujos constituintes heterogêneos (o E, o S e o G) estão inseparavelmente associados, produzindo um enredo complexo de acontecimentos, ações, interações e acasos que constituem o nosso mundo fenomênico, ou seja, que cria a realidade objetiva! Impossível não imaginar a dificuldade em lidar com a realidade em movimento, cujas partes estão em constante relação com a totalidade.

A conclusão desta imensa tarefa não pode ser alcançada somente com o uso de tecnologia, métodos ou conhecimentos derivados do pensamento científico, é necessário também conhecer a linguagem da natureza, o conhecimento da fenomenologia, reconhecer a existências dos artistas do invisível, os que criam as formas, e perceber, a si mesmo, como integrante da trama da vida, influenciando e sendo influenciado pela realidade que constantemente se transforma.

*Edgar Morin, pensador francês, em seu livro “Introdução ao Pensamento Complexo”.

Vicente Picarelli

Sócio Diretor na Picarelli Human Consulting

Vicente Picarelli – Foto Divulgação

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