O nosso maior cantor romântico completou 80 anos. Roberto Carlos atravessou seis décadas fazendo sucesso e encantando um público de diferentes idades com diversos estilos musicais. Ele marcou a música brasileira e latino-americana com seus hits da bossa nova, jovem guarda, do rock’n’roll  e da canção romântica dos festivais nacionais e internacionais. Nada disso não teria valor se suas canções não tivessem conquistado os corações de seu público e de outros artistas, que o fizeram ainda mais marcante na memória nacional, como Caetano Veloso, Gal Costa, Maria Bethânia e tantos outros.

Seus Especiais de Natal, na Rede Globo, reuniam milhares de famílias em torno de sua cantoria. Eu mesmo dedicava, todo ano. o DVD dele como o principal presente natalino para minha mãe, fã apaixonada pelo Rei.

O tempo passa e Roberto Carlos continua encantando pelo seu estilo simples de falar de amor, dor, saudades, paixões, encontros e desencontros entre as pessoas. Ele também lembra a força da religião católica com sua adesão incondicional a Jesus Cristo e a mãe dele, Maria.

Suas histórias são públicas e suas dores de perdas também. Perdeu a mãe, esposas e muitos amigos. Mas se mantém fiel ao seu compadre, e companheiro de canções inesquecíveis, Erasmo Carlos.

Em tempos de pandemia, sua história nos aplaca com bons sentimentos e a certeza que viver vale a pena e que amar ao outro é essencial para atravessar períodos de turbulências e grandes perdas, como o que enfrentamos.

O Brasil tem grandes talentos musicais e que são e serão sempre inesquecíveis, mas o Rei Roberto Carlos exemplifica o melhor de nós na relação com amigos e familiares. As canções que ele fez pra ele, agora pertencem a mim e a todos nós.

Que ele continue nos dando esperança de um mundo mais justo. E vida longa ao Rei!