O engajamento de pessoas nas organizações continua sendo um desafio para os líderes e a área de recursos humanos.
O State of the Global Workplace 2023 Report da Gallup trouxe dados bem interessantes. Um dos pontos que me chamou atenção, vindo da pergunta: What would you change about your
workplace to make it better? (O que você mudaria no seu local de trabalho para torná-lo melhor?).
O resultado não me surpreendeu, 41% dos respondentes sugerem engajamento e cultura e 28% salários e benefícios.
O trabalho em equipe com todas suas nuances básicas, incluindo o que já conhecemos como clareza de papel, reconhecimento e objetivos claros, continua sendo um desafio para os líderes e organizações.
O ponto que me chama a atenção, apesar das mudanças no trabalho e na forma dele terem se modificado, os pontos básicos e essenciais continuam presentes quando vemos as necessidades expressas pelas pessoas nas organizações.
A cultura continua sendo um fator essencial nesse processo de engajamento. Aqui vale uma ressalva, cultura não é imposta e sim vivida e trabalhada todos os dias. E não é ter os valores escritos e divulgados, mas vivê-los diariamente, principalmente pelo exemplo dos gestores.
Cabe uma reflexão para todos nós quanto a demanda expressa pelas pessoas como:
comunicação empática, autonomia, reconhecimento e principalmente ter clareza dos objetivos do time e propósito organizacional.
Em minha experiência como executivo em recursos humanos durante muitos anos e agora consultor organizacional, há o aspecto das relações humanas que nem sempre é levado em conta. Quando falo de relações humanas me refiro a capacidade do líder reconhecer cada um dos seus liderados como diferentes e que ali existe uma pessoa com sonhos, desejos, medos e anseios profissionais e que deseja ser respeitado como indivíduo.
É aqui que reside o grande desafio, não somente para o líder, mas também na inter-relação entre os integrantes da equipe.
Temos visto um grande número de ferramentas com fácil acesso e “amigável” na interface para auxiliar as organizações na busca desse “mood” dos colaboradores, o desafio fica na ação após coleta dos resultados e aqui há ferramentas simples e de fácil aplicação. Um bom diálogo entre gestores e membros da equipe. Isso de forma constante com comunicação aberta, espaço para fala, ausência de julgamentos e assertividade.
Tornar uma equipe competente, motivada e com alto desempenho requer um trabalho
atencioso da liderança nos pontos acima citados e nos fundamentos de uma equipe que é uma comunicação clara entre todos, clareza nos papéis de cada um, certificar-se que a equipe possui as competências adequadas e principalmente ter os objetivos da equipe bem claros.