Gosto muito de uma frase da Viviane Senna, que li numa entrevista dela para a revista da GOL, em que ela diz: “O nosso futuro, nós construímos a partir das nossas decisões e ações tomadas hoje”. Compartilho desta visão de que para conquistar algo ou para buscar um futuro interessante e que traga satisfação, é preciso começar a sua construção imediatamente, agindo estrategicamente e com foco. Assim, aumentam as chances de chegar bem próximo ao alvo.
Nesse sentido, vale muito uma conversa a respeito do desenho do nosso projeto de vida. Processo muito parecido com o planejamento estratégico das organizações e que, na maioria das vezes, direciona a nossa atuação profissional. Pensar em nosso projeto de vida é começar a traçar a visão de como queremos que a nossa vida esteja estruturada num determinado horizonte de tempo.
É fundamental ter em mente que o viver tem uma série de dimensões, envolvendo família, amigos e relacionamentos sociais, trabalho, saúde, atividade física, lazer, espiritualidade, cultura e educação, finanças e as emoções, que idealmente deveriam estar presentes de uma forma equilibrada, proporcionando maior qualidade de vida.
Obviamente, dependendo do momento e contexto de vida, será estabelecia a ordem de prioridades e objetivos pessoais. Esta é base da reflexão do projeto de vida. Primeiro, entendendo o cenário atual e aonde chegar com nosso planejamento. Em seguida, definindo o que é prioritário para atingir estes objetivos, e que provavelmente, exigirão maior dedicação e esforço de nossa parte, ocupando a maior parcela do tempo e atenção.
Com certeza, desenhar o projeto de vida envolve fazer escolhas e, por consequência, abrir mão de algo em função das suas prioridades. Quanto mais clareza tivermos em relação aos nossos objetivos, as escolhas serão mais conscientes e alinhadas com o futuro desejado.
Aqui cabe falar sobre uma questão fundamental, que é o quanto este projeto de vida faz sentido pra gente. É interessante, após as primeiras versões do seu projeto, fazer algumas perguntas, tais como:
Perguntas nesta linha ajudam a criar a consciência de qual o caminho é adequado.
Ter consciência de aonde chegar e clareza de objetivos traz direção para as ações, focando a atenção e energia nas prioridades. Direciona ainda as tomadas de decisão e escolhas, minimizando os ressentimentos e a abrir mão de algo. Também mapeia os nossos investimentos e esforços e dá tempo para a sua preparação e realização.
Os momentos atuais podem ter abalado um pouco a percepção da importância deste processo, mas acredito que as pessoas que têm maior percepção do impacto do projeto de vida, conseguem transitar melhor em momentos de crise, mesmo que seja para chegar à conclusão de que chegou a hora de dar uma guinada de rumos e de construir um novo caminho.
O tema é complexo, continuamos a conversa.
