O que ressoa na sua mente quando você escuta a palavra empreender?

Fazer um “bico”, atividade pontual, empreender por necessidade, vamos fazer até encontrar algo melhor. Tem ainda aqueles que dizem, não é uma profissão é um trabalho e ainda temporário. O que de fato significa empreender?

Na linguagem comum, empreender significa resolver um problema ou situação complicada, o que determina de imediato a dificuldade de empreender. Quem está disposto a resolver problemas ou de fato enfrentar situações complicadas? A “zona de conforto” restringe o ser humano na camada mais limitada, a da sobrevivência, àquela em que aprender já é uma tarefa das mais complicadas, pois o tempo e os recursos tornam-se cada vez mais escassos.

Empreender pode parecer uma tarefa sem fim, mas aprender e reaprender é determinante para empreender.

Para o bom empreendedor meia palavra basta, basta Ser, basta servir. Precisamos servir para algo relevante e então descobriremos que empreender é desenvolver soluções para um mundo complexo, por natureza.

A complexidade do universo é um campo infinito de possibilidades, em que empreender torna-se um desafio construtivo, saudável e por vezes arriscado o que determina a dificuldade de empreender.

Por um lado, estimula e conecta os lados criativo e lógico do cérebro promovendo uma “enxurrada” de dopamina, gerando bem-estar e insights constantes, por outro promove a necessidade de ação contínua para que as ideias se concretizem e produzam os resultados que tanto queremos desfrutar.

Nesse arranjo, o tempo entre a produção da ideia e a implementação pode parecer um tanto arriscado e muitas vezes demorado, mas quando se está de fato a serviço, o único tempo que temos é o agora.

Segundo a OIT, o desemprego global deve atingir 220 milhões de pessoas neste ano de 2021. No Brasil, a taxa subiu para 14,7% no primeiro trimestre do ano de 2021 alcançando 14,8 milhões de desempregados (Fonte PNAD/IBGE). Por outro lado, o empreendedorismo no Brasil foi responsável por 53,9% dos negócios com até três meses de vida (Fonte: SEBRAE).

O empreendedorismo já está mudando a realidade, trazendo à tona modelos de negócios mais colaborativos e menos competitivos, tornando o ser humano economicamente autossuficiente e consequentemente mais feliz e produtivo.

Nossas ideias são nossa fonte de poder e provimento, precisamos apenas buscar motivos suficientes para que se tornem realidade. E os motivos estão no nosso ser, na nossa essência que não encontrando forma de expressão adoece e adormece, congelando nossa inspiração, motivação e “brilho” pessoal.

Para o bom empreendedor, estar a serviço se funde com o desejo de construir algo novo, com autenticidade e integridade.

Então empreender não está relacionado ao local onde desempenhamos nossas atividades, seja dentro das organizações ou a partir de nossas próprias organizações, mas na nossa mentalidade que combina o momento da manifestação dos talentos com a oportunidade de servir a um bem comum.

As necessidades do novo humano já sinalizam que o empreendedorismo deverá ter “cadeira cativa” nas universidades e que as empresas terão que repensar seu propósito, pois aprendermos a pensar tornou-se prioridade e não pensar, significa não fazer ou continuar na roda eterna da ausência de resultados, negando a si mesmo a prosperidade e assim a vida.