Inovação corporativa: mais atitude, menos framework

Segundo dados da McKinsey, 96% dos executivos já definiram inovação como uma prioridade estratégica. As mudanças trazidas pela pandemia são responsáveis por um verdadeiro “despertar” das empresas em torno de cultura, propósito e priorização de uma agenda de inovação na gestão dos negócios.

Peter Drucker diz o seguinte: “O maior perigo em tempos de turbulência não é a turbulência em si, é agir com a lógica de ontem.” E qual será a lógica do futuro e do presente? Precisamos de uma nova atitude em substituição às engrenagens industriais, abraçando a complexidade dos negócios, entendendo que vivemos em um contexto não linear, conectado, multidisciplinar, exponencialmente imprevisível que pede para que a nossa estratégia esteja em movimento. Aliás, nada pode ser estático diante de um sistema dinâmico, a economia é dinâmica, a concorrência é dinâmica e as pessoas são dinâmicas.

Segundo a pesquisa Ace Survey Innovation, 70% das empresas estão sofrendo alguma disrupção no segmento em que atuam. É aí que o papel da inovação se torna fundamental.

Em uma experiência recente, conduzi um workshop para um grupo diverso dentro de um programa de inovação. O ponto principal foi criar um espaço para o learning by doing (aprender na prática), e a orientação das atividades estava voltada ao não julgamento, em transmitir tranquilidade para que pudessem errar, acertar, testar, questionar, refletir, sem culpa, fazendo mais perguntas do que tentando obter respostas prontas. A utilização de frameworks teve um objetivo de organização do raciocínio, pois não é uma fórmula mágica, e sim uma ferramenta que ajuda a resolver problemas com uma abordagem genérica.

Com uma atitude inclusiva e empática, cria-se um ambiente em que é possível assumir riscos, pois frequentemente teremos que seguir em frente sem ter todas as respostas. A inovação acontece em iniciativas que abrem a porta para a colaboração entre pessoas que enxergam o problema e que buscam soluções.

Clarissa Da Rosa

Sócia-fundadora e CEO da Muta Ecossistema

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