Sustentabilidade e Cidadania, alicerces coletivos da transformação

Não tem como pensar em cidadania e bem-estar social sem pensar no coletivo e, menos ainda, sem pensar em educação. Mais do que uma ferramenta primordial para a construção da sociedade, a Educação é, acima de tudo, um direito, como assegura o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) desde 1988.

Aliás, há um consenso histórico de que a educação é um dos principais pilares para que o meio social possa se desenvolver de forma saudável e próspera. Por exemplo, no fim do século XIX, na Europa, a educação era gratuita e passou a ser obrigatória sob a justificativa de que a sociedade precisava produzir pessoas com mentes maduras, minimamente “iluminadas”, capazes de constituir uma comunidade consciente e qualificada.

Mas, no caso brasileiro, assegurar o direito à educação ainda é um desafio gigantesco, diante dos problemas sociais que nosso país enfrenta. Esse direito acaba ficando distante da realidade de muitos jovens. Ainda que os indicadores estejam mais otimistas, já que 71,4% dos alunos de 15 a 17 anos estão matriculados no Ensino Médio, isso ainda significa que um terço das nossas crianças e adolescentes estão fora da sala de aula.

São essas as necessidades sociais para as quais as empresas privadas devem olhar, com a crença genuína na transformação. Nenhuma empresa cumpre seu papel de forma plena se não conecta seus objetivos intrinsecamente aos objetivos da sociedade.

Hoje, para ir além dos discursos, as empresas necessitam de ações efetivas que ajudem a construir uma sociedade mais saudável.

É isso o que a sociedade espera. Sete em cada dez brasileiros esperam que marcas invistam mais em causas e acreditam que as empresas vêm contribuindo muito mais para a sociedade agora do que no passado, segundo essa pesquisa de Marketing de causas da Ipsos.

Neste sentido, é muito precioso que, lá atrás, em 1956, o Bradesco tenha começado a escrever uma linda e importante história para a educação com o nascimento da Fundação Bradesco. Uma história de inclusão financeira e social, que reflete e expressa aquela palavra que estampa nossa bandeira: progresso.

Fundação Bradesco de Marília-SP

Nos últimos dez anos, mais de R$ 7,3 bilhões foram investidos na Fundação. Hoje são mais de 90 mil alunos atendidos e mais de 10 milhões de refeições servidas nas suas 40 unidades, espalhadas pelo Brasil. Tudo com o propósito de criar igualdade de oportunidades, para que mais brasileiros possam ter a oportunidade de escolha.

Evidentemente, nada disso foi construído sozinho. Afinal, na mesma medida em que a educação influencia a sociedade, o oposto também ocorre. Os protagonistas desta linda história são as pessoas: alunos, ex-alunos, professores, funcionários e comunidade ao entorno, unidos com o objetivo de transformar os próprios futuros, os futuros de seus familiares e o futuro do país.

A força das pessoas, que conduziram a Fundação Bradesco até aqui, mantém nossa crença de que, ainda que falte muito para uma cidadania plena, é na composição de forças que vamos conseguir. E as empresas têm um papel fundamental nisso, dado o tamanho e o impacto que têm ao mover estruturas e possibilitar que gente se junte para construir. A transformação social é trabalho coletivo e só com ele atingiremos a cidadania plena. 

Glaucimar Peticov

Diretora Executiva na Bradesco

Glaucimar Peticov – Foto Divulgação

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