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Foto: Anna Shvets/Pexels

Pra reclamar, basta ter um emprego.

Muitos de nós já passamos pela situação do desemprego. Seja um período longo ou curto que esta situação haja pontuado nossa vida, a lembrança da angústia de não saber como prever o futuro, pagar contas, sustentar família ou modo de vida é algo desagradável e que não apagamos nunca da memória.

Mas, trabalhar nunca é fácil e tranquilo. Mesmo para aqueles que parecem apaixonados pelo seu trabalho – médicos de seriados de TV e caras como Steve Jobs, Elon Musk ou Jeff Bezos, por exemplo – a coisa não é realização e tranquilidade o tempo todo.

Outro dia, fui visitar uma amiga e a filha dela, de 20 e poucos anos, recém ingressa em um mercado competitivo como o farmacêutico e igualmente recente em uma empresa de grande porte, com bom salário e excelentes perspectivas, ao ser perguntada sobre o trabalho, me respondeu: “Nossa tia, difícil, né! Ainda bem que o dia está acabando! Um saco!”. Ao que eu respondi: “Pra reclamar, basta ter um trabalho!”.

E isso me faz refletir o quanto nós não sabemos equilibrar tempo, esforço, stress, dedicação ao que é a nossa função no mundo como colaboradores do progresso do todo: o nosso trabalho. De como ainda temos a aprender na disciplina do emprego de nossos recursos em cada porção de nossas vidas. De como ainda precisamos aprender a ser gratos pelo que temos ao invés de sempre desejar o que não temos. E de como precisamos ter paciência e persistência na construção da nossa vida, carreira e aprendizado constante.

Queremos muito um trabalho, principalmente quando não o temos (o desemprego mencionado no primeiro parágrafo), temos gravado na memória emocional e financeira a angústia de não ter o nosso meio de sobrevivência garantido. Mas no instante em que o temos, seja um bico, seja o emprego dos sonhos, já é suficiente para comecemos a reclamar e ver defeitos e problemas. E isso acontece pelo simples fato de, sempre, seja no trabalho, relacionamentos ou qualquer coisa que desejemos muito na vida, estamos sempre idealizando e criando expectativas além do possível e real.

Estar alinhado com a realidade da vida e saber que a expectativa em excesso pode ser frustrante (e isso vem de berço), receber inputs verdadeiros de quem nos emprega – chefes, RHs, marketing além de pesquisar sobre o trabalho, empresas, pessoas e perspectivas do mercado são fundamentais para que pacifiquemos tanto estresse. Além disso uma boa dose de autoconhecimento e questionamentos diuturnos sobre o que, desta frustração ou chateação, tem origem nos outros, na atitude deles, ou tem a ver conosco mesmos e com a expectativa que colocamos na empresa e nos que nos cercam.

Ter emprego é sempre bom, ter um trabalho que signifique, melhor ainda. E é sempre uma questão de escolha. Não apenas do trabalho ou emprego em si, mas na maneira como o vemos, realizamos ou desfrutamos de seus benefícios.

Cida Vasconcelos

Consultora, facilitadora e palestrante

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