Como as “mad skills” podem apoiar candidatos na conquista do novo emprego

Dados do Índice de Confiança Robert Half demonstram que 33% dos desempregados acreditam que a probabilidade de assumir um novo emprego será mais alta nos próximos seis meses

 A melhora na avaliação do mercado de trabalho e da economia, registrada na 25ª edição do Índice de Confiança Robert Half, foi especialmente influenciada pelos profissionais em busca por recolocação, que apresentaram a maior variação (+3,9 pp) no comparativo com o último trimestre. Entre eles, 33% acreditam que a probabilidade de assumir um novo emprego será maior nos próximos seis meses, um acréscimo de quatro pontos percentuais frente ao levantamento anterior.

A expectativa mais otimista é acompanhada pelas empresas: 24% afirmam que os planos de contratação serão ampliados daqui para frente. Hoje, 17,5% das companhias indicam que a intenção de contratar é alta ou muito alta. A mensagem é positiva, visto que houve um aumento de 1,4 pp nas projeções para o futuro.

Diante desse cenário, o momento é propício aos profissionais que se preparam para um retorno ao mercado de trabalho e uma tendência vem atraindo a atenção. As chamadas mad skills ganharam relevância na Europa e estão entrando na mira de empresas e recrutadores no Brasil.

Embora possam ser consideradas similares às soft skills, existem diferenças entre ambas. Enquanto as soft skills abrangem habilidades socioemocionais indispensáveis para o cultivo de boas relações interpessoais, as mad skills, ou “habilidades fora de série”, em português, envolvem a realização de hobbies e outras atividades que tornam cada profissional diferente e especial de alguma maneira.

Recrutadores buscam síntese de informações relevantes

Questionados sobre a relevância da inclusão de práticas extraprofissionais no currículo, 66% dos recrutadores disseram valorizá-las na análise de um perfil. Entre eles, 17% reforçaram considerá-las somente se relacionadas ao setor/área de atuação do candidato.

“Em um mercado de trabalho cada vez mais competitivo, ter a capacidade de comunicar, de forma eficiente, competências e experiências é crucial. Contar com um currículo enxuto e bem organizado demonstra a habilidade de sintetizar informações relevantes e apresentá-las de forma clara. Um CV excelente deve ter no máximo duas páginas. Portanto, focar naquilo que realmente faz sentido para as suas ambições profissionais é fundamental. Aproveite a etapa de entrevistas para reforçar habilidades diferenciadas”, orienta Amanda Adami, gerente da Robert Half.

Atividades extraprofissionais geram diferenciais

Segundo os recrutadores entrevistados, quando bem aproveitadas, as atividades extraprofissionais podem atribuir vantagens ao longo de um processo seletivo, pois: indicam equilíbrio entre trabalho e vida pessoal (64%), revelam um profissional com habilidades complementares (57%), mostram interesse em autodesenvolvimento fora do ambiente profissional (56%), humanizam o candidato, tornando-o mais interessante (51%) e fornecem evidências de habilidades de liderança (43%).

Os benefícios na visão dos profissionais

Conforme os dados do ICRH, esportes (futebol, skate, corridas, etc), viagens e contato com culturas diferentes, gastronomia, artes (música, escrita, pintura, etc) e voluntariado representam as ações mais praticadas.

Entre os profissionais desempregados que participaram da pesquisa, 85% acreditam que esses hobbies colaboram com a reinserção no mercado de trabalho. Na visão deles, as principais contribuições são: ampliação de rede de contatos profissionais (52%), demonstração de habilidades transferíveis para o ambiente profissional (42%), exploração de novas áreas de atuação profissional (35%), demonstração de comprometimento e dedicação fora do trabalho (29%) e desenvolvimento de competências específicas que são escassas no mercado (26%).

Profissionais empregados também enxergam vantagens

Na percepção daqueles que estão hoje empregados, as principais contribuições dessas ações para o desenvolvimento profissional são: aumento da criatividade e pensamento inovador (66%), desenvolvimento da capacidade de lidar com desafios e adversidades (58%), aprimoramento das habilidades de comunicação (49%), favorecimento do aprendizado contínuo e curiosidade intelectual (48%), melhora das competências de trabalho em equipe (40%). 

“Essas iniciativas são frutos de escolhas individuais e espontâneas. Elas são movidas pela paixão, pelo interesse e por decisão dos próprios praticantes. Por isso, pela ótica de um recrutador, elas podem dizer muito sobre a personalidade e os potenciais de um candidato”, comenta a gerente da Robert Half. “Alguém que faça teatro, por exemplo, pode ter facilidade para conduzir reuniões e apresentações. Um corredor de rua talvez apresente persistência e foco acima da média. Um fotógrafo amador tende a buscar soluções com mais criatividade e sensibilidade”, destaca Amanda. 

Softs skills seguem em alta

As habilidades comportamentais não ficam para trás. De acordo com a 25ª edição do ICRH, as soft skills mais valorizadas atualmente são: trabalho em equipe e colaboração (69%), resiliência e adaptabilidade (66%), pensamento crítico e capacidade de resolução de problemas (56%), comunicação clara e objetiva (53%) e inteligência emocional (49%).

“No mercado de trabalho contemporâneo, as ‘mad skills’ se apresentam como um tempero especial para transformar um profissional em um candidato inesquecível. Combinadas com sólidas bases técnicas e soft skills bem desenvolvidas, realçam autenticidade, paixão, dedicação e podem ser o fator que faz brilhar os olhos de empresas e recrutadores”, completa Amanda Adami.

Sobre a Robert Half

É a primeira e maior empresa de soluções em talentos no mundo. Fundada em 1948, a empresa opera no Brasil selecionando profissionais permanentes e para projetos especializados nas áreas de finanças, contabilidade, mercado financeiro, seguros, engenharia, tecnologia, jurídico, recursos humanos, marketing e vendas e cargos de alta gestão. Com presença global e atuação na América do Norte, Europa, Ásia, América do Sul e Oceania, a Robert Half aparece em listas das empresas mais admiradas do mundo. A Robert Half é reconhecida, também, por seu compromisso de promover a igualdade e proporcionar uma cultura que apoia a diversidade.

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